Estamos chegando ao final de mais um ano civil e litúrgico. Quantas coisas boas aconteceram, quantas atividades pastorais foram realizadas, e quantas celebrações vivas, animadas e encarnadas foram celebradas em nossas comunidades eclesiais.
É hora de avaliarmos nossa caminhada, vendo os avanços, os recuos, os passos que não foram dados, onde crescemos mais, ou crescemos menos, ou em algumas situações que continuamos estacionados.
Avaliar para acertar os passos, olhar para frente sem medo, sem pessimismo. Queremos continuar lançando as redes para águas mais profundas, sem receio, com o coração ardendo pela missão de Jesus.
Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário. Não deixemos que nos roubem a alegria da Evangelização.
Em 2016, vamos continuar caminhando à luz das cinco urgências na Evangelização, definidas pelas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
Na assembleia paroquial do ano passado, em que estudamos o documento 100 da CNBB, Comunidade de comunidades: uma nova paróquia, a conversão pastoral da paróquia, chegamos à conclusão de que fazendo acontecer as cinco urgências na Ação Evangelizadora, seremos Comunidade de comunidades, realizaremos a conversão pastoral, e nossas comunidades serão missionárias de fato.
Também iremos caminhar de acordo com as indicações e as pistas da assembleia diocesana, que será realizada dia 14 de novembro.
Nesses últimos anos, muito se fez na dimensão missionária em nossa paróquia, mas há muito que se fazer ainda. As equipes missionárias devem ser fortalecidas, é necessário criar mais consciência missionária nas lideranças das comunidades, as pastorais devem ter mais espírito missionário, temos que trabalhar a missão Ad Gentes, e a missão Além Fronteiras.
A exortação apostólica do Papa Francisco sobre a Alegria do Evangelho deve continuar presente em nossa caminhada, nos iluminando e nos lançando sempre mais no compromisso missionário, numa Igreja que não se acomoda, mas que sai em busca dos afastados, dos marginalizados, dos doentes e dos pecadores.
Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho (EG nº 20).
Quando o Papa Francisco nos propõe alcançarmos todas as periferias, ele pede que sejamos presença solidária, misericordiosa e fraterna onde existem situações que desfiguram a dignidade humana das pessoas, principalmente dos mais pobres, onde não existe esperança, onde existe abandono e desprezo, onde muitos de nossos católicos não foram evangelizados suficientemente, ou quem sabe onde o anúncio missionário de Cristo ainda não aconteceu.
Nossa caminhada pastoral de 2016 será vivida também à luz da celebração do Ano Santo da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco, a ser celebrado de 08/12/15 – 20/11/16. Nossas comunidades eclesiais e toda a Igreja devem ser a casa da misericórdia que acolhem os doentes, os pecadores, os marginalizados, os pobres e os que são excluídos do pão de cada dia.
Continuemos firmes na caminhada, olhando sempre para frente com esperança, com ousadia, apertando os passos, e confiando na promessa de Jesus: “Eis que eu estou com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20).
Mãos à obra! Coragem! Fé em Deus! Bíblia na mão e no coração, e pé na missão.
Que o Deus da misericórdia abençoe a todos e a todas. Amém.
Padre Tarcísio.