A Palavra do nosso Pároco – Fevereiro 2020

 

IMPORTÂNCIA DAS PASTORAIS NA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA

 

Quero refletir com vocês sobre os meios que a Igreja usa para atingir as pessoas com a sua ação evangelizadora, que são as pastorais. Pastoral vem da palavra pastor, que significa pastorear, apascentar. A missão da Igreja é apascentar o povo de Deus, sendo imagem de Cristo, o Bom Pastor que dá vida e esperança a todas as pessoas. Portanto, as pastorais devem santificar o povo de Deus, salvar vidas, serem sinais de esperança, e ser um oásis de misericórdia para quem as procura. Através das pastorais, a Igreja evangeliza atingindo as pessoas nas várias realidades e etapas da vida. As comunidades se organizam a partir das pastorais, e elas surgem e acontecem a partir das necessidades das pessoas. É claro que existem três atividades permanentes que a Igreja deve sempre oferecer ao povo de Deus, e que não podem faltar no trabalho das pastorais. São elas: a Palavra de Deus, a Eucaristia e os demais Sacramentos, e a Caridade Fraterna. Essas atividades são colocadas como pilares da Evangelização nas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Um dos grandes desafios para as nossas pastorais é a falta de pessoas que queiram se comprometer com elas. A falta de agentes de pastoral tem gerado a perda da capacidade missionária. Vivemos em uma sociedade marcada pelo individualismo e pela indiferença. Essas realidades impedem o crescimento de nossas pastorais. É urgente desenvolver nos cristãos católicos que foram batizados as atitudes de gratuidade e alteridade, para que se abram às necessidades da comunidade, a ponto de dizerem: “Em que posso ser útil? Em que posso ajudar, colaborar? ” A vida só se ganha na entrega, na doação por amor. “Quem quiser perder a sua vida por causa de mim a encontrará!” (Mt 10,39). O Papa Francisco na alegria do Evangelho, nº 81, afirma: “Quando mais precisamos de um dinamismo missionário que leve sal e luz ao mundo, muitos leigos temem que alguém os convide a realizar alguma tarefa apostólica e procuram fugir de qualquer compromisso que lhes possa roubar o tempo livre”.

 

 

O Documento de Aparecida aponta que os melhores esforços das paróquias neste início do terceiro milênio devem estar na convocação e na formação de leigos missionários. Só através da multiplicação deles poderemos chegar a responder às exigências missionárias do momento atual. Todos os membros da comunidade paroquial são responsáveis pela evangelização dos homens e mulheres em cada ambiente. Cada liderança pastoral deve trabalhar pelo surgimento de novos agentes para as pastorais, através do contato pessoal, de um acolhimento fraterno e humano, fazendo com que as pessoas se sintam bem na comunidade e com vontade de engajamento pastoral. Por isso, é importante estabelecermos um diálogo com as pessoas que participam das celebrações de nossas comunidades, e valorizarmos a cultura do encontro, da proximidade.

 

Todo o trabalho de nossas pastorais devem inspirar no mandamento novo do amor (cf. Jo 13,35). A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração. Como Cristo atrai todos pela força do amor, a Igreja atrai pela comunhão e pela vivencia do amor entre seus membros. Hoje o relacional é mais importante. Se a comunidade me atrai, se ela me dá mais vida, mais amor, então a comunidade é importante para mim.

 

Valorizemos nossas pastorais tornando-as sempre mais missionárias, e atraentes.

 

Quem experimentou verdadeiramente o amor de Deus que salva e liberta se torna um servidor na comunidade de fé, sai em missão. Entremos de cheio nesse trabalho de suscitar novas lideranças pastorais, de que nossas comunidades tanto necessitam. A messe é grande e os operários são poucos.

 

Que Deus abençoe e fortaleça a todos e a todas.

 

Padre Tarcísio.