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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
Horários de missas
Domingo: às 7:30h, 11:00h e 19:00h
Quarta-feira: às 19:30h - Sexta-feira: às 7:30h

Comunidade São Francisco - Rua Síria, 384 - Jd. São Francisco
Horários de missas
Sábado às 19:00h

Comunidade São Lucas - Rua Ana Coelho da Silveira, 266 - Jd. Ipanema
Horários das missas
Domingo às 9:15hs (Exc. Aos 2° Domingos) e às 17:30h 2° terça-feira às 19:30h

Comunidade São Paulo Apóstolo - Rua fonte boa, 173- Vl. Barros
Horários das missas
Domingo às 9:15h - 2° quinta-feira do mês às 19h30 na Igreja da comunidade - 4º quinta-feira do mês às 19h30 nos setores da comunidade



Mensagem do Papa Francisco por ocasião da Campanha da Fraternidade 2021

Realizada pela CNBB todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Campanha da Fraternidade de 2021 é promovida de forma ecumênica, ou seja, em parceria entre várias Igrejas Cristãs.

Vatican News

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) abriram na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, 17 de fevereiro, a quinta edição da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE). A abertura foi realizada de forma simbólica e virtual com a divulgação de um vídeo com pronunciamentos de representantes das Igrejas que compõem o Conic.

Neste ano, o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído da carta de São Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículo 14.

Realizada pela CNBB todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Campanha da Fraternidade de 2021 é promovida de forma ecumênica, ou seja, em parceria entre várias Igrejas Cristãs. A CFE 2021 quer convidar os cristãos e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual. Tudo isso através do diálogo amoroso e do testemunho da unidade na diversidade, inspirados e inspiradas no amor de Cristo.

A abertura virtual deve-se à escolha das entidades promotoras da Campanha como forma de prevenção da Covid-19. De acordo com o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a decisão foi tomada em comum acordo com a diretoria do CONIC, “para evitar aglomeração nesse momento em que a pandemia assume números que nos assustam”. Para dom Joel, “é necessário dar testemunho a respeito da importância das medidas sanitárias” e, para isso, os “recursos informáticos” disponíveis serão utilizados.

O Papa Francisco enviou uma mensagem escrita para o início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade 2021.

Eis o texto integral:

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Com o início da Quaresma, somos convidados a um tempo de intensa reflexão e revisão de nossas vidas. O Senhor Jesus, que nos convida a caminhar com Ele pelo deserto rumo à vitória pascal sobre o pecado e a morte, faz-se peregrino conosco também nestes tempos de pandemia. Ele nos convoca e convida a orar pelos que morreram, a bendizer pelo serviço abnegado de tantos profissionais da saúde e a estimular a solidariedade entre as pessoas de boa vontade. Convoca-nos a cuidarmos de nós mesmos, de nossa saúde, e a nos preocuparmos uns pelos outros, como nos ensina na parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37). Precisamos vencer a pandemia e nós o faremos à medida em que formos capazes de superar as divisões e nos unirmos em torno da vida. Como indiquei na recente Encíclica Fratelli tutti, «passada a crise sanitária, a pior reação seria cair ainda mais num consumismo febril e em novas formas de autoproteção egoísta» (n. 35). Para que isso não ocorra, a Quaresma nos é de grande auxílio, pois nos chama à conversão através da oração, do jejum e da esmola.

Como é tradição há várias décadas, a Igreja no Brasil promove a Campanha da Fraternidade, como um auxílio concreto para a vivência deste tempo de preparação para a Páscoa. Neste ano de 2021, com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, os fiéis são convidados a «sentar-se a escutar o outro» e, assim, superar os obstáculos de um mundo que é muitas vezes «um mundo surdo». De fato, quando nos dispomos ao diálogo, estabelecemos «um paradigma de atitude receptiva, de quem supera o narcisismo e acolhe o outro» (Ibidem, n. 48). E, na base desta renovada cultura do diálogo está Jesus que, como ensina o lema da Campanha deste ano, «é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade» (Ef 2,14).

Por outro lado, ao promover o diálogo como compromisso de amor, a Campanha da Fraternidade lembra que são os cristãos os primeiros a ter que dar exemplo, começando pela prática do diálogo ecumênico. Certos de que «devemos sempre lembrar-nos de que somos peregrinos, e peregrinamos juntos», no diálogo ecumênico podemos verdadeiramente «abrir o coração ao companheiro de estrada sem medos nem desconfianças, e olhar primariamente para o que procuramos: a paz no rosto do único Deus» (Exort. Apost. Evangelii gaudium, n. 244). É, pois, motivo de esperança, o fato de que este ano, pela quinta vez, a Campanha da Fraternidade seja realizada com as Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).

Desse modo, os cristãos brasileiros, na fidelidade ao único Senhor Jesus que nos deixou o mandamento de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou (cf. Jo 13,34) e partindo «do reconhecimento do valor de cada pessoa humana como criatura chamada a ser filho ou filha de Deus, oferecem uma preciosa contribuição para a construção da fraternidade e a defesa da justiça na sociedade» (Carta Enc. Fratelli tutti, n. 271). A fecundidade do nosso testemunho dependerá também de nossa capacidade de dialogar, encontrar pontos de união e os traduzir em ações em favor da vida, de modo especial, a vida dos mais vulneráveis. Desejando a graça de uma frutuosa Campanha da Fraternidade Ecumênica, envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 17 de fevereiro de 2021.

[Franciscus PP.]

 

Irmãos e irmãs em Cristo Jesus,

 

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

 

 

“Não apagueis o Espírito, não desprezais as profecias, mas examinai tudo e guardai o que for bom” (1 Ts 5,21)

 

  1. No exercício de nossa missão evangelizadora, deparamo-nos com inúmeros desafios, diante dos quais não podemos esmorecer, mas, ao contrário, buscar forças para responder com tranquilidade e esperança.
  2. Nosso país vive um tempo entristecedor, com tantas mortes causadas pela covid-19, um processo de vacinação que gostaríamos fosse mais rápido e uma população que se cansou de seguir as medidas de proteção sanitária. Nosso coração de pastores sofre diante de tantas sequelas que surgem a partir da pandemia, em especial o empobrecimento e a fome.

 

A Campanha da Fraternidade 2021 e suas características

 

  1. Em meio a tudo isso e atendendo à solicitação de irmãos bispos, desejamos abordar a Campanha da Fraternidade deste ano. Algumas afirmações têm ocasionado insegurança e mesmo perplexidade.
  2. Como sabemos, a Campanha da Fraternidade é uma riqueza da Igreja no Brasil, nascida e amadurecida não sem dificuldades e mesmo sofrimentos. A cada Campanha, o aprendizado se fortalece e se mostra continuamente necessário. Assim acontece com cada tema escolhido e assim acontece quando as Campanhas, desde o ano 2000, são feitas em modo ecumênico.
  3. Para este ano, o tema escolhido foi o diálogo, com o tema, portanto, fraternidade e diálogo: compromisso de amor. Trata-se, como explicado nas formações feitas pelo nosso Setor de Campanhas, do recolhimento dos temas anteriores, em especial desde 2018, que tratou da superação da violência, até 2020, quando apresentou-se a proposta cristã do cuidado.
  4. Para 2021, conforme aprovação em nossa Assembleia Geral de 2018, a Campanha foi construída ecumenicamente e, conforme costume desde o ano 2000, sob a responsabilidade do CONIC. Nas primeiras reuniões, discerniu-se pelo tema do diálogo, urgência num tempo de polarizações e fanatismos, cabendo então ao CONIC a construção do texto-base. Isso foi feito conforme está explicado na apresentação do mesmo, com detalhamento da equipe elaboradora, na pág. 9.
  5. Consequentemente, o texto seguiu a estrutura de pensamento e trabalho do CONIC. Foram realizadas várias reuniões, o texto passou por revisão da assessoria teológica do CONIC, uma assessoria com membros das diversas igrejas, chegando, então, ao que hoje temos. Não se trata, portanto, de um texto ao estilo do que ocorreria caso fosse preparado pela comissão da CNBB, pois são duas compreensões distintas, ainda que em torno do mesmo ideal de servir a Jesus Cristo. O texto-base desse ano, por conseguinte, deve ser assim compreendido, como o foi nas Campanhas da Fraternidade levadas a efeito de modo ecumênico.

 

Algumas questões específicas

 

  1. Nos últimos dias, reações têm surgido quanto ao texto. Apresentam argumentos que esquecem da origem do texto, desejando, por exemplo, de uma linguagem predominantemente católica. Trazem ainda preocupações com relação a aspectos específicos, a saber, as questões de gênero, conforme os números 67 e 68 do referido texto.
  2. A doutrina católica sobre as questões de gênero afirma que “gênero é a dimensão transcendente da sexualidade humana, compatível com todos os níveis da pessoa humana, entre os quais o corpo, a mente, o espírito, a alma. O gênero é, portanto, maleável sujeitos a influências internas e externas à pessoa humana, mas deve obedecer a ordem natural já predisposta pelo corpo” (Pontifício Conselho para a Família, Lexicon – Termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas., pág. 673).

 

Uma ajuda destacável

 

10. Já pronto o texto-base, fomos presenteados com a Fratelli Tutti, que recomendamos vivamente seja também utilizada como subsídio para a Campanha da Fraternidade deste ano. Ela estabelece forte conexão entre o tema de 2020 e o de 2021, cuidado e diálogo, e muito ajudará na reflexão sobre o diálogo e a fraternidade.

 

Coleta da Solidariedade

 

  1. Junto com essas preocupações de conteúdo, surgiu ainda a sugestão de que não se faça a oferta da solidariedade no Domingo de Ramos, uma vez que existiria o risco de aplicação dos recursos em causas que não estariam ligadas à doutrina católica.
  2. Lembramos que, em 2019, foi distribuída pelo Fundo Nacional de Solidariedade – FNS a quantia de R$3.814.139,81, fruto da generosidade de nossas comunidades, não se incluindo nessa quantia o que foi destinado aos fundos diocesanos. Em 2020, por causa da pandemia, não ocorreu arrecadação. Somente com a ajuda da instituição alemã Adveniat conseguimos atender a 15 projetos.
  3. Sobre isso, recordamos que o FNS segue rigorosa orientação, obedecendo não apenas a legislação civil vigente para o assunto, mas também preocupação quanto à identidade dos projetos atendidos. Desde o início da construção da Campanha da Fraternidade de 2021, temos informado ao CONIC a respeito da dificuldade e até mesmo da impossibilidade de mantermos a estrutura do Fundo de Solidariedade como ocorrido nas Campanhas ecumênicas anteriores. Sobre este ponto, tendo como base a última dessas Campanhas, a de 2016, esta Presidência já manifestou ao CONIC as dificuldades e, por espírito de comunhão e corresponsabilidade, vai conversar sobre o assunto na próxima reunião do CONSEP. A conclusão será informada em seguida.

 

Desse modo:

 

  1. Em consequência, respeitando a autonomia de cada irmão bispo junto aos seus diocesanos e como não poucos irmãos nos têm solicitado indicações para informar ao povo sobre a CF 2021, consideramos importante que sejam destacados os seguintes aspectos:
    1. 1)  A Campanha da Fraternidade é um valor que não podemos descartar.
    2. 2)  Alguns temas, conforme seu modo de ser apresentado, tornam-se mais difíceis que outros.
    3. 3)  A Igreja tem sua doutrina estabelecida a respeito das questões de gênero e se mantém fiel a ela.
    4. 4)  Os recursos do Fundo Nacional de Solidariedade serão aplicados em situações que não agridam os princípios defendidos pela Igreja Católica.
    5. 5)  A causa ecumênica se mantém importante. “Uma comunidade cristã que crê em Cristo e deseja com o ardor do Evangelho a salvação da humanidade não pode de forma alguma fechar-se ao apelo do Espírito que orienta todos os cristãos para a unidade plena e visível… O ecumenismo não é apenas uma questão interna das comunidades cristãs, mas diz respeito ao amor que Deus, em Cristo Jesus, destina ao conjunto da humanidade; e criar obstáculos a este amor é uma ofensa a Ele e ao Seu desígnio de reunir todos em Cristo” (S. João Paulo II, Encíclica Ut Unum Sint, 99)
  2. Concluímos lembrando a importância da Campanha da Fraternidade na história da evangelização do Brasil. É nossa marca. Cabe-nos cuidar dela, melhorá-la sempre mais por meio do diálogo, assim como nos cabe cuidar da causa ecumênica, um ideal que se nos impõe. Se nem sempre é fácil cuidar de ambos e de muitos outros aspectos de nossa ação evangelizadora, nem por isso devemos desanimar e romper a comunhão, uma de nossas maiores marcas, um tesouro que o Senhor Jesus nos deixou e do qual não podemos abrir mão. Não desanimemos. Não desistamos. Unamo-nos.

 

Brasília, 09 de fevereiro de 2021

D. Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte, MG Presidente

D. Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre, RS 1o Vice-Presidente

D. Mário Antônio da Silva

Bispo de Roraima, RR 2o Vice-Presidente

D. Joel Portella Amado

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ Secretário-Geral

 

 

Jesus: luz que brilha nas trevas, razão de nossa esperança

 

“o povo que andava nas trevas viu brilhar uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu” (Is 9,1).

Alegria, felicidade, regozijo tomam conta de todos porque deus faz nascer nova esperança para o povo oprimido e marginalizado. Deus quer o melhor para nós e nos dá o que ele tem de melhor. Ele nos dá seu filho Jesus. “o anjo então lhes disse não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria que será para todo o povo: hoje nasceu para vós o salvador, que é o Cristo Senhor” (lc 2,10-11).

 

Nesta criança frágil está o amor infinito de Deus por nós, e sua solidariedade para a com a humanidade.

Nesta criança está a esperança de um novo céu, e de uma nova terra, onde habitará a justiça, e uma sociedade mais civilizada, mais respeitosa dos direitos humanos, e mais pacificada no amor.

O natal deste ano acontece no contexto de pandemia. Em que muitas pessoas morreram, são mais de 185.000, muitos estão infectados, são mais de 7 milhões. Muitas pessoas estão angustiadas, depressivas, com síndrome do pânico, com medo de serem contaminadas, sem perspectiva de vida, muitos se perguntam: o que será de nós? O que podemos esperar? À luz do natal de Jesus, sejamos sinais de esperança para essas pessoas que estão vivendo estas realidades dolorosas. Sejamos luz do amor do menino de Belém para todos os sofredores e sofredoras. Sejamos luz que ajuda o povo a vencer o desanimo, e o medo. Ajudemos as pessoas a se sentirem motivadas para reconstruirem suas vidas, a encontrarem razões para continuarem vivendo.

Desejo de coração a todos, e a todas, que caminham nas comunidades que compõem a paróquia Nossa Senhora de Fátima um feliz natal com Cristo e em Cristo, razão de nossa esperança!

 

Padre Tarcísio.

 

 

Lançado num período em que o Brasil se deparava com o agravamento da pandemia. Foi assinado em 07 de abril, do corrente ano, dia mundial da saúde. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assinou o Pacto pela Vida e pelo Brasil, impulsionada por sua fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, fonte inesgotável da luz da verdade, luz indispensável para clarear caminhos e rumos novos que a sociedade brasileira precisa com urgência para construir um novo tempo. Este pacto foi assinado também por outras entidades representativas da sociedade civil.

 

 

É urgente a formação deste Pacto pela Vida e pelo Brasil. Que ele seja abraçado por toda a sociedade brasileira em sua diversidade, sua criatividade e sua potência vital. E que ele fortaleça a nossa democracia, mantendo-nos irredutivelmente unidos. Não deixaremos que nos roubem a esperança de um futuro melhor.

 

O Papa Francisco, na audiência geral de quarta-feira, dia 02/09, nos exortou a seguirmos em frente pelo caminho da solidariedade ou as coisas irão piorar. De uma crise sai-se melhor ou pior. Temos que escolher. A solidariedade é precisamente o caminho para sairmos melhores da crise. Por isso, o Pacto pela Vida e pelo Brasil conclama os cidadãos brasileiros, homens e mulheres de boa vontade, especialmente os governantes e representantes do povo, a se unirem no exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis. O momento que estamos enfrentando clama pela união de toda a sociedade brasileira. O desafio é imenso: a humanidade está sendo colocada à prova. Avida humana está em risco.

 

Todos juntos pela Vida e pelo Brasil.

 

Padre Tarcísio.

 

 

Queridos amigos e amigas da paróquia Nossa Senhora de Fátima, da Vila Fátima, graça e Paz a vocês neste mês tão especial em que celebramos e nos conscientizamos acerca das vocações no seio da Igreja. Lhes escrevo, nesta edição de nosso jornal Boa Notícia, para partilhar um pouco do processo vocacional de um Padre diocesano e também de minha caminhada dentro deste processo.

 

Meu nome é Fernando Benetti e eu sou um filho desta paróquia. Estou no seminário diocesano de Guarulhos há sete anos já, curso hoje o quarto ano de teologia, etapa da configuração. Quando criança, junto de minha mãe e da saudosa Maria Valiatti, minha querida avó de coração que era agente da pastoral saúde na comunidade São Francisco, participávamos do grupo de base da rua em que morávamos, coordenado pela também saudosa e querida dona Sofia. Foi lá o primeiro contato eclesial que realmente me cativou; não foi numa Igreja de pedras, cheia de beleza e esplendor, mas numa comunidade viva de fiéis, testemunhas do ressuscitado.

 

Antes de ingressarmos no seminário, fazemos um acompanhamento vocacional que naturalmente dura em torno de dois anos. A Formação dos presbíteros é dividida em quatro etapas: Ano propedêutico, que corresponde ao ano de iniciação; etapa do discipulado, que corresponde ao período dos estudos filosóficos; etapa da configuração, correspondente ao período dos estudos teológicos; ano pastoral, que pode ser entendido como um período de residência do formando em uma paróquia, diariamente, para um contato mais efetivo com a estrutura paroquial. Todo este período dura em torno de oito anos e meio.

 

Durante todo este período vivemos um processo formativo multidimensional e bastante rígido. Somos acompanhados nas dimensões humano afetivo, pastoral – missionário, espiritual e comunitária. Por isso que, além da formação acadêmica recebemos, também, a formação interna que complementa os fins de todo o processo. Nossa rotina inicia-se todos os dias pelas 4h30, onde nos preparamos para a primeira oração da manhã, às 05h10, tomamos café e partimos para a faculdade. Retornamos às 13h30 para o almoço e para as atividades formativas da tarde. Fazemos juntos a oração da Tarde, às 18h e sequencialmente jantamos. Completamos nosso dia às 21h30 com a oração da noite. A partir deste momento que vamos revisar os estudos da faculdade, elaborar trabalhos, organizar nossas atividades pastorais e manter os laços externos pelas redes sociais.

 

Ser um vocacionado, acima de tudo, é ser uma pessoa aberta e atenta às necessidades da comunidade eclesial- a Igreja, e a comunidade social- o meio em que se vive. Que Deus não permita que faltem operários para a sua messe e que Maria, Mãe e Senhora das Vocações acompanhe a todos os vocacionados, nesta caminhada batismal, rumo à realidade definitiva, onde todos serão UM em Deus.

 

Fernando Benetti

 

 

DECRETO

 

Nós, Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist. por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Guarulhos.

Considerando as estatísticas da Pandemia de Covid 19 (Coronavírus) no território da Diocese de Guarulhos, bem como a infraestrutura dos aparelhos de saúde do município;

Considerando que o “O Bispo diocesano, sempre que julgar que isso possa concorrer para o bem espiritual dos fieis, pode dispensa-lo leis disciplinares, universais ou particulares, dada pela suprema autoridade da Igreja para seu território ou para seus súditos” (Cân. 87);

Considerando o Decreto 287 de 20/03/2020, com o qual suspendemos as celebrações presenciais e demais atividades com a presença de fiéis;

Considerando a normativa de 13 de julho de 2020, pela qual definimos protocolo para o retorno das celebrações presenciais, no território da Diocese de Guarulhos;

Considerando o Decreto 64.994 de 28 de maio de 2020, do Governador do Estado de São Paulo, que instituiu o plano “São Paulo” e o art. 07 que prescreve: “Os Municípios paulistas inseridos nas fases laranja, amarela e verde, cujas circunstâncias estruturais e epidemiológicas locais assim o permitirem, poderão autorizar, mediante ato fundamentado de seu Prefeito, a retomada gradual do atendimento presencial ao público de serviços e atividades não essenciais”;

Considerando o Decreto 37.009 de 10 de julho de 2020, do Prefeito da Cidade de Guarulhos, que afirma que “Considerando a 6a atualização do Plano São Paulo, que indica a evolução do Município de Guarulhos para a Fase 3 – Amarela, conforme consta da página oficial do Governo do Estado de São Paulo” … permitindo a abertura “dos templos religiosos de qualquer natureza poderão funcionar para a realização de suas atividades”;

Decretamos:

1. que os fiéis da Diocese de Guarulhos estão dispensados da obrigação de participar de missas dominicais e de preceito;

2. a reabertura de todas as Comunidades da Diocese de Guarulhos que possuam condições sanitárias para a celebração eucarística dominical e ferial, observado o item 5 do presente Decreto;

3. a suspensão da distribuição eucarística aos domingos, podendo ser conservada em outros dias da semana;

4. que se mantenha a transmissão (pelas redes sociais) de ao menos uma missa dominical, em cada paróquia;

5. a observância do protocolo divulgado no dia 13 de julho de 2020, destacando- se a distância de dois metros entre os fiéis, as medidas de profilaxia, para as celebrações das missas e demais sacramentos;

6. que permanecem suspensas as demais atividades pastorais de forma presencial (Celebrações da Palavra, Grupos de Rua, Catequese, Grupos de Oração, Terços, …);

7. a ab-rogação de quaisquer dispositivos contrários ao presente decreto.

As normativas decretadas no presente ato, entram em vigor a partir de 01 de agosto de 2020.

Dado e passado na Cúria Diocesana de Guarulhos, aos 27 dias do mês de Julho de 2020.

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.  – Bispo Diocesano de Guarulhos

Pe. Weber Galvani Pereira – Chanceler do Bispado

Protocolo 01/0174/2020 27/07/2020

O mês de Junho, conforme o calendário litúrgico, é marcado por um conjunto de Solenidades que refletem uma grande importância espiritual para as nossas comunidades, estas datas se enraizaram na cultura e nas tradições populares de nosso País.

 

 

Enumeremos as solenidades deste mês: Santíssima Trindade, que cairá no 10º domingo do tempo comum; Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, popularmente conhecido enquanto Corpus Christi, no dia 11; Sagrado Coração de Jesus, no dia 19; Natividade de São João Batista, no dia 24; São Pedro e São Paulo onde se celebra o Dia do Papa e a coleta do Óbulo de S. Pedro, que cairá no 13º domingo do tempo comum.

 

Compreendendo que, juntamente com o ciclo do Outono, se deu início as políticas de isolamento social nos diversos Estados de nosso País, em prevenção à proliferação do vírus COVID-19 (Corona Vírus). Este isolamento social já se perdura há mais de dois meses e é de extrema importância ressignificarmos este período que passamos à luz da Fé, buscando compreender os sinais dos tempos e a presença do Senhor neste momento de incertezas, de crises sociais, políticas, econômicas e emocionais.

 

Diferentemente dos demais anos, não teremos neste mês tão especial os belos tradicionais tapetes espalhados do norte ao sul, expressando a religiosidade e piedade popular de nosso povo. Não teremos nossas Igrejas decoradas pelo vermelho das faixas, bandeiras e estandartes do Apostolado da Oração. Não teremos as festas juninas celebradas com comidas típicas, fogueiras e danças, tudo em honra a São João Batista, São Pedro e São Paulo.

Tudo isso irá faltar? Sim. Mas o que não pode faltar é a certeza do amor de Deus por nós e a chama da fé acesa em nosso peito, sustentada pela Palavra de Deus e pela Oração. Para isto,  não podemos esquecer do nosso compromisso pastoral e missionário que estas solenidades dão grande destaque: o de revelar a todos a Pessoa de Jesus e o projeto de seu reinado que difere da lógica opressiva dos governos deste mundo.

 

Desta forma, não percamos o ânimo e a vigilância neste tempo de isolamento. Se não podemos ter a presença de Deus pelos Dons do Pão e do Vinho abençoados, feitos Eucaristia e pela Comunidade reunida, façamos um esforço para sentir Jesus em nosso cuidado comum, tomando as medidas higiênicas adequadas, pela partilha do pouco que temos em nossa pobreza, pela meditação diária da Palavra de Deus, pelo bom convívio familiar e pela sintonia virtual que a Pastoral da Comunicação está desenvolvendo em tantas paróquias através de Cyberespaços: as salas virtuais que constantemente estamos recebendo notificações para rezarmos juntos. Mas jamais esqueçamos: nada substitui o contato humano físico, pois só em comunidade é que podemos encontrar verdadeiramente Jesus e sua Palavra de Vida Eterna. Continuemos firmes e perseverantes em nosso estado de isolamento, mas esperançosos de retornarmos para o seio de comunidades, as nossas Igrejas-Casas de Oração.

 

Fernando Benetti
Seminarista da Diocese de Guarulhos, cursando o 4 ano da Etapa da Configuração (Teologia)

 

A Conferência Nacional dos Bispos Brasil (CNBB) acaba de publicar, por meio da Edições CNBB, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o quadriênio 2019 – 2023. A publicação integra a série Documentos da CNBB sob o nº 109. Trata-se do principal documento que o episcopado brasileiro aprovou durante a sua 57ª Assembleia Geral, realizada em Aparecida (SP), de 1º a 10 de maio.

 

 

Para o quadriênio 2019-2023, as diretrizes foram estruturadas a partir da concepção da Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária”, apresentada com a imagem da “casa”, “construção de Deus” (1Cor 3,9). Em tudo isso, as Diretrizes – aprovadas pelos bispos do Brasil– convidam todas as comunidades de fé a abraçarem e vivenciarem a missão como escola de santidade.

 

Na apresentação da publicação, a presidência da CNBB ressalta que as diretrizes são o caminho  encontrado para responder aos desafios do Brasil, “um país que, na segunda década deste século XXI, experimenta grandes transformações em todos os sentidos”. A introdução da publicação defende que as diretrizes constituem uma das expressões mais significativas da colegialidade e da missionariedade da Igreja no Brasil.

 

O Documento nº 109, de 93 páginas, é organizado em q u a t r o capítulos. No primeiro, cujo título é o “Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo”, o texto aprofunda os desafios do contexto urbano e o papel das comunidades eclesiais missionárias neste contexto. O capítulo 2, fala do “O olhar dos discípulos missionários” sobre os desafios presentes na cidade.

 

O terceiro capítulo, “A Igreja nas Casas”, apresenta a ideia de casa, entendida como “lar” para os seus habitantes, acentua as perspectivas pessoal, comunitária e social da evangelização, inserindo no espírito da Laudato Si’, a perspectiva ambiental. Essa casa é a comunidade eclesial missionária que, por sua vez, é sustentada por quatro pilares: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. O quarto capítulo, cujo título é “A Igreja em Missão” apresenta encaminhamentos práticos de ação para cada um dos pilares.

 

A publicação pode ser adquirida no blog da Edições CNBB no link: www.edicoescnbb.com.br

O Papa Francisco, em um pronunciamento, condenou os males das fake news e pediu que todos estejamos
atentos para não sermos manipulados por elas.

Todos os dias, recebemos inúmeras notícias pelas redes sociais, notícias essas que falam sobre saúde, religião, política, educação etc. A primeira coisa que nos vem em mente é compartilhar com entes queridos, ou até em grupos, para que o maior número de pessoas fique sabendo daquela novidade. O problema é que muitas vezes as notícias podem ser falsas.

As notícias falsas são uma maneira de manipular a opinião pública a favor ou contra algo ou alguém. Para não sermos controlados, devemos tomar algumas medidas simples de segurança, como:

 

  • Analise se o site no qual foi publicada a notícia tem boa reputação, se for um site desconhecido, desconfie;
  • Confira datas e imagens da notícia, se notar algo estranho, desconfie;
  • Muitas vezes essas notícias falsas são geradas por sites de humor, como uma brincadeira, então se você ficar sabendo que determinado site é conhecido por fazer paródias, desconfie;
  • Se você receber uma notícia por whatsapp e não tiver um site indicado para consultar a sua veracidade, pesquise na internet a notícia. Se for real, outros meios noticiarão o mesmo, se for mentira, você não encontrará em outras fontes.

 

Antes de compartilhar qualquer notícia, tenha certeza de que é algo verdadeiro, contribuindo assim
para a “educação para a verdade”, como disse o Papa Francisco.

 

 

Pascom – Pastoral da Comunicação