O Mês de Junho e suas Solenidades

O mês de Junho, conforme o calendário litúrgico, é marcado por um conjunto de Solenidades que refletem uma grande importância espiritual para as nossas comunidades, estas datas se enraizaram na cultura e nas tradições populares de nosso País.

 

 

Enumeremos as solenidades deste mês: Santíssima Trindade, que cairá no 10º domingo do tempo comum; Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, popularmente conhecido enquanto Corpus Christi, no dia 11; Sagrado Coração de Jesus, no dia 19; Natividade de São João Batista, no dia 24; São Pedro e São Paulo onde se celebra o Dia do Papa e a coleta do Óbulo de S. Pedro, que cairá no 13º domingo do tempo comum.

 

Compreendendo que, juntamente com o ciclo do Outono, se deu início as políticas de isolamento social nos diversos Estados de nosso País, em prevenção à proliferação do vírus COVID-19 (Corona Vírus). Este isolamento social já se perdura há mais de dois meses e é de extrema importância ressignificarmos este período que passamos à luz da Fé, buscando compreender os sinais dos tempos e a presença do Senhor neste momento de incertezas, de crises sociais, políticas, econômicas e emocionais.

 

Diferentemente dos demais anos, não teremos neste mês tão especial os belos tradicionais tapetes espalhados do norte ao sul, expressando a religiosidade e piedade popular de nosso povo. Não teremos nossas Igrejas decoradas pelo vermelho das faixas, bandeiras e estandartes do Apostolado da Oração. Não teremos as festas juninas celebradas com comidas típicas, fogueiras e danças, tudo em honra a São João Batista, São Pedro e São Paulo.

Tudo isso irá faltar? Sim. Mas o que não pode faltar é a certeza do amor de Deus por nós e a chama da fé acesa em nosso peito, sustentada pela Palavra de Deus e pela Oração. Para isto,  não podemos esquecer do nosso compromisso pastoral e missionário que estas solenidades dão grande destaque: o de revelar a todos a Pessoa de Jesus e o projeto de seu reinado que difere da lógica opressiva dos governos deste mundo.

 

Desta forma, não percamos o ânimo e a vigilância neste tempo de isolamento. Se não podemos ter a presença de Deus pelos Dons do Pão e do Vinho abençoados, feitos Eucaristia e pela Comunidade reunida, façamos um esforço para sentir Jesus em nosso cuidado comum, tomando as medidas higiênicas adequadas, pela partilha do pouco que temos em nossa pobreza, pela meditação diária da Palavra de Deus, pelo bom convívio familiar e pela sintonia virtual que a Pastoral da Comunicação está desenvolvendo em tantas paróquias através de Cyberespaços: as salas virtuais que constantemente estamos recebendo notificações para rezarmos juntos. Mas jamais esqueçamos: nada substitui o contato humano físico, pois só em comunidade é que podemos encontrar verdadeiramente Jesus e sua Palavra de Vida Eterna. Continuemos firmes e perseverantes em nosso estado de isolamento, mas esperançosos de retornarmos para o seio de comunidades, as nossas Igrejas-Casas de Oração.

 

Fernando Benetti
Seminarista da Diocese de Guarulhos, cursando o 4 ano da Etapa da Configuração (Teologia)

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