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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
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vida

 

Lançado num período em que o Brasil se deparava com o agravamento da pandemia. Foi assinado em 07 de abril, do corrente ano, dia mundial da saúde. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assinou o Pacto pela Vida e pelo Brasil, impulsionada por sua fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, fonte inesgotável da luz da verdade, luz indispensável para clarear caminhos e rumos novos que a sociedade brasileira precisa com urgência para construir um novo tempo. Este pacto foi assinado também por outras entidades representativas da sociedade civil.

 

 

É urgente a formação deste Pacto pela Vida e pelo Brasil. Que ele seja abraçado por toda a sociedade brasileira em sua diversidade, sua criatividade e sua potência vital. E que ele fortaleça a nossa democracia, mantendo-nos irredutivelmente unidos. Não deixaremos que nos roubem a esperança de um futuro melhor.

 

O Papa Francisco, na audiência geral de quarta-feira, dia 02/09, nos exortou a seguirmos em frente pelo caminho da solidariedade ou as coisas irão piorar. De uma crise sai-se melhor ou pior. Temos que escolher. A solidariedade é precisamente o caminho para sairmos melhores da crise. Por isso, o Pacto pela Vida e pelo Brasil conclama os cidadãos brasileiros, homens e mulheres de boa vontade, especialmente os governantes e representantes do povo, a se unirem no exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis. O momento que estamos enfrentando clama pela união de toda a sociedade brasileira. O desafio é imenso: a humanidade está sendo colocada à prova. Avida humana está em risco.

 

Todos juntos pela Vida e pelo Brasil.

 

Padre Tarcísio.

 

A Igreja a serviço da vida

O Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus. “Eu vim para todos tenham vida” Jo 10, 10. Portanto, defender a vida até o fim, até as últimas consequências fez parte da vida, e da missão de Jesus.

 

 

A Igreja, continuadora da missão de Jesus deve também se colocar do lado da vida em todas as suas fazes e manifestações, denunciando todo tipo de abuso, e de violação à dignidade humana das pessoas. Em sua ação evangelizadora ela deve promover insistentemente a cultura da vida, da paz, e da solidariedade, se contrapondo à cultura da morte, da violência, e do descarte da vida humana. Nos, comprometendo com a cultura da vida, testemunhamos verdadeiramente nossa fé naquele que veio para que todos tenham vida, e vida abundante, feliz, e de qualidade. A causa da vida, deve ser nosso estilo de vida cristã.

 

O discípulo de Jesus não pode se calar diante de tantas ameaças à vida, e diante tantas injustiças que impedem a vida de nascer, de crescer e de desenvolver. A vida humana é ameaçada, e prejudicada, diante da destruição da natureza e do meio ambiente, da violência, do desemprego cada vez mais crescente, de um modelo econômico perverso, que coloca o lucro acima das necessidades básicas das pessoas, pois o importante é sempre o ter mais. Os Bispos reunidos na 57ª Assembleia geral da CNBB, que aconteceu de 01 -10 do mês de maio enviaram uma mensagem ao povo de Deus, onde mostraram que a Igreja deve estar ao lado dos pobres, cada vez mais pobres em um país onde o aumento das desigualdades e a concentração de renda em níveis intoleráveis é uma realidade cada vez mais evidente. No Brasil, cada dia são mais visíveis os sinais de morte que ameaçamos filhos de Deus, especialmente os mais vulneráveis o que faz necessária uma atitude clara, como aparecem na mensagem, mostrando que ninguém pode servir a dois senhores, Deus e o capital, com quem o atual governo está claramente alinhado, apoiando um liberalismo exacerbado e perverso que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da população, favorece o aumento das desigualdades, e a concentração de renda em níveis intoleráveis. Na mensagem, nossos bispos dizem que “a corrupção classificada pelo Papa Francisco como um “câncer social” profundamente radicada em inúmeras estruturas do país, é uma das causas da pobreza e da exclusão social na medida em que desvia recursos que poderiam se destinar ao investimento na educação, na saúde e na assistência social, caminho de superação da atual crise”.

 

A injustiça social assume proporções de ofensa a Deus, e de negação da ordem democrática, e desafia a nós cristãos, pois nosso país é considerado um país cristão. E como explicar tantas situações de injustiças, e de desfiguração da pessoa humana, num país em que a maioria da população se declara cristã?

 

Atualmente, defender os pobres e seus direitos, a justiça social, a igualdade, é ser taxado de comunista, de esquerdista, quando na verdade, é seguir o Evangelho de Jesus.

 

Nossos bispos dizem que “precisamos ser uma nação de irmãos e irmãs, eliminando qualquer tipo de discriminação, preconceito e ódio. Somos responsáveis uns pelos outros. O Brasil que queremos emergirá do comprometimento de todos os brasileiros com os valores que têm o Evangelho como fonte da vida, da justiça, e do amor”.

 

Como refletimos na Campanha da Fraternidade desse ano sobre políticas públicas, é de grande importância a participação dos cristãos na luta por políticas públicas de combate a miséria, e a exclusão, a participação nos vários conselhos de direitos presentes na sociedade, a participação política consciente, a atuação articulada e organizada das pastorais sociais de nossas co – munidades, em fim o engajamento em movimentos sociais e populares em favor de uma vida digna para todos. Com essa participação, e com esse engajamento podemos resgatar a dignidade da vida, dom de Deus, e devolver alegria e esperança aos pobres e marginalizados.

 

Assumamos com coragem, e profecia, a causa da vida.

 

Que Deus, Senhor da vida, abençoe a todos e a todas.

 

Padre Tarcísio.

 

No último dia 09 de abril, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu Nota Oficial “Pela vida, contra o aborto”. Os bispos reafirmam posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural” e, desse modo lembra condenam “todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”.

 

cnbb-nota

 

“O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu”, sublinham os bispos.

 

Os bispos ainda lembram que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto”.  E afirmam: “A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade”.

 

Atitudes antidemocráticas

 

Na Nota, os bispos afirmam: “Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar”.

 

A CNBB pede: “O Projeto de Lei 478/2007 – “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado”. E conclama: as “comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana”.

 

Leia a Nota na íntegra:

 

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

Presidência

NOTA DA CNBB

PELA VIDA, CONTRA O ABORTO

“Não matarás, mediante o aborto, o fruto do seu seio”

(Didaquê, século I)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através da sua Presidência, reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural . Condena, assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil.

O direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu. Na realidade, desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano. Contém em si a singularidade e o dinamismo da pessoa humana: um ser que recebe a tarefa de vir-a-ser. Ele não viria jamais a tornar-se humano, se não o fosse desde início . Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso.

A defesa incondicional da vida, fundamentada na razão e na natureza da pessoa humana, encontra o seu sentido mais profundo e a sua comprovação à luz da fé. A tradição judaico-cristã defende incondicionalmente a vida humana. A sapiência  e o arcabouço moral  do Povo Eleito, com relação à vida, encontram sua plenitude em Jesus Cristo . As primeiras comunidades cristãs e a Tradição da Igreja consolidaram esses valores . O Concílio Vaticano II assim sintetiza a postura cristã, transmitida pela Igreja, ao longo dos séculos, e proclamada ao nosso tempo: “A vida deve ser defendida com extremos cuidados, desde a concepção: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis” .

O respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto. O aborto jamais pode ser considerado um direito da mulher ou do homem, sobre a vida do nascituro. A ninguém pode ser dado o direito de eliminar outra pessoa. A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade. O Papa Francisco afirma que “as mães são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer” .

Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar.

O direito à vida é o mais fundamental dos direitos e, por isso, mais do que qualquer outro, deve ser protegido. Ele é um direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado. Os Poderes da República têm obrigação de garanti-lo e defendê-lo. O Projeto de Lei 478/2007 – “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado.

Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto” . São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto.

É um grave equívoco pretender resolver problemas, como o das precárias condições sanitárias, através da descriminalização do aborto. Urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil. Espera-se do Estado maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças. É preciso assegurar às mulheres pobres o direito de ter seus filhos. Ao invés de aborto seguro, o Sistema Público de Saúde deve garantir o direito ao parto seguro e à saúde das mães e de seus filhos.

Conclamamos nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana.

Neste Ano Mariano Nacional, confiamos a Maria, Mãe de Jesus, o povo brasileiro, pedindo as bênçãos de Deus para as nossas famílias, especialmente para as mães e os nascituros.

Brasília-DF, 11 de abril de 2017.

Cardeal Sergio da Rocha

 Arcebispo de Brasília

Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ

Arcebispo de São Salvador

Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo U. Steiner, OFM

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário-Geral da CNBB