“Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu” (Lc 1,45).

Na devoção, popular o mês de maio é dedicado a Maria, mãe de Jesus e nossa; é também o mês em que celebramos a festa da padroeira de nossa paróquia Nossa Senhora de Fátima, que acontece no dia 13 de maio.

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Maria é feliz porque acreditou na Palavra de Deus e a concretizou, aí está o seu principal mérito. Ser mãe é uma consequência de sua fé e uma forma de realização da vontade de Deus. Santo Agostinho disse que “Maria concebeu Jesus primeiramente no coração, e depois no corpo. Antes de ser a sua mãe carnal, acolheu-o pela fé”. Sem a fé, não adiantaria de nada ela ter se tornado a mãe do Senhor. Maria encarna com fé a Palavra de Deus. Guarda-a no coração. Coloca-a em prática. Como afirma o Documento de Aparecida nº 271 “Ela fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus se faz a sua palavra e sua palavra nasce da Palavra de Deus”. Maria é o exemplo perfeito de ser cristão. Na visita à Isabel, essa lhe relembra: “Você é feliz porque acreditou. Tudo o que o Senhor lhe disse acontecerá” (Lc 1,45). Maria não somente ouviu, mas escutou a palavra, acolheu-a no coração. Abriu espaço interior, deixou Deus entrar. Saiu de si e investiu sua vida num grande projeto, a que se sentiu chamada. Coloquemo-nos na escola de Maria, para sermos homens e mulheres de fé, comprometidos com a Palavra de Deus.

Maria tem um posto especial na comunhão dos santos. Como diz o Concílio Vaticano ll, ela ocupa o lugar único, mais perto de Cristo e mais perto de nós. Por isso, podemos rezar a ela, contar com a sua intercessão, pedir sua proteção e auxílio e entregar–nos em suas mãos. A graça que Maria nos dá não vem dela e ela nada segura para si. Tudo vem de Deus e para Deus volta. Qualquer oração a Maria nos coloca em sintonia com Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Mais que rezar a Maria, devemos rezar como Maria.

A devoção popular a Maria pode ser um grande meio de evangelização. O povo valoriza muito as festas de Nossa Senhora, o terço, o ofício, as romarias e peregrinações aos Santuários Marianos. E muitos dos devotos de Maria não têm um vínculo maior com a comunidade eclesial, não completou a iniciação cristã pela Crisma e pela Eucaristia. Por isso, devemos aproveitar a devoção mariana para a purificação da fé, para uma evangelização e uma catequese mais aprofundadas, que ajudem as pessoas a ser comunidade, discípulos e discípulas de Jesus Cristo.

Uma devoção mariana que não conduz a Jesus Cristo, ao discipulado missionário, e à vida em comunidade não é autêntica. A devoção mariana deve nos levar também a termos maior apreço com a Palavra de Deus, sendo ouvintes, crentes e praticantes, dessa Palavra que é verdade, vida e salvação.

Tenhamos Maria como modelo, para nos tornarmos cada vez mais nossos grupos de base, e nossas comunidades casa e escola da Palavra de Deus. E que ela, estrela da evangelização, discípula missionária do Senhor, nos ajude a evangelizar com amor, ardor, alegria e misericórdia como nos pede nosso lema de evangelização desse ano.

Iluminados pela devoção mariana, possamos também assumir ações concretas definidas em assembleias diocesana e paroquial, que visam concretizar na paróquia as cinco urgências na ação evangelizadora.

Coragem e esperança sempre.

Mãos à obra. Fé em Deus. Bíblia na mão e no coração e pé na missão.

Padre Tarcísio.

 

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