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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
Horários de missas
Domingo: às 7:30h, 11:00h e 19:00h
Quarta-feira: às 19:30h - Sexta-feira: às 7:30h

Comunidade São Francisco - Rua Síria, 384 - Jd. São Francisco
Horários de missas
Sábado às 19:00h

Comunidade São Lucas - Rua Ana Coelho da Silveira, 266 - Jd. Ipanema
Horários das missas
Domingo às 9:15hs (Exc. Aos 2° Domingos) e às 17:30h 2° terça-feira às 19:30h

Comunidade São Paulo Apóstolo - Rua fonte boa, 173- Vl. Barros
Horários das missas
Domingo às 9:15h - 2° quinta-feira do mês às 19h30 na Igreja da comunidade - 4º quinta-feira do mês às 19h30 nos setores da comunidade



nossa senhora de fátima

A quaresma e a Campanha da Fraternidade

– A Quaresma é o tempo que nos encaminha para a Páscoa. ‘‘A Liturgia quaresmal prepara para a celebração do mistério pascal tanto dos catecúmenos, fazendo-os passar por diversos degraus da iniciação cristã, como os fiéis que recordam o próprio Batismo e fazem penitência.” É um tempo em que fazemos caminho para a Páscoa, motivados pela Palavra e unidos aos sentimentos de Jesus Cristo, cultivando a oração, o amor a Deus e a solidariedade fraterna.

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– ”Convertei-vos e crede no evangelho”! A Quaresma é um tempo forte de penitência e de mudança de vida (metanóia), que nos insere no mistério de Cristo, que se traduz na retomada do rumo de Deus, segundo a imagem da parábola do filho pródigo. Conversão que possibilita o retorno da dispersão para a nascente inesgotável da vida, que é a Pascoa de Jesus. Neste horizonte a Igreja reza: ”Daínos , no tempo aceitável, um coração penitente, que se converta e acolha o vosso amor paciente”.

– O insistente apelo à penitência e conversão não apresenta na dinâmica da ”tristeza”, mas de uma ”sóbria alegria”, alimentada pela esperança. ”Vós concedeis, Senhor, aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a festa da Páscoa”. Quaresma é tempo de conversão, por isso tempo de intensa alegria. Alegria, porque iniciamos nossa caminhada rumo a Páscoa do nosso Salvador Jesus. Se, por um lado, a recordação do sofrimento de Jesus com sua morte na cruz produz em nós uma dor, a Ressurreição nos traz a certeza da vitória e a Quaresma passa a ser um tempo de alegria, pois nos aproxima de Deus e dos nossos irmãos.

– A Quaresma, isto é, quarenta dias, é um tempo de graça e de bênção, marcado pela escuta da Palavra de Deus; de reconciliação com Deus e com os irmãos. Tempo de oração, de jejum como disponibilidade, entrega e docilidade à vontade do Pai; de partilha de bens e de gestos solidários, de atenção misericordiosa com os pobres necessitados.

– A Campanha da Fraternidade quer ajudar a construir uma cultura de fraternidade, apontando os princípios de justiça, denunciando ameaças e violações da dignidade e dos direitos, abrindo caminhos de solidariedade. A vida fraterna é a síntese do Evangelho quanto às relações humanas e testemunha a nossa dignidade como verdadeiros filhos e filhas de Deus.

– A Campanha acontece no tempo forte da Quaresma. Neste tempo litúrgico a prática da esmola, da oração, do jejum, a conversão e a Campanha da Fraternidade tornam-se oportunidades de experimentar a espiritualidade pascal capaz de gerar, ao mesmo tempo, a conversão pessoal, comunitária e social. A Campanha da Fraternidade de 2017 se apresenta como um instrumento à disposição das comunidades cristãs e de todas as pessoas de boa vontade para enfrentar, com consciência critica, o lema: ”Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15), com o tema: ”Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. Uma pessoa de fé que faz sua caminhada quaresmal rumo à Páscoa, ao tomar consciência da realidade do como são tratados os biomas brasileiros, não poderá ficar indiferente.

– A Campanha da Fraternidade é uma verdadeira iniciação à fé e à sua prática. A conversão quaresmal é, ao mesmo tempo, um voltar-se para Deus, para o próximo e para a vida da criação que nos cerca. O enfoque da Iniciação a Vida Cristã da Quaresma próprio do ciclo do Ano A, ressalta que a conversão e a adesão à vida de fé em Jesus Cristo implicam uma nova postura diante da realidade em que se encontra a vida nos diversos biomas brasileiros. Como é que alguém poderá celebrar a Páscoa ou os sacramentos que o inserem no mistério de Cristo alheio à vida da criação na qual está mergulhado e que o sustenta?

Saiba mais sobre a Campanha da Fraternidade 2017 lendo nosso boletim informativo.

Neste mês quero refletir com vocês sobre a Quinta Urgência na Ação Evangelizadora, Igreja a serviço da vida plena para todos.

O Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus. “Eu vim para que todos tenham vida” Jo 10, 10. Portanto, defender a vida até o fim, até as últimas consequências fez parte da vida e da missão de Jesus.

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A Igreja, continuadora da missão de Jesus, deve também se colocar do lado da vida em todas as suas fases e manifestações , denunciando todo tipo de abuso e de violação à dignidade humana das pessoas. Em sua ação evangelizadora, ela deve promover insistentemente a cultura da vida, da paz e da solidariedade, contrapondo- se à cultura da morte, da violência e do descarte da vida humana. Comprometendo-nos com a cultura da vida, testemunhamos verdadeiramente nossa fé naquele que veio para que todos tenham vida, e vida abundante, feliz e de qualidade.

O discípulo de Jesus não pode se calar diante de tantas ameaças à vida e tantas injustiças que impedem a vida de nascer, crescer e se desenvolver. A vida humana é ameaçada e prejudicada, diante da destruição da natureza e do meio ambiente, da violência, do desemprego cada vez mais crescente, de um modelo econômico perverso, que coloca o lucro acima das necessidades básicas das pessoas, pois o importante é sempre o ter mais. Não posso deixar de mencionar aqui a corrupção como uma praga e um mal de nossa época, e uma das maiores violências contra a vida, pois o dinheiro roubado dos cofres públicos impede investimentos na saúde, na educação, em saneamento básico, em políticas públicas de geração de renda e de combate à miséria. Segundo estudo do Banco Mundial, o Brasil terá ao menos entre 2,5 e 3,6 milhões de novos pobres até o fim do ano. O Brasil é considerado um dos países mais desiguais do mundo, com péssima distribuição de renda, o que faz aumentar a miséria e a pobreza.

A injustiça social assume proporções de ofensa a Deus e de negação da ordem democrática, e desafia a nós cristãos, pois nosso país é considerado um país cristão. E como explicar tantas situações de injustiças e de desfiguração da pessoa humana, num país em que a maioria da população se declara cristã?

Ficar surdo e indiferente diante de tantos clamores por mais vida e mais justiça, quando somos instrumentos de Deus para ouvir o clamor de quem tem a dignidade humana violada e negada, colocamos fora da vontade de Deus e de seu projeto.

O resgate da dignidade humana dos pobres não pode limitar-se à assistência emergencial, mas exige a transformação da sociedade, da economia, numa ordem voltada para o bem comum.

É de grande importância a participação dos cristãos na luta por políticas públicas de combate à miséria e à exclusão, a participação nos vários conselhos de direitos presentes na sociedade, a participação política consciente, a atuação articulada e organizada das pastorais sociais de nossas comunidades, enfim o engajamento em movimentos sociais e populares em favor de uma vida digna para todos. Com essa participação e com esse engajamento podemos resgatar a dignidade da vida, dom de Deus, e devolver alegria e esperança aos pobres e marginalizados.

Mãos à obra! Coragem!

Vamos evangelizar com amor, ardor, alegria e misericórdia, inspirados por Maria, a primeira e grande discípula missionária de Jesus Cristo.

Deus abençoe a todos e a todas.

Padre Tarcísio.

Tema: “Não tenhas medo, que Eu estou contigo” (Is 43, 5).

“Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo”

Graças ao progresso tecnológico, o acesso aos meios de comunicação possibilita a muitas pessoas ter conhecimento quase instantâneo das notícias e divulgá-las de forma capilar. Estas notícias podem ser boas ou más, verdadeiras ou falsas. Já os nossos antigos pais na fé comparavam a mente humana à mó da azenha que, movida pela água, não se pode parar. Mas o moleiro encarregado da azenha tem possibilidades de decidir se quer moer, nela, trigo ou joio. A mente do homem está sempre em ação e não pode parar de “moer” o que recebe, mas cabe a nós decidir o material que lhe fornecemos (cf. Cassiano o Romano, Carta a Leôncio Igumeno).

Gostaria que esta mensagem pudesse chegar como um encorajamento a todos aqueles que diariamente, seja no âmbito profissional seja nas relações pessoais, “moem” tantas informações para oferecer um pão fragrante e bom a quantos se alimentam dos frutos da sua comunicação. A todos quero exortar a uma comunicação construtiva, que, rejeitando os preconceitos contra o outro, promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade.

Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas “notícias más” (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falimento nas vicissitudes humanas). Não se trata, naturalmente, de promover desinformação onde seja ignorado o drama do sofrimento, nem de cair num otimismo ingénuo que não se deixe tocar pelo escândalo do mal. Antes, pelo contrário, queria que todos procurássemos ultrapassar aquele sentimento de mau-humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal. Aliás, num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e por conseguinte não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero.

Gostaria, portanto, de dar a minha contribuição para a busca dum estilo comunicador aberto e criativo, que não se prontifique a conceder papel de protagonista ao mal, mas procure evidenciar as possíveis soluções, inspirando uma abordagem propositiva e responsável nas pessoas a quem se comunica a notícia. A todos queria convidar a oferecer aos homens e mulheres do nosso tempo relatos permeados pela lógica da “boa notícia”.

A boa notícia

A vida do homem não se reduz a uma crônica asséptica de eventos, mas é história, e uma história à espera de ser contada através da escolha duma chave interpretativa capaz de selecionar e reunir os dados mais importantes. Em si mesma, a realidade não tem um significado unívoco. Tudo depende do olhar com que a enxergamos, dos “óculos” que decidimos pôr para a ver: mudando as lentes, também a realidade aparece diversa. Então, qual poderia ser o ponto de partida bom para ler a realidade com os “óculos” certos?

Para nós, cristãos, os óculos adequados para decifrar a realidade só podem ser os da boa notícia: partir da Boa Notícia por excelência, ou seja, o “Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1, 1). É com estas palavras que o evangelista Marcos começa a sua narração: com o anúncio da “boa notícia”, que tem a ver com Jesus; mas, mais do que uma informação sobre Jesus, a boa notícia é o próprio Jesus. Com efeito, ao ler as páginas do Evangelho, descobre-se que o título da obra corresponde ao seu conteúdo e, principalmente, que este conteúdo é a própria pessoa de Jesus.

Esta boa notícia, que é o próprio Jesus, não se diz boa porque nela não se encontra sofrimento, mas porque o próprio sofrimento é vivido num quadro mais amplo, como parte integrante do seu amor ao Pai e à humanidade. Em Cristo, Deus fez-Se solidário com toda a situação humana, revelando-nos que não estamos sozinhos, porque temos um Pai que nunca pode esquecer os seus filhos. “Não tenhas medo, que Eu estou contigo»” (Is 43, 5): é a palavra consoladora de um Deus desde sempre envolvido na história do seu povo. No seu Filho amado, esta promessa de Deus – “Eu estou contigo” – assume toda a nossa fraqueza, chegando ao ponto de sofrer a nossa morte. N’Ele, as próprias trevas e a morte tornam-se lugar de comunhão com a Luz e a Vida. Nasce, assim, uma esperança acessível a todos, precisamente no lugar onde a vida conhece a amargura do falimento. Trata-se duma esperança que não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações (cf. Rm 5, 5) e faz germinar a vida nova, como a planta cresce da semente caída na terra. Visto sob esta luz, qualquer novo drama que aconteça na história do mundo torna-se cenário possível também duma boa notícia, uma vez que o amor consegue sempre encontrar o caminho da proximidade e suscitar corações capazes de se comover, rostos capazes de não se abater, mãos prontas a construir.

A confiança na semente do Reino

Para introduzir os seus discípulos e as multidões nesta mentalidade evangélica e entregar-lhes os “óculos” adequados para se aproximar da lógica do amor que morre e ressuscita, Jesus recorria às parábolas, nas quais muitas vezes se compara o Reino de Deus com a semente, cuja força vital irrompe precisamente quando morre na terra (cf. Mc 4, 1-34). O recurso a imagens e metáforas para comunicar a força humilde do Reino não é um modo de reduzir a sua importância e urgência, mas a forma misericordiosa que deixa, ao ouvinte, o “espaço” de liberdade para a acolher e aplicar também a si mesmo. Além disso, é o caminho privilegiado para expressar a dignidade imensa do mistério pascal, deixando que sejam as imagens – mais do que os conceitos – a comunicar a beleza paradoxal da vida nova em Cristo, onde as hostilidades e a cruz não anulam, mas realizam a salvação de Deus, onde a fraqueza é mais forte do que qualquer poder humano, onde o falimento pode ser o prelúdio da maior realização de tudo no amor. Na verdade, é precisamente assim que amadurece e se entranha a esperança do Reino de Deus, ou seja, “como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce” (Mc 4, 26-27).

O Reino de Deus já está no meio de nós, como uma semente escondida a um olhar superficial e cujo crescimento acontece no silêncio. Mas quem tem olhos, tornados limpos pelo Espírito Santo, consegue vê-lo germinar e não se deixa roubar a alegria do Reino por causa do joio sempre presente.

Os horizontes do Espírito

A esperança fundada na boa notícia que é Jesus faz-nos erguer os olhos e impele-nos a contemplá-Lo no quadro litúrgico da Festa da Ascensão. Aparentemente o Senhor afasta-Se de nós, quando na realidade são os horizontes da esperança que se alargam. Pois em Cristo, que eleva a nossa humanidade até ao Céu, cada homem e cada mulher consegue ter “plena liberdade para a entrada no santuário por meio do sangue de Jesus. Ele abriu para nós um caminho novo e vivo através do véu, isto é, da sua humanidade” (Heb 10, 19-20). Através “da força do Espírito Santo”, podemos ser “testemunhas” e comunicadores duma humanidade nova, redimida, “até aos confins da terra” (cf. At 1, 7-8).

A confiança na semente do Reino de Deus e na lógica da Páscoa não pode deixar de moldar também o nosso modo de comunicar. Tal confiança que nos torna capazes de atuar – nas mais variadas formas em que acontece hoje a comunicação – com a persuasão de que é possível enxergar e iluminar a boa notícia presente na realidade de cada história e no rosto de cada pessoa.

Quem, com fé, se deixa guiar pelo Espírito Santo, torna-se capaz de discernir em cada evento o que acontece entre Deus e a humanidade, reconhecendo como Ele mesmo, no cenário dramático deste mundo, esteja compondo a trama duma história de salvação. O fio, com que se tece esta história sagrada, é a esperança, e o seu tecedor só pode ser o Espírito Consolador. A esperança é a mais humilde das virtudes, porque permanece escondida nas pregas da vida, mas é semelhante ao fermento que faz levedar toda a massa. Alimentamo-la lendo sem cessar a Boa Notícia, aquele Evangelho que foi “reimpresso” em tantas edições nas vidas dos Santos, homens e mulheres que se tornaram ícones do amor de Deus. Também hoje é o Espírito que semeia em nós o desejo do Reino, através de muitos “canais” vivos, através das pessoas que se deixam conduzir pela Boa Notícia no meio do drama da história, tornando-se como que faróis na escuridão deste mundo, que iluminam a rota e abrem novas sendas de confiança e esperança.

Vaticano, 24 de janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano de 2017.

Neste mês de janeiro, avançamos mais um pouco em nossa construção, onde já foram feitas as paredes e pilares do pavimento inferior, estacionamento e salas. Foram também preparados todos os alicerces dos muros de divisa, tratadas todas as paredes, ou seja, impermeabilizadas junto ás encostas dos barrancos para que fossem reenterrados.

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Nosso próximo passo, agora são os preparativos para a montagem da laje, com todas as escoras e formas de vigas, segundo o sr. Erinaldo, nosso mestre de obras.

No dia 25 de janeiro, a igreja no mundo inteiro, celebra a festa da conversão de São Paulo Apóstolo, padroeiro da nossa comunidade. É interessante fazermos uma ligação desta festa, com o relato do nosso mestre de obras, no qual, afirma, que foram feitos os pilares inferiores da igreja. Pois bem, o apóstolo Paulo, é considerado, uma das colunas da igreja, pois, a partir da sua conversão, ele saiu por vários lugares do mundo, exercendo sua vocação missionária, ou seja, encarnou na vida dele, o mandato missionário de Jesus: Ide pelo mundo, pregai o evangelho à toda criatura!

Paulo, foi fundando comunidades por onde passava, sempre revestido de grande entusiasmo e ardor missionário, “já não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim!”(Gl 2,20); contagiava as pessoas, que aderiam aos seus ensinamentos, propagavam o evangelho, perseveravam nos trabalhos comunitários.

Na sociedade da época de Paulo, não havia: jornal, nem televisão, nem telefone, muito menos computador, email, whatsapp, etc… Os únicos meios de comunicação, eram os contatos pessoais e as cartas, quando os problemas surgiam, as necessidades as dúvidas e os conflitos, eles escreviam, e Paulo, com sua grande capacidade literária, exortava, encorajava, animava, corrigia, alertava, pedia orações: “rezem também por mim, que eu possa anunciar o evangelho com ousadia, como é meu dever!” (Ef 6,19); e evangelizava. Tudo isto, foram os preparativos, as vigas, as escoras e os alicerces da igreja viva que continua a missão de Jesus, motivada pela conversão de Paulo, que, sem medo afirmava: “ai de mim, se eu não pregar o evangelho” (1cor 9,16).

Que sejam também, estes os preparativos da nossa comunidade, que, celebrando a conversão de Paulo, possa celebrar também, a conversão de cada um de nós, a fim de que tenhamos a mesma ousadia, entusiasmo e ardor missionário na evangelização, revelando em nosso bairro, a vida do nosso padroeiro!

 

Viva viva viva, viva São Paulo Apóstolo!!!

Lucy – Paróquia Nossa Sra. de Fátima

Quantos votos de feliz ano novo foram dados e desejados. Quantas pessoas disseram ano novo, vida nova. O ano feliz depende menos de simpatias, calendários e cronologias, minutos, horas, dias, semanas e meses. Depende menos de ciclos da natureza, dia, noite, sol, chuva, lua e calor. Depende menos até de Deus. Mas depende, sobretudo de nós seres humanos, de nossas ações e atitudes, posturas e composturas, e de nossos hábitos sociais, políticos, econômicos e culturais. Os desejos são muitos, desde a superação dos problemas políticos, sociais e econômicos do país, até a inclusão na vida digna de tantas pessoas que vivem na não cidadania! Mais, quantas pessoas ainda vivem na não cidadania, espiritual e de amor familiar, fraterno e de autoestima. Para superarmos tantos problemas precisamos nos unir no diálogo, na mutua colaboração e no altruísmo, para tratarmos de como melhorar nosso convívio social, familiar, comunitário e social. É necessário derrubarmos os muros que nos dividem e construirmos pontes que nos unem e nos aproximam.

Precisamos desenvolver também a cultura do encontro e da proximidade para criarmos mais fraternidade e solidariedade. A superação do egoísmo leva a nos interessarmos mais pelo bem comum, disponibilizando-nos para assumirmos trabalhos conjuntos pelo bem dos que sofrem sem terem apoio da sociedade. Nessa direção, é necessário acompanharmos os políticos e exigirmos que façam políticas públicas de superação das injustiças em relação aos mais necessitados.

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Para isso, podemos usar as redes sociais, realizar encontros com eles, audiências públicas, fóruns e tantas outras iniciativas possíveis. Como cristãos e membros de comunidades eclesiais temos muito a caminhar na direção de fazer a fé ser transformadora, superando o intimismo e o individualismo religioso. Não podemos esquecer que a fé carrega em si mesma a dimensão social, a promoção humana. O Papa Francisco insiste que devemos ser uma Igreja em saída, fomentando o espírito missionário, superando uma pastoral de manutenção ou eminentemente sacramentalista. O Documento de Aparecida fala de uma pastoral decididamente missionária. Para isso, é necessária uma conversão pessoal e uma mudança de mentalidade.

Não podemos ficar tranquilos em nossos templos em espera passiva. Quem experimentou verdadeiramente o amor de Deus que salva e que liberta deve sair em missão. O Papa Francisco no documento A Alegria do Evangelho, número 27, afirma: “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação”. Queremos é claro, as bênçãos divinas para todos neste novo ano, como diz a Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz”. Mas que a contrapartida também aconteça com todos através do compromisso de usar os dons de Deus para o serviço do bem comum, com pessoas envolvidas na promoção do bem comum.

Assim nos unimos para superar os males familiares, eclesiais e sociais. Não podemos só querer que os outros façam muito para o bem social. Precisamos ser os primeiros a fazer o possível de nossa parte para não deixarmos o mal invadir e vencer. Vençamos o mal com a força do bem. Por isso, o mãos à obra de nossa parte nos fará unir-nos em coisas comuns para mudar o Brasil, mudando a nós mesmos. Saiamos da inércia, do comodismo, da preguiça e da anestesia espiritual, para darmos vida e esperança para quem delas precisam.

 

 

Coragem! Fé em Deus, Bíblia na mão e no coração, e pé na missão.

Padre Tarcísio.

“O povo que andava nas trevas viu brilhar uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu” (is 9,1).

Alegria, felicidade, regozijo tomam conta de todos, porque Deus faz nascer nova esperança para o povo oprimido e marginalizado. Deus quer o melhor para nós e nos dá o que ele tem de melhor. Ele nos dá seu filho Jesus. “o anjo então lhes disse: não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria que será para todo o povo: hoje nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,10-11).

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Nesta criança frágil está o amor infinito de Deus por nós, e sua solidariedade para a com a humanidade. Esta criança nos convida a sermos luz em meio a tantas situações de trevas presentes em nosso meio, sermos colaboradores de situações onde reine o perdão, o amor, a tolerância, o diálogo, a justiça, a honestidade e solidariedade entre nós.

Sejamos discípulos missionários de Jesus. Sejamos uma boa notícia para os outros. Contagiemos a todos com a alegria do evangelho que enche o coração e a vida inteira de quem o recebe e o acolhe.

Desejo de coração a todos e a todas, que caminham nas comunidades que compõem a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, um feliz natal com Cristo e em Cristo!

Padre Tarcísio.

Quero refletir com vocês neste mês de dezembro sobre a identificação do discípulo missionário, que somos todos nós batizados, com Jesus Cristo. Como discípulos e missionários devemos ser parecidos como Mestre Jesus.

A admiração pela pessoa de Jesus Cristo, seu chamado e seu olhar de amor, despertam uma resposta consciente e livre, desde o mais íntimo do coração do discípulo à adesão a toda sua pessoa, ao saber que Cristo o chama pelo nome. É um sim que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus: Caminho, Verdade e Vida.

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Para ficar verdadeiramente parecido com o Mestre é necessário assumir a centralidade do mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15,12). Este amor com a medida de Jesus, com dom total de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio: “Todos reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35).

Identificar- se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver aí estará o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive a Cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a  si mesmo carregue a sua Cruz e me siga” (Mc 8,34).

Quando se fala em ser parecido com o Mestre, não é no aspecto físico, e sim nas suas palavras, ações e nos seus gestos, assumindo o seu amor preferencial pelos deserdados da sociedade, os considerados impuros e excluídos, e todas as vítimas de preconceitos e de discriminações. A identificação com Jesus exige de nós, seus discípulos, a atitude de bom samaritano: socorrer, ser solidário com aqueles que estão caídos à beira do caminho, com aqueles que ele mais se identifica. “O que vocês fizerem a um dos menores de meus irmãos é a mim que vocês estarão fazendo” (Mt 25,40). Por isso Jesus diz a todos nós hoje: “Vai e faze tu o mesmo” (Lc 10,37).

Para nos assemelharmos a Jesus precisamos nos colocar na escuta orante de sua palavra, receber o seu perdão no Sacramento da Reconciliação, e sua vida no Sacramento da Eucaristia.

Que sejamos cada vez mais discípulos missionários, identificados com Jesus Cristo. Que, parecidos com Ele, possamos tornar este mundo mais justo, mais humano, e mais inclusivo.

Mãos à obra! Coragem! Fé em Deus! Bíblia na mão e no coração, e pé na missão.
Que o Deus da ternura e da bondade abençoe a todos e a todas. Amém.

Padre Tarcísio

“TEMOS QUE OUVIR AS CRIANÇAS E OLHAR COM O AMOR DE DEUS!”

Dona Matilde dedicou a sua vida e doou seu amor às crianças carentes, mães gestantes, mães que sofriam com a falta de alimento, sem roupas, sem moradia, sem luz, sem água, sem qualidade de vida, abandonadas e até sem amor próprio.

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Foi assim que por onde ela passou deixou um rastro de amor e esperança de uma vida melhor, mesmo que tenha sido com tão pouco para ajudar, mas de um coração enorme, estufado, inflado de ternura e dedicação que cabia todo mundo, e fazia a vida deles um pouco menos sofrida.

Tantas vezes ajudava sem poder, sem ter, mas sabia que aquela pessoa precisava mais do que ela mesma, por isso dividia o que tinha. Todos sabiam que podiam contar com ela, até somente para sentar, conversar e desabafar.

Existem muitas pessoas assim aqui na terra, muitas que se doam de corpo e alma. A Dona Matilde foi uma delas!

Feliz de quem aprendeu com ela e hoje também faz por amor.

Feliz da família que viveu com ela e hoje tem boas lembranças.

Que DEUS esteja sempre presente na vida de quem luta para uma vida melhor com as crianças. Parabéns líderes de ontem, hoje e sempre da nossa Paróquia Nossa Senhora de Fátima pela missão e perseverança.

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Por Teresa Ribeiro

O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do amor.

Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.

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O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.

Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.

Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.

A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria, e, generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.

Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, de justiça e de amor.

A estrela–guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor.

Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos. A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.

O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.

O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos.

Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.

A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado.

Você é a noite de Natal quando consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio recebe o Salvador do Mundo.

Um Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal.

Papa Francisco.

A oração pelos mortos é necessária e está fundamentada na Sagrada Escritura. Sabemos que a morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida. Um dia, todo nosso ser, até o nosso corpo, há de ressuscitar. Quem crê e vive com Cristo, ressuscitará para a vida, a felicidade, o amor eterno do céu, com Deus e com todos os santos. Mas também Jesus advertiu: quem nesta vida não quer seguir a Deus, o amor, a justiça, a verdade, quem explora os outros, quem se fecha no egoísmo e no pecado… ficará eternamente sem Deus e sem amor, a isso eu chamo de inferno. Cristo e seu Evangelho serão o nosso juiz.

dia-de-finados-2016

É certo rezar pelos mortos. O livro dos Macabeus ordena a oração pelos mortos, dizendo: “É um santo e salutar pensamento este de orar pelos mortos” (Cf 2Mc 12,42- 45). Judas Macabeu, acreditando no perdão de Deus e na ressurreição, quis que se rezasse pela salvação daqueles que morreram. Há pessoas não Católicas que infelizmente, por ignorância, não aceitam o Segundo Livro dos Macabeus como parte integrante da Bíblia. Mas mesmo essas pessoas não podem negar que os hebreus daquele tempo, séc. II antes de Cristo, tinham firme convicção de que era boa coisa rezar pelos falecidos. A mesma convicção esteve entre os primeiros cristãos e permanece, entre nós até hoje. Isso nos mostra que podemos e devemos oferecer  missas e orar por aqueles que já se foram.  Vejam bem, nós não entramos em contato com os mortos, pedimos a Jesus por eles.

As inscrições nas catacumbas, cemitérios cristãos dos primeiros séculos, incluem votos para que os defuntos encontrem repouso e “refrigério” (= consolação). Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu preces em seu favor, principalmente missas, recomendando, também, esmolas, indulgências e obras de penitência em favor deles. Honramos a memória dos defuntos e condenamos a necromancia (invocação, consulta aos mortos), que é proibida claramente, pela Palavra de Deus (Cf Dt 18,9-14). É esse um dos modos de viver o belo dogma da “Comunhão dos Santos”, verdade de fé que a gente lembra todas as vezes que reza a Profissão de Fé, o Credo.

O nome “Comunhão” lembra “comum união, união de todos”. Por essa comum união, há um intercâmbio de preces, sufrágios e dons entre os que militam na terra, Igreja Militante, os que aguardam juízo e estão sendo purificados, Igreja Padecente, e os que já foram admitidos na glória celeste, Igreja Triunfante. Neste admirável intercâmbio, cada um se beneficia da santidade dos outros, bem para além do prejuízo que o pecado de um possa ter causado aos outros. Assim, o recurso à Comunhão dos Santos permite ao pecador ser purificado mais cedo e mais eficazmente das penas do pecado.

Reza-se nas ocasiões de exéquias (honras fúnebres), de enterro, sétimo dia, agradecendo a Deus pela vida da pessoa falecida cuja fé, oração, trabalho e dedicação, educação religiosa deixaram em nós as marcas de um verdadeiro testemunho Cristão. Reza-se, também, pedindo a Deus que a pessoa falecida, tendo perdoadas as suas culpas entre, o mais brevemente possível, ainda que passando pela purificação do purgatório, na posse do Reino dos Céus.

Oh, minha filha, pode e deve continuar a rezar pelos mortos. Isso vai fazer bem para você e sobretudo, para eles.

Paroquia N. Sra. Do Carmo
Monte Belo – MG