Quero refletir com vocês neste mês de dezembro sobre a identificação do discípulo missionário, que somos todos nós batizados, com Jesus Cristo. Como discípulos e missionários devemos ser parecidos como Mestre Jesus.

A admiração pela pessoa de Jesus Cristo, seu chamado e seu olhar de amor, despertam uma resposta consciente e livre, desde o mais íntimo do coração do discípulo à adesão a toda sua pessoa, ao saber que Cristo o chama pelo nome. É um sim que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus: Caminho, Verdade e Vida.

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Para ficar verdadeiramente parecido com o Mestre é necessário assumir a centralidade do mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15,12). Este amor com a medida de Jesus, com dom total de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio: “Todos reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35).

Identificar- se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver aí estará o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive a Cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a  si mesmo carregue a sua Cruz e me siga” (Mc 8,34).

Quando se fala em ser parecido com o Mestre, não é no aspecto físico, e sim nas suas palavras, ações e nos seus gestos, assumindo o seu amor preferencial pelos deserdados da sociedade, os considerados impuros e excluídos, e todas as vítimas de preconceitos e de discriminações. A identificação com Jesus exige de nós, seus discípulos, a atitude de bom samaritano: socorrer, ser solidário com aqueles que estão caídos à beira do caminho, com aqueles que ele mais se identifica. “O que vocês fizerem a um dos menores de meus irmãos é a mim que vocês estarão fazendo” (Mt 25,40). Por isso Jesus diz a todos nós hoje: “Vai e faze tu o mesmo” (Lc 10,37).

Para nos assemelharmos a Jesus precisamos nos colocar na escuta orante de sua palavra, receber o seu perdão no Sacramento da Reconciliação, e sua vida no Sacramento da Eucaristia.

Que sejamos cada vez mais discípulos missionários, identificados com Jesus Cristo. Que, parecidos com Ele, possamos tornar este mundo mais justo, mais humano, e mais inclusivo.

Mãos à obra! Coragem! Fé em Deus! Bíblia na mão e no coração, e pé na missão.
Que o Deus da ternura e da bondade abençoe a todos e a todas. Amém.

Padre Tarcísio

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