Dai graças ao Senhor porque Ele é bom (Sl 118,1).

 

Chegamos ao final de 2019, e o nosso sentimento deve ser de gratidão a Deus pelas maravilhas que Ele realizou em nós e através de nós. Mas também quero agradecer a caminhada dos agentes de pastoral que são caminheiros em nossas comunidades eclesiais e forças vivas na ação evangelizadora da Igreja. Me alegro pela dedicação e o esforço de muitos na realização das atividades pastorais em que atuam, por criarem comunhão e por serem sinal da presença misericordiosa de Deus na vida das pessoas. Como afirma nosso amado Papa Francisco, cada pessoa que nos procura, através de nossas pastorais, comunidades e demais organizações da Igreja devem encontrar um oásis de misericórdia, e eu acrescento, devem encontrar um acolhimento humano e fraterno sem preconceitos, e discriminações. Por outro lado, lamentamos atitudes de fechamento e de isolamento de muitos agentes de pastoral; com essas atitudes não criam comunhão nem identidade de membro da comunidade, discípulo de Jesus Cristo. Quantos que não participam de encontros de formação, de reuniões, de confraternizações, de celebrações, deixando por isso de dar sentido à comunhão. A perseverança no ensinamento dos apóstolos que significa comunhão, participação e fidelidade, é uma das características dos primeiros cristãos, deve ajudar na conversão daqueles que se colocam à margem da caminhada da paróquia e da diocese.

Devemos continuar trabalhando para criar a cultura da comunhão e da participação. O Papa Francisco fala sempre da cultura do encontro para criarmos fraternidade, solidariedade, mútua ajuda, diálogo. Por isso, é importante valorizarmos os momentos de formação, reunião, oração, celebração e festa para fazer acontecer a cultura do encontro. Na cultura do mundo urbano, o individualismo consumista e o anonimato são muito fortes, e levam as pessoas a pensarem apenas em si mesmas, à lógica de cada um para si e Deus para todos, por isso é importante intensificar a cultura do encontro e da proximidade, e valorizar sempre mais a vida de comunidade.

 

Agradeço a Deus pelas atividades promovidas pela paróquia que ajudam a vivenciar o encontro entre as pessoas. Destaco algumas, as reuniões dos grupos de base, as celebrações, as confraternizações, o dia das comunidades, as formações e as visitas missionárias.

 

Ao agradecer a Deus e aos agentes de pastoral pela caminhada deste ano, quero também fazer um apelo para que continuemos firmes na caminhada, enfrentando com coragem e confiança os desafios e as dificuldades da caminhada evangelizadora. Não deixemos que nos roubem a esperança! Não deixemos que nos roubem o ardor, o entusiasmo missionário! Não deixemos que nos roubem a vida de comunidade! Não deixemos que nos roubem o compromisso com a evangelização, com o projeto do Reino de Deus! Vamos juntos num grande mutirão missionário assumir as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que convida nossas comunidades a serem casas acolhedoras, sempre de portas abertas, misericordiosas, fraternas, humanas, samaritanas, e escolas de comunhão. Continuemos avançando e insistindo na caminhada dos grupos de base, das pastorais sociais, da catequese de inspiração catecumenal com crianças, jovens e adultos, nas visitas missionárias e no surgimento de novos agentes de pastoral, pois a falta deles tem gerado a perda da capacidade missionária.

 

Muito obrigado a todos e a todas pelo trabalho pastoral realizado neste ano, e que Deus os conceda a graça da perseverança na fé e na missão.

Padre Tarcísio

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