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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
Horários de missas
Domingo: às 7:30h, 11:00h e 19:00h
Quarta-feira: às 19:30h - Sexta-feira: às 7:30h

Comunidade São Francisco - Rua Síria, 384 - Jd. São Francisco
Horários de missas
Sábado às 19:00h

Comunidade São Lucas - Rua Ana Coelho da Silveira, 266 - Jd. Ipanema
Horários das missas
Domingo às 9:15hs (Exc. Aos 2° Domingos) e às 17:30h 2° terça-feira às 19:30h

Comunidade São Paulo Apóstolo - Rua fonte boa, 173- Vl. Barros
Horários das missas
Domingo às 9:15h - 2° quinta-feira do mês às 19h30 na Igreja da comunidade - 4º quinta-feira do mês às 19h30 nos setores da comunidade



2020

 

“Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos.” (Jo 15,13). É isso que vamos celebrar nesta semana, chamada a semana maior, a Semana Santa. O amor que se faz entrega e doação total. Em um mundo marcado pela cultura do descartável, da indiferença religiosa e humana, somos convidados, inspirados no amor de Jesus, a testemunhar o amor samaritano, solidário. Fomos criados pelo Amor e para o amor. Nossa vida assume sentido quando abrimos nosso coração ao outro, de modo especial ao outro que sofre, que é pobre, abandonado, esquecido às margens de uma sociedade da indiferença e da exclusão. Nesta Semana Santa, que nos leva à Páscoa assumamos o compromisso de caminhar pela estrada do amor e da solidariedade para vencermos a indiferença que mata. A Páscoa nos ensina a, por Cristo, com Cristo e em Cristo, romper os túmulos da indiferença e do ódio e ressurgir para o zelo, o cuidado, a solidariedade e o amor de compaixão, como também nos propõe o lema da CF deste ano: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

 

 

O Domingo de Ramos inicia a Semana Santa centro do Ano Litúrgico na qual acompanhamos Jesus em sua paixão, morte e Ressurreição.

 

A Semana Santa, que inclui o Tríduo Pascal, visa recordar a Paixão e Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém (Diretório da Liturgia 2020). Todos os cristãos são chamados a viver estes três dias santos, como por assim dizer a “matriz” de sua vida pessoal e comunitária. São três dias da Semana Santa que marcam as etapas fundamentais de nossa fé e de nossa vocação no mundo.

 

Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, na lógica da cruz que não é antes de tudo aquela da dor e da morte, mas aquela do amor e da doação de si que traz vida. É entrar na lógica do Evangelho. Seguir, acompanhar Cristo, permanecer com Ele exige um sair. Sair de si mesmo, de um modo cansado e rotineiro de viver a fé, da tentação de fechar-se o horizonte da ação criativa de Deus. Deus saiu de si mesmo para viver entre nós e colocou a sua tenda para trazer-nos a sua misericórdia que salva e doa esperança.

 

Devemos viver a Semana Santa iluminados pelo exemplo de Jesus que passou a vida amando, servindo, acolhendo, perdoando, libertando, promovendo a vida e revelando que Deus é Pai de misericórdia, e que nós somos irmãos e irmãs. Que a Campanha da Fraternidade deste ano que tem como tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” nos ajude também na vivência da Semana Santa. Infelizmente, neste ano as celebrações do Tríduo Pascal estão comprometidas pela situação da pandemia causada pela Covid 19. E por causa disso, muitos membros de nossas comunidades não participarão destas celebrações, mas vamos vivê-las espiritualmente na oração confiante ao Senhor, e que fiquemos livres dessa pandemia causada por esse vírus, o quanto antes. Sugiro que em família ou individualmente se faça a meditação das leituras do Evangelho do Tríduo Pascal: quinta–feira Santa, Jo 13, 1-15. Sexta–feira Santa, Jo 18,1-19,42. Sábado Santo, Mt 28,1-10.

 

Vivamos o Tríduo Pascal na certeza de que o amor de Deus é sempre vencedor, e que o mal nunca terá a última palavra. Não deixemos que nos roubem a esperança. Esperança sempre.

 

O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição. É o ápice do ano litúrgico porque celebra a Morte e a Ressurreição do Senhor, “quando Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus pelo mistério pascal, quando morrendo destruiu a morte, e ressuscitando renovou a vida” (Diretório da Liturgia 2020).

 

Desejo a todos viver bem estes dias seguindo o Senhor com coragem, levando em nós mesmos um raio do seu amor a quantos encontrarmos, e sendo samaritanos uns dos outros.

 

Uma boa e frutuosa Semana Santa para vocês.

 

Padre Tarcísio.

 

    Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso
    ‘‘Viu, sentiu compaixão e cuidou dele’’ (Lc 10,33-34)

    Na busca de transformação e santificação, a Igreja no Brasil, oferece às Comunidades, no tempo da Quaresma, uma realidade para ser refletida, meditada, rezada. É a Campanha da Fraternidade, que, neste ano tem como tema: Fraternidade e vida: dom e compromisso; e, como lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

     

     

    Fraternidade e vida! Pelo Verbo de Deus tudo foi criado, e no faça-se! (Gn 1,3), quando tudo passou a existir, a vida divina foi irresistivelmente comunicada como um transbordamento do amor trinitário. Todos os seres animados e inanimados, como efusão do amor de Deus, foram criados por amor. Nada escapa ou está fora desse amor. Assim, Deus vem ao nosso encontro, pois quer “[…] comunicar a sua própria vida divina aos homens, criados livremente por ele, para fazer deles, no seu Filho único, filhos adotivos” (CIgC, n. 52). Essa comunicação de Deus nos permite conhecê-Lo e amá-Lo e, assim, participarmos da glória amorosa da Trindade Santa.

    Dom e Compromisso! A vida é um Dom que recebemos de Deus e que somos chamados a partilhar em busca da plenitude: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Deus tudo disse no seu Verbo encarnado: “Cristo, o Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai” (CIgC, n.65). Eis o nosso Compromisso para com essa vida, Dom de Deus: levá-la à plenitude de Cristo. Criados à sua imagem e semelhança, somos filhos no Filho, e os seus gestos de fraternidade nos ensinam este caminho: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

     

    Vida é Dom de Deus! “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Jesus Cristo não apenas anunciou, mas Ele mesmo é a plenitude, a consumação de toda a vida. O seu viver, sua pregação, sua morte e ressureição despertam para o sentido da vida e, assim, Ele mesmo se revela para nós como o Caminho, a Verdade e a Vida! (Jo 14,6). Ele anuncia o ano da graça do Senhor, pois, na unção, proclama a liberdade aos presos no corpo e na alma, oferece visão aos cegos sem horizontes, liberta e alivia os oprimidos pela ganância e pelo egoísmo; é a boa-nova da solidariedade e da gratuidade para os pobres e desamparados (Lc 4,16-19).

    Vida é Compromisso fraterno! A vida como Dom nos conduz a um Compromisso. Despertamos para a responsabilidade de nossa existência e de todas as criaturas. Compromisso como promessa de permanecer junto de, comprometer-se com. É o que lemos e vemos na parábola do bom samaritano. Ele permanece junto ao assaltado e garante-lhe acolhimento e cuidado: ver, sentir compaixão e cuidar serão os verbos de ação que nos conduzirão no tempo quaresmal. Que possamos nos dispor a uma profunda conversão da cultura da morte para a cultura da vida.

    Tema, lema e objetivos

    O Objetivo Geral é “conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como
    dom e compromisso, que se traduz em relação de mútuo cuidado entre as pessoas, na
    família, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum”.

    A CF 2020 apresenta dez objetivos específicos:

    a) Apresentar o sentido de vida proposto por Jesus nos Evangelhos;
    b) Propor a compaixão, a ternura e o cuidado como exigências fundamentais da vida para relações sociais mais humanas;
    c) Fortalecer a cultura do encontro, da fraternidade e a revolução do cuidado como caminhos de superação da indiferença e da violência;
    d) Promover e defender a vida, desde a fecundação até o seu fim natural, rumo à plenitude;
    e) Despertar as famílias para a beleza do amor que gera continuamente vida nova;
    f) Preparar os cristãos e as comunidades para anunciar, com o testemunho e as ações de mútuo cuidado, a vida plena do Reino de Deus;
    g) Criar espaços nas comunidades para que, pelo Batismo, pela Crisma e pela Eucaristia, todos percebam, na fraternidade, a vida como dom e compromisso;
    h) Despertar os jovens para o dom e a beleza da vida, motivando-lhes o engajamento em ações de cuidado mútuo, especialmente de outros jovens em situação de sofrimento e desesperança;
    i) valorizar, divulgar e fortalecer as inúmeras iniciativas já existentes em favor da vida;
    j) Cuidar do planeta, nossa Casa Comum, comprometendo-se com a ecologia integral.

    Quaresma: Caminhada para a celebração da Páscoa, a ressurreição do Senhor

    Celebrada desde o século IV, a Quaresma vai da 4ª feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor.

    A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração, e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo.

     

     

    No início da Quaresma é importante preparar o nosso coração para receber em abundância o dom da misericórdia divina. A palavra de Deus exorta-nos a nos converter e crer no Evangelho, e a Igreja indica-nos na oração, na esmola e no jejum, assim como na generosa ajuda aos irmãos os meios, através dos quais podemos entrar no clima da autêntica renovação interior e comunitária.

    A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: a Páscoa da Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus “de todo o coração” (Jl 2,12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor. Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com essa espera, manifesta a sua vontade de perdão.

     

    A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove este ano, durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade, cuja finalidade principal é vivenciar e assumir a dimensão comunitária e social da Quaresma. A Campanha da Fraternidade ilumina de modo particular os gestos fundamentais desse tempo litúrgico: a oração, a esmola e o jejum. Neste ano, o tema é Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso, e o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33- 34).

     

    A Campanha da Fraternidade é um modo privilegiado pelo qual a Igreja vivencia a Quaresma. Há mais de cinco décadas, ela anuncia a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, à sociedade e ao planeta, nossa Casa Comum. Portanto, a conversão é pessoal, comunitária e social.

    É necessário mudar o coração e as estruturas injustas presentes na sociedade, assim nós teremos a sociedade do bem viver e conviver. Que toda a Igreja, motivada pela Campanha da Fraternidade, possa ver fortalecida a revolução do cuidado, do apreço, da preocupação mútua e, portanto, da fraternidade e da vida.

     

    Muito pode ser feito quando o coração se abre para o intercâmbio do cuidado, e a criatividade se deixa conduzir pela fraternidade e solidariedade. Esta Campanha da Fraternidade será um apelo profético contra a indiferença, e o individualismo consumista, tão presentes na cultura do mundo urbano, que impede de viver a vida como dom e compromisso. O Papa Francisco nos convoca a vencer a “globalização da indiferença”. Se já não somos mais capazes de perceber a desumana dor ao nosso lado, também nós nos tornamos desumanizados. É por isso que a CF 2020 proclama: a vida é Dom e Compromisso! Seu sentido consiste em ver, solidarizar-se e cuidar. Não podemos viver ignorando e sendo indiferentes às dores daqueles que são marginalizados, descartados e considerados massa sobrante pelo modelo econômico neoliberal que privilegia o ter e o lucro a todo custo.

     

    Convido a todo povo de Deus caminheiro nas comunidades que compõem a paróquia Nossa Senhora de Fátima a vivenciar intensamente o tempo da Quaresma, participar da Missa da Penitência, da Via-Sacra às sextas-feiras, dos encontros de reflexão e oração sobre a Campanha da Fraternidade nos grupos de base, e a fazer uma boa confissão. Vivamos interiormente as práticas externas da Quaresma.

    Uma abençoada e frutuosa Quaresma a todos e a todas.

    Padre Tarcísio.

     

    IMPORTÂNCIA DAS PASTORAIS NA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA

     

    Quero refletir com vocês sobre os meios que a Igreja usa para atingir as pessoas com a sua ação evangelizadora, que são as pastorais. Pastoral vem da palavra pastor, que significa pastorear, apascentar. A missão da Igreja é apascentar o povo de Deus, sendo imagem de Cristo, o Bom Pastor que dá vida e esperança a todas as pessoas. Portanto, as pastorais devem santificar o povo de Deus, salvar vidas, serem sinais de esperança, e ser um oásis de misericórdia para quem as procura. Através das pastorais, a Igreja evangeliza atingindo as pessoas nas várias realidades e etapas da vida. As comunidades se organizam a partir das pastorais, e elas surgem e acontecem a partir das necessidades das pessoas. É claro que existem três atividades permanentes que a Igreja deve sempre oferecer ao povo de Deus, e que não podem faltar no trabalho das pastorais. São elas: a Palavra de Deus, a Eucaristia e os demais Sacramentos, e a Caridade Fraterna. Essas atividades são colocadas como pilares da Evangelização nas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Um dos grandes desafios para as nossas pastorais é a falta de pessoas que queiram se comprometer com elas. A falta de agentes de pastoral tem gerado a perda da capacidade missionária. Vivemos em uma sociedade marcada pelo individualismo e pela indiferença. Essas realidades impedem o crescimento de nossas pastorais. É urgente desenvolver nos cristãos católicos que foram batizados as atitudes de gratuidade e alteridade, para que se abram às necessidades da comunidade, a ponto de dizerem: “Em que posso ser útil? Em que posso ajudar, colaborar? ” A vida só se ganha na entrega, na doação por amor. “Quem quiser perder a sua vida por causa de mim a encontrará!” (Mt 10,39). O Papa Francisco na alegria do Evangelho, nº 81, afirma: “Quando mais precisamos de um dinamismo missionário que leve sal e luz ao mundo, muitos leigos temem que alguém os convide a realizar alguma tarefa apostólica e procuram fugir de qualquer compromisso que lhes possa roubar o tempo livre”.

     

     

    O Documento de Aparecida aponta que os melhores esforços das paróquias neste início do terceiro milênio devem estar na convocação e na formação de leigos missionários. Só através da multiplicação deles poderemos chegar a responder às exigências missionárias do momento atual. Todos os membros da comunidade paroquial são responsáveis pela evangelização dos homens e mulheres em cada ambiente. Cada liderança pastoral deve trabalhar pelo surgimento de novos agentes para as pastorais, através do contato pessoal, de um acolhimento fraterno e humano, fazendo com que as pessoas se sintam bem na comunidade e com vontade de engajamento pastoral. Por isso, é importante estabelecermos um diálogo com as pessoas que participam das celebrações de nossas comunidades, e valorizarmos a cultura do encontro, da proximidade.

     

    Todo o trabalho de nossas pastorais devem inspirar no mandamento novo do amor (cf. Jo 13,35). A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração. Como Cristo atrai todos pela força do amor, a Igreja atrai pela comunhão e pela vivencia do amor entre seus membros. Hoje o relacional é mais importante. Se a comunidade me atrai, se ela me dá mais vida, mais amor, então a comunidade é importante para mim.

     

    Valorizemos nossas pastorais tornando-as sempre mais missionárias, e atraentes.

     

    Quem experimentou verdadeiramente o amor de Deus que salva e liberta se torna um servidor na comunidade de fé, sai em missão. Entremos de cheio nesse trabalho de suscitar novas lideranças pastorais, de que nossas comunidades tanto necessitam. A messe é grande e os operários são poucos.

     

    Que Deus abençoe e fortaleça a todos e a todas.

     

    Padre Tarcísio.

     

    Dai graças ao Senhor porque Ele é bom (Sl 118,1).

     

    Chegamos ao final de 2019, e o nosso sentimento deve ser de gratidão a Deus pelas maravilhas que Ele realizou em nós e através de nós. Mas também quero agradecer a caminhada dos agentes de pastoral que são caminheiros em nossas comunidades eclesiais e forças vivas na ação evangelizadora da Igreja. Me alegro pela dedicação e o esforço de muitos na realização das atividades pastorais em que atuam, por criarem comunhão e por serem sinal da presença misericordiosa de Deus na vida das pessoas. Como afirma nosso amado Papa Francisco, cada pessoa que nos procura, através de nossas pastorais, comunidades e demais organizações da Igreja devem encontrar um oásis de misericórdia, e eu acrescento, devem encontrar um acolhimento humano e fraterno sem preconceitos, e discriminações. Por outro lado, lamentamos atitudes de fechamento e de isolamento de muitos agentes de pastoral; com essas atitudes não criam comunhão nem identidade de membro da comunidade, discípulo de Jesus Cristo. Quantos que não participam de encontros de formação, de reuniões, de confraternizações, de celebrações, deixando por isso de dar sentido à comunhão. A perseverança no ensinamento dos apóstolos que significa comunhão, participação e fidelidade, é uma das características dos primeiros cristãos, deve ajudar na conversão daqueles que se colocam à margem da caminhada da paróquia e da diocese.

    Devemos continuar trabalhando para criar a cultura da comunhão e da participação. O Papa Francisco fala sempre da cultura do encontro para criarmos fraternidade, solidariedade, mútua ajuda, diálogo. Por isso, é importante valorizarmos os momentos de formação, reunião, oração, celebração e festa para fazer acontecer a cultura do encontro. Na cultura do mundo urbano, o individualismo consumista e o anonimato são muito fortes, e levam as pessoas a pensarem apenas em si mesmas, à lógica de cada um para si e Deus para todos, por isso é importante intensificar a cultura do encontro e da proximidade, e valorizar sempre mais a vida de comunidade.

     

    Agradeço a Deus pelas atividades promovidas pela paróquia que ajudam a vivenciar o encontro entre as pessoas. Destaco algumas, as reuniões dos grupos de base, as celebrações, as confraternizações, o dia das comunidades, as formações e as visitas missionárias.

     

    Ao agradecer a Deus e aos agentes de pastoral pela caminhada deste ano, quero também fazer um apelo para que continuemos firmes na caminhada, enfrentando com coragem e confiança os desafios e as dificuldades da caminhada evangelizadora. Não deixemos que nos roubem a esperança! Não deixemos que nos roubem o ardor, o entusiasmo missionário! Não deixemos que nos roubem a vida de comunidade! Não deixemos que nos roubem o compromisso com a evangelização, com o projeto do Reino de Deus! Vamos juntos num grande mutirão missionário assumir as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que convida nossas comunidades a serem casas acolhedoras, sempre de portas abertas, misericordiosas, fraternas, humanas, samaritanas, e escolas de comunhão. Continuemos avançando e insistindo na caminhada dos grupos de base, das pastorais sociais, da catequese de inspiração catecumenal com crianças, jovens e adultos, nas visitas missionárias e no surgimento de novos agentes de pastoral, pois a falta deles tem gerado a perda da capacidade missionária.

     

    Muito obrigado a todos e a todas pelo trabalho pastoral realizado neste ano, e que Deus os conceda a graça da perseverança na fé e na missão.

    Padre Tarcísio