‘‘ASSEMBLEIA DAS PASTORAIS DOS GRUPOS DE BASE E COMIPA’’
Nos meses de novembro e dezembro, realizamos na paróquia assembleias de avaliação com as pastorais, com os grupos de base e o COMIPA. O CPP (Conselho Pastoral Paroquial) irá se reunir nos dias 31/01 e 01/02 para refletir e encaminhar o resultado das avaliações feitas.
Os desafios continuam e são os mesmos de sempre, o que significa que temos tido dificuldades em enfrentá-los, para superá-los. É necessário termos criatividade para enfrentar os desafios e agir com ousadia. Sem dúvida nenhuma, a falta de agentes de pastoral tem gerado perda da capacidade missionária e cansaço.
É necessário manter vivas a esperança, a comunhão, a missão e o uso dos meios de comunicação para articular e organizar melhor as pastorais nas comunidades. Todos os agentes de pastoral necessitam criar uma maior consciência que devemos sair da pastoral de conservação para uma pastoral missionária. Os grupos de base, as visitas missionárias e a catequese com inspiração catecumenal são necessários para sairmos dessa pastoral de conservação. Não podemos ser medíocres, achando que está tudo bem, que está tudo normal, quando na realidade não está. Temos percebido uma indiferença e uma apatia muito grande da parte de muitos em relação ao que é necessário ser feito nas pastorais e nas comunidades. Diante do resultado das avaliações feitas pelos agentes de pastoral, o apelo de Jesus de avançarmos para águas mais profundas, e o apelo do Documento de Aparecida para uma conversão pastoral missionária são atuais e urgentes.
A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária (Doc. de Aparecida, 370). É importante frisar que a conversão pastoral não se reduz a mudanças de estruturas e planos, mas principalmente mudança de mentalidade.
Essa mudança de mentalidade implica escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas” (Ap. 2,29) através dos sinais dos tempos em que Deus se manifesta. Não há comunidade cristã que não seja missionária. Se ela esquece a missão, deixa de ser cristã. Portanto, a vida das comunidades é missão.
O Papa Francisco, em visita ao Rio de Janeiro em julho de 2013, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude enfatizou que “não podemos ficar fechados na paróquia, em nossa comunidade, em nossa instituição paroquial ou em nossa instituição diocesana, quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho”.
Sair, enviados, não é simplesmente abrir a porta para que venham, para acolher, mas sair pela porta para buscar e encontrar. Percamos o medo e a timidez de sair. Saiamos, saiamos para levar a todos a vida de Jesus Cristo. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede (Jo 6,35).
Portanto, toda a Igreja é convidada a sair agora para o encontro com Cristo vivo e com os irmãos em um mundo que clama por melhores condições de vida. Na Alegria do Evangelho n. 20-24, o Papa Francisco lança um vigoroso chamado para que todo o povo de Deus saia para evangelizar.
Quero mencionar também as muitas reflexões e atividades que foram feitas sobre os cristãos leigos e leigas, como sujeitos eclesiais da ação evangelizadora, na sociedade e na Igreja, durante o Ano Nacional do Laicato promovido pela Igreja no Brasil, no ano passado. Os leigos e leigas são Igreja, e não apenas pertencentes à Igreja.
É necessário que nos dediquemos para que a paróquia seja mais discípula, e por isso, mais missionária. Na Igreja tudo tem um objetivo missionário. Comunidades que compõem a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, suas Vidas são Missão.
Que o mesmo Espírito que animou Jesus em sua missão, e que animou os primeiros discípulos no início da missão da Igreja anime e fortaleça a todos e a todas.
Padre Tarcísio.