A Quaresma nos convoca a refletir sobre nossas escolhas e atitudes, assim sendo, a Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a termos compaixão e compromisso. Nesse sentido, nos importarmos com o sofrimento do outro; neste momento o mundo sofre a dor da possibilidade de contaminação por este vírus e no mais extremo deste feito, que a doença evolua para o óbito. Em tempos de CORONAVÍRUS, não há momento mais apropriado para nós cristãos colocarmos em prática esses ensinamentos. A CNBB em comunhão com o Papa Francisco nos convida a nos unirmos em oração, com a intenção de que nesse momento busquemos elevar nossos corações ao Deus da Vida, no acolhimento de Sua Palavra, para que possamos fortalecer a nossa fé, a esperança e a união.
Duas atitudes extremas precisam ser refletidas: para aqueles que não acreditam no que está acontecendo no mundo (negam o problema), como também, para outros que estão em pânico, estocando comida, máscaras, álcool em gel, entre outros. É importante saber que o vírus COMID 19, popularmente conhecido como Coronavírus, provoca no organismo humano sintomas iguais ao de uma gripe comum (febre, dor de garganta, coriza nasal, insuficiência respiratória, etc.). Médicos e cientistas estão soltando notas e/ou orientações que são de extrema valia, no sentido de entendermos o que está acontecendo.
A mestra e doutora em neurociência pela USP, Drª Cláudia Feitosa Santana explica de uma forma simples que o índice de mortalidade provocado pelo Coronavírus ocorre quando NÃO há leito hospitalar (equipado com aparelhos apropriados- UTI) suficiente para os casos que se agravam, ou seja, quando ele afeta os pulmões do paciente. Desta forma sem os cuidados necessários, a pessoa infectada vem a óbito. Assim podemos entender que a gravidade primeira ocorre por falta de estrutura no Sistema de Saúde pública e particular, que com a velocidade pela qual o vírus se espalha, não terá condições para atendimento das demandas geradas.
Uma das medidas adotadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e a que mais fará diminuir a propagação do Coronavírus é o ISOLAMENTO SOCIAL, momento em que as pessoas estão sendo convocadas a ficar em suas casas, evitando assim o contato físico com o outro, podendo assim, reduzir a velocidade com a qual esse vírus vai se propagando. Outras medidas são a higienização correta das mãos com água e sabão ou álcool gel; pessoas gripadas usar máscaras para evitar a transmissão; não circular em ambientes com aglomeração de pessoas e quando não for possível, manter a distância de um metro; entre outros.
Além de nossas orações, busquemos nestas semanas de Isolamento Social, utilizarmos positivamente nossas redes sociais, afim de que nos apropriemos de informações científicas e educacionais, evitando também propagar as notícias falsas. “ Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso” (trecho da nota “Tempos de esperança e Solidariedade” da CNBB).
Roseli da Silva Martins – Equipe do Laicato