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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
Horários de missas
Domingo: às 7:30h, 11:00h e 19:00h
Quarta-feira: às 19:30h - Sexta-feira: às 7:30h

Comunidade São Francisco - Rua Síria, 384 - Jd. São Francisco
Horários de missas
Sábado às 19:00h

Comunidade São Lucas - Rua Ana Coelho da Silveira, 266 - Jd. Ipanema
Horários das missas
Domingo às 9:15hs (Exc. Aos 2° Domingos) e às 17:30h 2° terça-feira às 19:30h

Comunidade São Paulo Apóstolo - Rua fonte boa, 173- Vl. Barros
Horários das missas
Domingo às 9:15h - 2° quinta-feira do mês às 19h30 na Igreja da comunidade - 4º quinta-feira do mês às 19h30 nos setores da comunidade



nossa senhora de fátima

 

Neste mês de novembro, quero refletir com vocês sobre as Celebrações de Finados, Todos os Santos e Santas, e Cristo Rei do Universo.

 

 

Finados: Nesse dia, não só recordamos nossos entes queridos que se foram, mas renovamos nossa certeza na ressurreição. Sentimos a dor da separação, mas não a do desespero. Sentimos o peso da saudade, mas nunca da incerteza da presença de Deus.

 

A morte é e sempre será um mistério que perpassa a história humana e somente a Fé nos dá a certeza de um dia participarmos da alegria eterna no céu. Se com Cristo vivemos, com Ele morremos e como Ele ressuscitaremos. O Dia de Finados lembra os mortos, mas lembra que somos vivos e vivemos da vida nova ofertada por Jesus com sua morte de cruz e ressurreição. Por isso, queremos lembrar os mortos lembrando a vida, a morte de nossos irmãos e irmãs, mas também a morte da natureza. Vivemos o padecer da natureza e sua morte nas queimadas na região amazônica e no Pantanal.

 

Neste ano, queremos rezar em comunhão com as famílias que perderam seus entes queridos, vítimas do coronavírus. Mas também desejamos trazer recordação e prece aos que morreram no anonimato, e quem sabe, até sozinhos.

 

O Prefácio 1 da Missa para os Mortos tem um tom de humana suavidade e divina certeza: “Nele refulge para nós a esperança da feliz ressurreição. E aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Ó Pai, para os que crêem em vós a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”.

 

Vivamos aqui na terra preparando nossa morada no céu, pela vivência das bem aventuranças e vivendo a vida na doação por amor.

 

Todos os Santos e Santas: Celebrar a festa de todos os Santos e Santas é celebrar a nossa vocação à santidade. Santidade não é privilégio de ninguém. Todos os cristãos de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. É bom ressaltar que santidade não é fuga das realidades do mundo, não é ficar de mãos postas rezando o dia todo. Santidade não é beatice, não é medo de viver, é uma atitude dinâmica, uma busca de pertencer mais a Deus. Não exige boa aparência. Santidade é viver o projeto de Deus, testemunhar os valores do Reino, viver segundo o espírito das bem-aventuranças, é viver e agir de acordo com a vontade de Deus. Ser Santo significa ser de Deus. O Papa Francisco, na Exortação Apostólica “Alegrai- vos e Exultai”, exorta-nos a não termos medo de apontar para mais alto, de nos deixarmos amar e libertar por Deus. A santidade não nos torna menos humanos, porque é o encontro da nossa fragilidade com a força da graça. O Papa cita León Bloy, que dizia que na vida “existe apenas uma tristeza: a de não ser santo”.

 

Que o exemplo de todos os Santos e Santas revigore a nossa caminhada de santidade.

 

Cristo Rei: Com essa celebração, a Igreja encerra o Ano Litúrgico. Essa festa celebra o Cristo que reina pela cruz, dando a sua vida para que todos tenham vida, e vida em abundância. Cristo é rei, porque se identifica e revela um amor de predileção pelos empobrecidos. Ele afirma que tudo o que fizermos pela libertação e promoção da dignidade humana dos empobrecidos e marginalizados, é a ele que faremos, cf Mt 25,31-46. Portanto, essa festa não pode ser compreendida no sentido de triunfalismo e pompa. A festa de Cristo Rei nos mostra o caminho do reino de Cristo: o serviço. Um rei que serve a humanidade, que se fez um de nós para que pudéssemos ter acesso a ele.

 

Que tenhamos aprendido esta sublime lição e estejamos prontos para servir. Que por meio da solidariedade, da misericórdia e do serviço que resgatam e promovem a vida em todas as suas fases e manifestações, possamos fazer Cristo reinar no mundo de hoje.

 

Na festa de Cristo Rei, a Igreja no Brasil comemora o Dia dos Cristãos Leigos e Leigas. São homens e mulheres que, pela graça do Batismo, são chamados a ser sal da terra e luz do mundo.

 

Os leigos também são chamados a participar da ação pastoral da Igreja, primeiro com o testemunho de vida, e em segundo lugar, com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e outras formas de apostolado, segundo as necessidades locais sob a guia de seus pastores (Doc. de Aparecida nº 211).

 

Segundo o Papa São João Paulo II, a evangelização do continente latino-americano não pode realizar-se hoje sem a colaboração dos fiéis leigos.

 

Bendizemos a Deus pela vida e pela missão dos cristãos leigos!

Coragem! Sigamos em frente, o Senhor está conosco!

 

Padre Tarcísio.

 

 

Neste mês quero refletir com vocês sobre a Campanha Missionária realizada todos os anos no mês de outubro, promovida pelas pontifícias obras missionárias.

 

O mês missionário tem sua origem no Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo de outubro, este ano será dia 18). A data foi instituída pelo papa Pio XI em 1926, como dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos. A inspiração vem do mandato de Jesus para anunciar a Boa Nova entre todas as nações.

 

O tema deste ano é “A vida é missão”, e o lema “Eis-me aqui, enviame” (Is 6,8). O Papa Francisco  acentua a dimensão existencial da missão. “Eu sou uma missão de Deus nesta terra, e para isso estou neste mundo”. A vida se torna uma missão. Ser discípulo missionário está além de cumprir tarefas ou fazer coisas. Está na ordem do ser e não se reduz a algumas horas do dia. Não é que a vida tenha uma missão, ela é uma missão. A missão no coração do povo não é uma parte da minha vida ou ornamento que posso pôr de lado, ou um momento entre tantos outros. É algo que não posso arrancar do meu ser.

 

Em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, a ser celebrado dia 18 de outubro, o Papa Francisco fala das tribulações e desafios causados pela pandemia da Covid 19. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer” (cf Mc 4,38); assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar na estrada cada qual por conta própria, mas que só conseguiremos juntos. Neste contexto, a chamada à missão, o convite a sair de si mesmo por amor de Deus e do próximo aparece como oportunidade de partilha, serviço e intercessão. A missão que Deus confia a cada um faz passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e renovado pelo dom de si. É necessário vencer o individualismo e a indiferença, pela solidariedade e pela comunhão fraterna. São algumas das lições que devemos aprender com a pandemia.

 

Diante de tantas necessidades pastorais, de tantas situações de injustiças e de violências, diante da cultura do mundo urbano com suas consequências para a vida das pessoas e de nossas comunidades eclesiais, nos fecharmos em nossas instituições, salões e templos seria um contra-testemunho evangélico, e estaríamos negando a natureza da Igreja, que é missionária. A Igreja em saída, como nos fala o Papa Francisco, é sermos uma Igreja próxima, aberta, capaz de sair de si para ir ao encontro das pessoas por caminhos novos, como profecia para a sociedade. Este movimento de saída renova a nossa vida e revitaliza a Igreja. Saiamos sem medo para comunicar a todos o Evangelho da vida e da paz, para vencermos a violência e a cultura de morte que está tão enraizada em nossa sociedade.

 

O objetivo da campanha missionária é sensibilizar, despertar vocações missionárias, criar sempre maior consciência missionária nas comunidades eclesiais e em suas lideranças.

 

A missão com a qual devemos colaborar é de Deus. Os batizados receberam “a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus” e “de estabelecê-lo em todos os povos” (Documento Conciliar, Luz dos Povos 5 ). Não podemos fugir dessa responsabilidade. O Documento de Aparecida destaca a corresponsabilidade missionária de todos os batizados. Todos somos discípulos missionários de Jesus Cristo a serviço da vida, da fraternidade e da paz.

 

Todos os membros da comunidade paroquial são responsáveis pela evangelização de homens e mulheres em cada ambiente (Documento de Aparecida 171).

 

Vivamos intensamente o mês missionário, nos fortalecendo no espírito missionário e nos comprometendo com uma Igreja de saída, como nos pede nosso amado Papa Francisco. Saiamos, saiamos para anunciar e testemunhar que “Cristo é nossa paz. De dois povos, ele fez um só. Na sua carne derrubou o muro da separação: o ódio”, cf Ef 2,14.

 

Coragem! Vamos em frente! Eis que chegou a nossa hora missionária.

Deus os abençoe.

 

Padre Tarcísio

 

Lançado num período em que o Brasil se deparava com o agravamento da pandemia. Foi assinado em 07 de abril, do corrente ano, dia mundial da saúde. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assinou o Pacto pela Vida e pelo Brasil, impulsionada por sua fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, fonte inesgotável da luz da verdade, luz indispensável para clarear caminhos e rumos novos que a sociedade brasileira precisa com urgência para construir um novo tempo. Este pacto foi assinado também por outras entidades representativas da sociedade civil.

 

 

É urgente a formação deste Pacto pela Vida e pelo Brasil. Que ele seja abraçado por toda a sociedade brasileira em sua diversidade, sua criatividade e sua potência vital. E que ele fortaleça a nossa democracia, mantendo-nos irredutivelmente unidos. Não deixaremos que nos roubem a esperança de um futuro melhor.

 

O Papa Francisco, na audiência geral de quarta-feira, dia 02/09, nos exortou a seguirmos em frente pelo caminho da solidariedade ou as coisas irão piorar. De uma crise sai-se melhor ou pior. Temos que escolher. A solidariedade é precisamente o caminho para sairmos melhores da crise. Por isso, o Pacto pela Vida e pelo Brasil conclama os cidadãos brasileiros, homens e mulheres de boa vontade, especialmente os governantes e representantes do povo, a se unirem no exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis. O momento que estamos enfrentando clama pela união de toda a sociedade brasileira. O desafio é imenso: a humanidade está sendo colocada à prova. Avida humana está em risco.

 

Todos juntos pela Vida e pelo Brasil.

 

Padre Tarcísio.

 

 

Bíblia, palavra do Deus da vida, para a vida do povo de Deus.

 

A Igreja Católica no Brasil dedica o mês de setembro à Bíblia, palavra do Deus da vida, para a vida do povo de Deus. Um mês para a Bíblia significa uma maior conscientização da importância da Palavra de Deus para nós. Como afirma o Apóstolo Paulo: “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2 Tm 3,16-17).

 

Na palavra de Deus encontramos o alimento da fé e a força para o testemunho cristão no mundo, na família e na igreja. O mês da Bíblia é para aumentar nossa confiança na palavra de Deus e nosso compromisso de não sermos apenas ouvintes, mas crentes e praticantes; é sábio aquele que acredita e vive de acordo com a palavra, que deve estar na nossa mente, na nossa boca e no nosso coração. Ela não é um livro a mais em nossa estante, mas o livro dos livros. Deve ser valorizada e nela devemos buscar respostas para os dramas da nossa vida. Jesus venceu todas as tentações pela força da palavra de Deus. Nela encontramos luzes e indicações para dizermos “sim” ao projeto de Deus, e “não” ao projeto das forças do mal.

 

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil de 2003-2006 nos dizem: “A escuta e a acolhida da Palavra desde que traduzidas coerentemente em atos são fundamentos da vida e da missão da Igreja”. As Diretrizes dizem também que deve ser incentivada a prática da leitura pessoal e orante da Bíblia, especialmente a prática dos círculos bíblicos ou grupos de base, como nós chamamos em nossa paróquia. Nesses grupos, a palavra de Deus deve ser proclamada e refletida a partir da realidade de vida em que vivemos e com o decorrente compromisso cristão.

 

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023 apresentam a Palavra de Deus como um dos pilares da comunidade. “Não basta ler ou estudar a Sagrada Escritura, pois a inteligência das Escrituras exige ainda mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a oração”. As atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora destacam que é indispensável uma leitura orante comunitária, que evite o risco de uma abordagem individualista, tendo presente que a Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão e vida eclesial. Neste tempo de pandemia, em que as famílias estão em isolamento social, elas são convidadas e motivadas a fazerem a leitura orante seguindo o Evangelho do dia, ou o Evangelho do domingo.

 

Que nossas comunidades, famílias, pastorais e grupos saibam valorizar cada vez mais a palavra de Deus e confiar em sua força. Nossas comunidades devem ser verdadeiras sementeiras e casas da palavra de Deus, que precisa cair em terra boa, ou seja, ela deve ser acolhida no coração de cada um de nós. Coração aqui quer dizer: a nossa vida, toda a nossa existência.

 

Para despertar as pessoas à vida cristã, no seguimento de Jesus, e à vida comunitária é urgente aproximá-las da Palavra de Deus, pela prática da leitura orante. São Paulo afirma que a fé vem pela pregação da Palavra de Deus, cf Rm 10,17.

 

Neste ano de 2020, durante o mês da Bíblia que acontece em setembro, iremos estudar o livro do Deuteronômio, que faz parte do Pentateuco, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11). Este lema faz eco e está em consonância com o lema da Campanha da Fraternidade deste ano, que é: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33). Devido à pandemia, não teremos a Escola da Palavra presencial, como acontece todos os anos; ela acontecerá de forma virtual, através de lives, todas as quartas-feiras, às 20h00. Convido e incentivo a todos e a toda s a acompanharem pelo Facebook CNLB Diocese de Guarulhos.

 

Valorizemos cada vez mais a palavra de Deus; como nos sugere o Papa Francisco, acolhamos o tesouro sublime da Palavra revelada. Como também afirmava Santo Ambrósio, quando tomamos nas mãos, com fé, as Sagradas Escrituras e as lemos com a Igreja, a pessoa humana volta a passear com Deus no paraíso. Deus abençoe a todos e a todas.

 

Padre Tarcísio.

 

 

Queridos amigos e amigas da paróquia Nossa Senhora de Fátima, da Vila Fátima, graça e Paz a vocês neste mês tão especial em que celebramos e nos conscientizamos acerca das vocações no seio da Igreja. Lhes escrevo, nesta edição de nosso jornal Boa Notícia, para partilhar um pouco do processo vocacional de um Padre diocesano e também de minha caminhada dentro deste processo.

 

Meu nome é Fernando Benetti e eu sou um filho desta paróquia. Estou no seminário diocesano de Guarulhos há sete anos já, curso hoje o quarto ano de teologia, etapa da configuração. Quando criança, junto de minha mãe e da saudosa Maria Valiatti, minha querida avó de coração que era agente da pastoral saúde na comunidade São Francisco, participávamos do grupo de base da rua em que morávamos, coordenado pela também saudosa e querida dona Sofia. Foi lá o primeiro contato eclesial que realmente me cativou; não foi numa Igreja de pedras, cheia de beleza e esplendor, mas numa comunidade viva de fiéis, testemunhas do ressuscitado.

 

Antes de ingressarmos no seminário, fazemos um acompanhamento vocacional que naturalmente dura em torno de dois anos. A Formação dos presbíteros é dividida em quatro etapas: Ano propedêutico, que corresponde ao ano de iniciação; etapa do discipulado, que corresponde ao período dos estudos filosóficos; etapa da configuração, correspondente ao período dos estudos teológicos; ano pastoral, que pode ser entendido como um período de residência do formando em uma paróquia, diariamente, para um contato mais efetivo com a estrutura paroquial. Todo este período dura em torno de oito anos e meio.

 

Durante todo este período vivemos um processo formativo multidimensional e bastante rígido. Somos acompanhados nas dimensões humano afetivo, pastoral – missionário, espiritual e comunitária. Por isso que, além da formação acadêmica recebemos, também, a formação interna que complementa os fins de todo o processo. Nossa rotina inicia-se todos os dias pelas 4h30, onde nos preparamos para a primeira oração da manhã, às 05h10, tomamos café e partimos para a faculdade. Retornamos às 13h30 para o almoço e para as atividades formativas da tarde. Fazemos juntos a oração da Tarde, às 18h e sequencialmente jantamos. Completamos nosso dia às 21h30 com a oração da noite. A partir deste momento que vamos revisar os estudos da faculdade, elaborar trabalhos, organizar nossas atividades pastorais e manter os laços externos pelas redes sociais.

 

Ser um vocacionado, acima de tudo, é ser uma pessoa aberta e atenta às necessidades da comunidade eclesial- a Igreja, e a comunidade social- o meio em que se vive. Que Deus não permita que faltem operários para a sua messe e que Maria, Mãe e Senhora das Vocações acompanhe a todos os vocacionados, nesta caminhada batismal, rumo à realidade definitiva, onde todos serão UM em Deus.

 

Fernando Benetti

 

 

“Fala, Senhor, que o teu servo escuta” (1 Sam 3,9)

 

Mês vocacional!

 

Assumido em âmbito nacional, em 1981, por dioceses e regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o mês vocacional, celebrado em agosto, tem o intuito de ser um tempo especial de reflexão e oração pelas vocações e ministérios. Este ano, em específico a inspiração principal do mês vocacional está em sintonia com a Exortação Pós-Sinodal do Papa Francisco, a Christus Vivit, apresentada aos jovens e que traz orientações pastorais para toda a Igreja. O tema do mês vocacional deste ano é: “Amados e Chamados por Deus”, e o lema é: “És precioso aos meus olhos. Eu te amo” (Is 43,1-5).

Vocação: chamado de Deus, para servir, na realização de seu projeto de vida, de amor, e de salvação. A vocação é um chamado especial, único para cada um de nós. Vocação sempre indica um chamado e quem chama espera uma resposta da pessoa a quem chama. E quem nos chama? Deus. Este nos chama por primeiro à vida. Neste sentido, podemos falar de vocação humana, ou seja, quando passamos a existir e viver como gente, participar da obra do criador, ser imagem e semelhança de Deus; ter inteligência e liberdade, ter espírito e ser capaz de amar. Em seguida, nos chama a sermos cristãos autênticos, o que nos remete à vocação cristã: ser irmão (ã) e discípulo de Jesus, morada do Espírito Santo, filho (a) de Deus, membro da Igreja servidora da humanidade e, assim tornar-se santo (a). Por fim, nos chama para uma vocação específica. Qualquer que seja a nossa vocação, leiga, religiosa, ou sacerdotal, devemos nos sentir chamados por Deus e motivados a ir ao encontro do outro, independente de quem quer que seja.

Toda pessoa é chamada a ir além de si mesma, pois todo ser humano traz na sua essência a vocação de viver, conviver, servir, crescer integralmente e alcançar sua perfeição de criatura humana, amada e querida por Deus. Ou seja, você é alguém chamado (a) a dar uma resposta. Existem algumas características necessárias para acolher o chamado de Deus: Ver como Deus vê, ter o olhar de Deus! Perceber a realidade, a vida, os sofrimentos, as dificuldades, os clamores. Deus nos chama a partir dos fatos e dos acontecimentos da vida. Escutar o que Deus tem a dizer, hoje, através de tantas injustiças, violências,  banalização da vida humana, da cultura do descarte, da exclusão social, e dos clamores de tantos sofredores na sociedade. É necessário sentir como Deus sente, e ser sensível ao chamado abrindo-se à solidariedade.

 

A resposta de cada pessoa depende muito de sua capacidade de sentir os apelos de Deus, presentes nos passos e acontecimentos da vida, especialmente nas dificuldades e situações conflitantes das comunidades. Ou seja, é necessário caminhar ao encontro da realidade; assumir uma missão que contribua para a realização do projeto de Deus do seu Reino. Isso tudo significa que Deus tem um projeto de amor para nós seus filhos e filhas, pois Ele nos quer felizes, e nos criou por amor e para o amor. Por isso, quis precisar de nós para dar continuidade ao seu projeto de amor. Para tanto, você pode ser chamado (a) para participar da obra de Deus, como membro da Igreja, seguindo caminhos diferentes: como leigo, e leiga no matrimônio, como missionário, ou exercendo ministérios na comunidade, testemunhando o Evangelho de Jesus Cristo no mundo, como ministro ordenado, como religioso, e, religiosa na vida consagrada. É importante ressaltar que o Batismo, é a fonte de todas as vocações. Portanto, todo povo de Deus batizado é vocacionado a servir, a partir da sua vocação.

 

É necessário falar das vocações em nossas famílias, na catequese, nos grupos de base, em fim em nossas comunidades eclesiais.

 

Rezemos pelas vocações, pedindo ao Senhor da messe que envie muitos operários para a sua messe.

 

Deus os abençoe.

 

Padre Tarcísio. 

 

 

DECRETO

 

Nós, Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist. por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Guarulhos.

Considerando as estatísticas da Pandemia de Covid 19 (Coronavírus) no território da Diocese de Guarulhos, bem como a infraestrutura dos aparelhos de saúde do município;

Considerando que o “O Bispo diocesano, sempre que julgar que isso possa concorrer para o bem espiritual dos fieis, pode dispensa-lo leis disciplinares, universais ou particulares, dada pela suprema autoridade da Igreja para seu território ou para seus súditos” (Cân. 87);

Considerando o Decreto 287 de 20/03/2020, com o qual suspendemos as celebrações presenciais e demais atividades com a presença de fiéis;

Considerando a normativa de 13 de julho de 2020, pela qual definimos protocolo para o retorno das celebrações presenciais, no território da Diocese de Guarulhos;

Considerando o Decreto 64.994 de 28 de maio de 2020, do Governador do Estado de São Paulo, que instituiu o plano “São Paulo” e o art. 07 que prescreve: “Os Municípios paulistas inseridos nas fases laranja, amarela e verde, cujas circunstâncias estruturais e epidemiológicas locais assim o permitirem, poderão autorizar, mediante ato fundamentado de seu Prefeito, a retomada gradual do atendimento presencial ao público de serviços e atividades não essenciais”;

Considerando o Decreto 37.009 de 10 de julho de 2020, do Prefeito da Cidade de Guarulhos, que afirma que “Considerando a 6a atualização do Plano São Paulo, que indica a evolução do Município de Guarulhos para a Fase 3 – Amarela, conforme consta da página oficial do Governo do Estado de São Paulo” … permitindo a abertura “dos templos religiosos de qualquer natureza poderão funcionar para a realização de suas atividades”;

Decretamos:

1. que os fiéis da Diocese de Guarulhos estão dispensados da obrigação de participar de missas dominicais e de preceito;

2. a reabertura de todas as Comunidades da Diocese de Guarulhos que possuam condições sanitárias para a celebração eucarística dominical e ferial, observado o item 5 do presente Decreto;

3. a suspensão da distribuição eucarística aos domingos, podendo ser conservada em outros dias da semana;

4. que se mantenha a transmissão (pelas redes sociais) de ao menos uma missa dominical, em cada paróquia;

5. a observância do protocolo divulgado no dia 13 de julho de 2020, destacando- se a distância de dois metros entre os fiéis, as medidas de profilaxia, para as celebrações das missas e demais sacramentos;

6. que permanecem suspensas as demais atividades pastorais de forma presencial (Celebrações da Palavra, Grupos de Rua, Catequese, Grupos de Oração, Terços, …);

7. a ab-rogação de quaisquer dispositivos contrários ao presente decreto.

As normativas decretadas no presente ato, entram em vigor a partir de 01 de agosto de 2020.

Dado e passado na Cúria Diocesana de Guarulhos, aos 27 dias do mês de Julho de 2020.

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.  – Bispo Diocesano de Guarulhos

Pe. Weber Galvani Pereira – Chanceler do Bispado

Protocolo 01/0174/2020 27/07/2020

    A Diocese de Guarulhos irá confirmar o retorno das missas presenciais nas Paróquias à partir do dia 1º de Agosto. Confira as regras e normas:

     

    RETORNO ÀS CELEBRAÇÕES PRESENCIAIS NA DIOCESE DE GUARULHOS

    1. As celebrações presenciais, conforme as orientações gerais previamente distribuída ao clero da diocese de Guarulhos, têm  início previsto para o dia 01 de agosto de 2020.
    2. Esta data será confirmada posteriormente por decreto do bispo diocesano.
    3. Caso a situação da  pandemia venha a se agravar no município esta data deverá ser postergada.
    4. Aqui estão as orientações para todas as paróquias de Guarulhos:

    ORIENTAÇÕES PARA A DIOCESE DE GUARULHOS PARA O RETORNO DAS CELEBRAÇÕES PRESENCIAIS

     

    NORMAS GERAIS
    1. Elas servem para um primeiro momento do retorno às celebrações presenciais.
    2. Antes, então, do início das celebrações presenciais os padres deverão reunir as equipes de trabalho e treiná-las. Importante ver pessoas voluntárias ou funcionários que cuidem da limpeza dos sanitários, caso seja estritamente necessário que os fiéis utilizem.
    3. Neste primeiro momento do retorno às celebrações presenciais,  estas terão lugar na igreja matriz da paróquia, ou outra igreja de maior capacidade para acolher as pessoas. O pároco, se achar oportuno, escolha mais uma outra igreja para a celebração. Portanto, em cada paróquia não haja mais que duas igrejas para as celebrações presenciais.
    4. Estamos iniciando o inverno. Não faremos celebrações campais neste tempo, seja pelo clima, seja também pela necessidade de recrutar um “backstage” para montagem e desmontagem dos locais. No entanto, se num ambiente coberto e maior que a igreja, for possível manter de modo permanente o espaço celebrativo durante este tempo, sem a necessidade de ficar montando e desmontando, este lugar também pode ser escolhido. Firme permanecendo, não mais que dois lugares por paróquia.
    5. Durante as celebrações, janelas e portas deverão estar abertas para a ventilação. Evite-se ligar ventiladores durante as celebrações.
    6. Todos os locais de celebração deverão ter tapetes sanitários nas portas de entrada. Em todos os lugares de celebração para os fiéis, deverá ter disponível álcool em gel para desinfetar as mãos, antes da entrada no espaço celebrativo.
    7. Em todas as celebrações e durante todo o tempo da celebração é obrigatório o uso de máscaras, exceto nos momentos em que o não uso, por razões óbvias, se fizer necessário.
    8. Sejam afixados em lugares visíveis cartazes orientando quanto às regras de higiene e de distanciamento.
    9. Nos horários previstos para as celebrações, as portas de entrada da igreja, claramente  identificáveis, deverão estar abertas para evitar que qualquer fiel tenha de tocar em puxadores ou maçanetas.
    10. Onde houver recipientes de água benta na igreja, que estejam vazios.
    11. Sempre que possível, as portas de entrada sejam distintas das de saída . Ao término das celebrações, a fim de evitar aglomerações, organize-se a saída  do recinto, começando por aqueles que estão mais próximos das portas de saída.
    12. Oriente-se aos fiéis que não se aglomerem no interior ou proximidade do espaço celebrativo.
    13. O número de fiéis em cada igreja ou outro espaço para as celebrações será  aquele que permita  a distância de 2m entre as pessoas. Quando se tratar de membros da mesma família  e/ou que moram na mesma casa, podem ficar juntos e devem estar distantes 2m igualmente das outras pessoas. Esta determinação vale para as missas, cuja forma de agendamento será explicada abaixo e vale também para as celebrações do batismo e matrimônio. Iniciação cristã de adultos, Confirmação dos adolescentes, celebrações de primeira Eucaristia, ainda ficam suspensas.
    14. Marque-se os lugares nos bancos onde as pessoas devem sentar, para que se preserve a distância de 2m.
    15. Evidentemente, será recomendado que as pessoas idosas, as que estão doentes ou mesmo as que não se sentem à vontade, que não venham às celebrações. Continuará em vigor a dispensa do cumprimento das celebrações de preceito.
    16. No presbitério, os membros da equipe de liturgia, além de usar máscaras, devem estar posicionados dentro do distanciamento de 2m. Caso nem todos caibam no presbitério, fiquem assentados nos primeiros bancos.
    17. Em cada celebração haja no máximo 03 membros para a animação do canto litúrgico. E que mantenham a distância de segurança.
    18. Não devem ser distribuídos livros ou folhetos.
    19. Oriente-se aos fiéis a não tocaram nas imagens, sacrário, etc.

    CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

     

    1. Nas paróquias onde for possível aumentar neste período o número de missas dominicais, assim se faça. Contudo, entre uma celebração e outra deve haver um espaço de ao menos 30 minutos, para arejar o ambiente e desinfectar os bancos.
    2. Como o número permitido de participantes em cada celebração será  do modo que as pessoas possam estar a uma distância de 2m umas das outras, a participação  missas dominicais e semanais terá que ser agendada na secretaria da paróquia. Deste modo se poderá dizer antecipadamente às pessoas se há ou não lugares disponíveis.
    3. Sobre o Altar, o corporal esteja aberto desde o início da celebração, para que o presidente, e somente ele, beije o altar no início e no final da celebração. Os concelebrantes / diácono farão apenas uma inclinação profunda.
    4. Os  sacristães,  ministros,  acólitos  e  outros  colaboradores  da  igreja,  utilizando  máscaras  e  luvas descartáveis,  devem  manusear  e  limpar  os  utensílios  litúrgicos,  e  secá-los  com  toalhas  de  papel,  não reutilizáveis. Seja escalada para cada celebração uma única pessoa que manuseará as hóstias que serão colocadas nas âmbulas, com a devida anterior desinfecção das mãos.
    5. Os leitores desinfetarão as mãos  antes e depois de tocarem no ambão ou nos livros. Caso não seja possível um microfone para cada leitor, que o mesmo seja desinfectado antes de cada utilização.  Na proclamação do Evangelho, o ministro substituirá o beijo por uma inclinação profunda, omitindo o sinal da cruz sobre a página do texto sagrado.
    6. No momento da apresentação das oferendas (não deverá haver procissão) os acólitos, bem como o presidente da celebração (e se houver, o diácono), antes de manusear cálices, ambulas etc, deverão desinfectar as mãos.
    7. Para as ofertas de coleta e dízimo, disponibilize-se cofres em pontos estratégicos e seguros das igrejas, de modo que cada fiel deposite a sua oferta, na saída da celebração.
    8. O cálice e a patena deverão estar cobertos com a respectiva pala, apenas se destampando no momento em que o sacerdote presidente os toma nas suas mãos para a consagração; as âmbulas devem ser mantidas tampadas. Importante buscar manter um mínimo distanciamento de segurança entre o presidente e as ofertas sobre o altar, evitando-se também pronunciar qualquer palavra sobre ou próximo das mesmas.
    9. Omite-se o gesto da paz.
    10. O diálogo individual da Comunhão («Corpo de Cristo». – «Amém.») será realizado uma única vez por quem  preside  e  de  forma  coletiva  depois  da  resposta  «Senhor,  eu  não  sou  digno…»,  distribuindo-se, portanto, a Eucaristia em silêncio. Será distribuída a comunhão, somente na espécie do pão.
    11. Para a comunhão, não se farão filas. Os ministros, após a desinfecção das mãos e com máscaras, irão até o fiel que irá comungar, o qual deverá estar em pé, receber a comunhão somente nas mãos.  Quem não se levantar, significa que não irá comungar. O ministro dará a comunhão com uma pinça (pinça cirúrgica de no mínimo 20cm ou as dispostas pelas lojas de artigos litúrgicos), que logicamente, será desinfectada anteriormente.

    SACRAMENTO DO BATISMO PARA CRIANÇAS  (0 a 07 anos)

     

    1. Para o Sinal-da-cruz, nos ritos de acolhida, o ministro traça uma cruz diante de cada batizando, sem contato físico; os pais, mas não os padrinhos (a não ser que também eles  coabitem com a criança a ser batizada) farão o sinal da cruz na fronte do filho.
    2.  Para a Unção pré-batismal o ministro dirá a fórmula prevista e ungirá como estabelecido no Ritual o peito  da criança utilizando-se de um  pouco de algodão  embebido  no  óleo  dos Catecúmenos para cada criança, tendo o cuidado de não tocar diretamente na criança. Havendo contato, o ministro procederá a higienização dos dedos antes de fazer a unção de outra criança. Após a celebração, o algodão utilizado nas unções será incinerado.
    3.  Em cada celebração do Batismo, proceda-se a nova bênção de água limpa. Na administração da água batismal, haja o cuidado de que a água derramada no ato do batismo não seja reutilizada para nenhum outro fim ou batismo. O ministro poderá, no entanto, usar para todos os batismos a mesma concha, previamente higienizada, desde que não ocorra contato físico com a criança.
    4. Para unção pós- batismal , proceda-se do mesmo modo que para a unção pré-batismal.
    5. O rito opcional da Entrega do sal seja omitido. O rito do Éfeta poderá ser mantido; nesse caso, o ministro estenderá a mão direita na direção dos eleitos, sem contato físico, e pronunciará a fórmula prevista.
    6.  Nenhum dos demais ritos da Liturgia do Batismo supõe qualquer contato físico a não ser dos pais com a criança que é batizada.
    7. Com estes procedimentos, pode ser autorizada a celebração de Batismos quer de uma só criança, quer de  várias,  respeitando-se  as  orientações  em  relação  à  ocupação  do  espaço  e  às  normas  de  higiene  e distanciamento iguais às previstas para a celebração da Missa dominical.
    8. Que a criança a ser batizada, esteja sempre com os pais ao longo de toda a celebração.
    9. Para os ritos próprios do batismo, o ministro deverá usar máscara ou protetor fácil (plástico).

    SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO

     

    1. Na celebração do Sacramento da Reconciliação, para além das medidas gerais, deve-se escolher um espaço amplo que permita manter o distanciamento entre confessor e penitente, que usarão máscara, sem comprometer a confidencialidade e o inviolável sigilo sacramental, recomenda-se que o ministro utilize o protetor facial.
    2.  Ao terminar,  higienizar as  mãos e as superfícies utilizadas.

    SACRAMENTO  DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

     

    1.  Redobrem-se os cuidados de higiene e usem-se máscaras de proteção, evitando-se o contato físico na imposição das mãos.
    2. Na administração do óleo dos enfermos use-se um pouco de algodão embebido no óleo dos enfermos, de modo a evitar contato físico.

    SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

     

    1. As  celebrações  matrimoniais  estão  sujeitas  às  mesmas  restrições  e  condicionamentos  da  Missa dominical.
    2.  As alianças deverão ser manipuladas exclusivamente pelos noivos.
    3. Não haverá cumprimentos aos recém casados dentro da igreja.

    Guarulhos, 13 de julho de 2020.

    +Edmilson Amador Caetano, O.Cist.

    Bispo Diocesano de Guarulhos

     

    Nesta semana, nossa comunidade terá dias e horários destinados ao recebimento de coletas. Desde o início da quarentena, quando ficou decretado o distanciamento e a suspensão de nossas atividades, nossas coletas vêm sendo atingidas significativamente a cada semana que passa e depois de quatro meses nossas receitas ficaram comprometidas.

     

     

    Nosso pároco e a equipe de finanças de nossa paróquia, durante todo este tempo pandêmico, fizeram o possível para manter as dívidas e as atividades de evangelização em ordem e em dia, mas ainda continuaremos em quarentena. Então, em reunião, nosso pároco e membros da equipe de finanças das quatro comunidades que compõem nossa paróquia, resolveram lançar a campanha em prol das receitas de nossa paróquia. Abaixo, segue o post com os dias e os horários específicos quando você poderá visitar sua comunidade, e se possível ajudar na coleta para tentarmos atualizar os pagamentos de nossas receitas e assim continuarmos nosso lindo projeto de evangelização.

    Como percebemos a Igreja, todos nós somos levados a evangelizar, porque para nós é uma necessidade anunciar a Boa Nova, a mensagem de Jesus. A coleta é uma das belas expressões de evangelização, por ela somos responsáveis pela evangelização e sua manutenção. O gesto da coleta torna-se uma ação evangelizadora dentro do grande âmbito da Igreja. E assim tornamo-nos co-responsáveis pela evangelização em nossa comunidade.

     

    “Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria…” – Cor. 9,7

     

     

    As atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil apresentam nossas comunidades, com a imagem da casa, construção de Deus, e as definem como comunidades eclesiais missionárias. A casa como lugar de encontro, de proximidade, de comunhão, de ternura, de acolhimento humano e fraterno, de solidariedade, de fraternidade, de misericórdia e de família. Suas portas estão abertas para entrar e sair. São portas que acolhem fraternalmente os que chegam, fazendo com que eles se sintam bem em seu meio, e são portas abertas para sair em missão, anunciando Jesus Cristo, e o projeto do seu Reino, indo ao encontro do outro, especialmente dos pobres e sofredores, sendo expressão de uma Igreja samaritana.

    A pandemia causada pelo coronavírus nos lança num grande desafio, por não podermos nos reunir em comunidade. Corre-se o risco de muitos membros de nossas comunidades se acomodarem diante das celebrações e atividades virtuais que estamos realizando, achando que está bom assim. Precisamos ter consciência que essa realidade virtual é provisória, e extraordinária. O normal é nos reunirmos, e vivermos em comunidades eclesiais missionárias, como lugar privilegiado do encontro com Cristo ressuscitado, e de comunhão com os irmãos, e irmãs, e não há seguimento de Jesus sem comunidade.

     

    É claro que em tempos de pandemia, e pós pandemia, somos chamados a repensar a presença de nossas comunidades na vida das pessoas, e na sociedade. E sem dúvidas essa pandemia nos deixa uma lição em relação à importância do uso correto das redes sociais, para a transmissão de celebrações, reuniões, proclamação da Palavra de Deus, e divulgação das ações solidárias da Igreja. Portanto, é através delas que podemos chegar quase que diariamente às casas do povo caminheiro em nossas comunidades, levando uma palavra de esperança e de ânimo. É necessário, na realidade atual em que vivemos, o uso das redes sociais para encurtar distâncias, construir pontes, disseminar os valores do Reino, sem contudo esquecer o contato pessoal, a proximidade, e a cultura do encontro. O advento da internet e das redes sociais revolucionaram a forma de presença das instituições e das pessoas conectadas ao vasto mundo digital. Esse novo ‘areópago’ representa um grande desafio e ao mesmo tempo uma enorme possibilidade de evangelizar.

    É bom ouvir algumas pessoas dizerem: eu assisto a missa na TV, ou no Facebook, ou no Youtube, mas não é a mesma coisa que presencial, sentimos falta do calor humano, do abraço, do contato humano. Que bom ouvir isso. Espero que quem pouco ou, nada valoriza a vida de comunidade tenha se convertido a partir dessa pandemia, para uma verdadeira vida de comunidade.

     

    O Documento Comunidade de comunidades: uma nova paróquia levanta uma questão pertinente a ser enfrentada, “é a das comunidades que funcionam mais como instituição do que como comunidade de discípulos de Jesus Cristo”. Na fé cristã, não há lugar para comunidades fechadas, em forma de sociedade ou clube, elas não são Ongs, como disse o Papa Francisco. Nossas comunidades não podem viver só de eventos, louvores, e esquecerem a dimensão missionária, e o compromisso social com os pobres, e com os mais necessitados.

     

    Para haver comunidade eclesial missionária é preciso que haja fé, esperança e caridade.

     

    Falaremos mais sobre comunidades eclesiais missionárias no próximo número de nosso jornal.

     

    Força, coragem, e sigamos em frente na vida de comunidade, na certeza que Cristo caminha conosco.

     

    Padre Tarcísio.