A Catequese faz parte da ação evangelizadora da Igreja (Igreja casa de Iniciação à vida cristã). É o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina como também da vida, levando a uma consciente e ativa participação do mistério litúrgico e irradiando uma ação apostólica. É um processo de educação da fé em comunidade, é dinâmica, é sistemática e permanente.
Existe ainda muita ignorância religiosa, a catequese não chega a todos e muitas vezes chega de forma superficial, incompleta quanto aos seus conteúdos, ou puramente intelectual, sem força para transformar a vida das pessoas e de seus ambientes. Vivemos numa mudança de época que exige conversão pastoral. Uma Igreja acomodada e de simples manutenção se torna medíocre e não mais evangeliza. Há muitos batizados não evangelizados suficientemente. O número de católicos diminuiu; outros vivem como se Deus não existisse (secularismo). A mudança de época exige que o anúncio de Jesus Cristo não seja mais pressuposto, mas explicitado continuamente (Catequese permanente). O nosso modelo de catequese tradicional não consegue mais corresponder aos novos tempos.
“A catequese de iniciação não inicia, mas conclui um processo. Quando se chega ao auge do processo iniciatório, quando os adolescentes recebem a confirmação, ao invés de se inserirem na comunidade, desaparecem da Igreja, ignorando a instituição eclesial”.
Uma catequese como processo de iniciação à vida cristã ou à vida de fé consiste na experiência de um encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo. O Papa Francisco insiste na importância do GUERIGMA, o primeiro anúncio:
“Na boca do catequista, volta a ressoar sempre o primeiro anúncio: “Jesus Cristo ama-te, deu a sua vida para te salvar, e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer, libertar… é o primeiro em sentido qualitativo, porque é o anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes formas e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, de uma forma ou de outra, durante a catequese, em todas as suas etapas e momentos”(Alegria do Evangelho 164)”.
O Papa acentua ainda que esse anúncio é Boa Nova: Portanto, BELO, ALEGRE, SOLIDÁRIO. A Iniciação à vida cristã visa mudança de comportamento, portanto nunca deve se considerar concluída, como se tivesse caráter de formatura cristã, pois o cristão sente necessidade de catequese permanente.
O processo de inspiração catecumenal começa a experiência da caminhada para Deus, rumo à maturidade em Cristo, dentro da comunidade cristã.
Sobre esse novo modelo de catequese com inspiração catecumenal falaremos no próximo artigo.
Ana de Souza
Com base nos documentos da Igrejatoeacao.com.br