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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
Horários de missas
Domingo: às 7:30h, 11:00h e 19:00h
Quarta-feira: às 19:30h - Sexta-feira: às 7:30h

Comunidade São Francisco - Rua Síria, 384 - Jd. São Francisco
Horários de missas
Sábado às 19:00h

Comunidade São Lucas - Rua Ana Coelho da Silveira, 266 - Jd. Ipanema
Horários das missas
Domingo às 9:15hs (Exc. Aos 2° Domingos) e às 17:30h 2° terça-feira às 19:30h

Comunidade São Paulo Apóstolo - Rua fonte boa, 173- Vl. Barros
Horários das missas
Domingo às 9:15h - 2° quinta-feira do mês às 19h30 na Igreja da comunidade - 4º quinta-feira do mês às 19h30 nos setores da comunidade



mês

 

Bíblia, palavra do Deus da vida, para a vida do povo de Deus.

 

A Igreja Católica no Brasil dedica o mês de setembro à Bíblia, palavra do Deus da vida, para a vida do povo de Deus. Um mês para a Bíblia significa uma maior conscientização da importância da Palavra de Deus para nós. Como afirma o Apóstolo Paulo: “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2 Tm 3,16-17).

 

Na palavra de Deus encontramos o alimento da fé e a força para o testemunho cristão no mundo, na família e na igreja. O mês da Bíblia é para aumentar nossa confiança na palavra de Deus e nosso compromisso de não sermos apenas ouvintes, mas crentes e praticantes; é sábio aquele que acredita e vive de acordo com a palavra, que deve estar na nossa mente, na nossa boca e no nosso coração. Ela não é um livro a mais em nossa estante, mas o livro dos livros. Deve ser valorizada e nela devemos buscar respostas para os dramas da nossa vida. Jesus venceu todas as tentações pela força da palavra de Deus. Nela encontramos luzes e indicações para dizermos “sim” ao projeto de Deus, e “não” ao projeto das forças do mal.

 

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil de 2003-2006 nos dizem: “A escuta e a acolhida da Palavra desde que traduzidas coerentemente em atos são fundamentos da vida e da missão da Igreja”. As Diretrizes dizem também que deve ser incentivada a prática da leitura pessoal e orante da Bíblia, especialmente a prática dos círculos bíblicos ou grupos de base, como nós chamamos em nossa paróquia. Nesses grupos, a palavra de Deus deve ser proclamada e refletida a partir da realidade de vida em que vivemos e com o decorrente compromisso cristão.

 

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023 apresentam a Palavra de Deus como um dos pilares da comunidade. “Não basta ler ou estudar a Sagrada Escritura, pois a inteligência das Escrituras exige ainda mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a oração”. As atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora destacam que é indispensável uma leitura orante comunitária, que evite o risco de uma abordagem individualista, tendo presente que a Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão e vida eclesial. Neste tempo de pandemia, em que as famílias estão em isolamento social, elas são convidadas e motivadas a fazerem a leitura orante seguindo o Evangelho do dia, ou o Evangelho do domingo.

 

Que nossas comunidades, famílias, pastorais e grupos saibam valorizar cada vez mais a palavra de Deus e confiar em sua força. Nossas comunidades devem ser verdadeiras sementeiras e casas da palavra de Deus, que precisa cair em terra boa, ou seja, ela deve ser acolhida no coração de cada um de nós. Coração aqui quer dizer: a nossa vida, toda a nossa existência.

 

Para despertar as pessoas à vida cristã, no seguimento de Jesus, e à vida comunitária é urgente aproximá-las da Palavra de Deus, pela prática da leitura orante. São Paulo afirma que a fé vem pela pregação da Palavra de Deus, cf Rm 10,17.

 

Neste ano de 2020, durante o mês da Bíblia que acontece em setembro, iremos estudar o livro do Deuteronômio, que faz parte do Pentateuco, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11). Este lema faz eco e está em consonância com o lema da Campanha da Fraternidade deste ano, que é: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33). Devido à pandemia, não teremos a Escola da Palavra presencial, como acontece todos os anos; ela acontecerá de forma virtual, através de lives, todas as quartas-feiras, às 20h00. Convido e incentivo a todos e a toda s a acompanharem pelo Facebook CNLB Diocese de Guarulhos.

 

Valorizemos cada vez mais a palavra de Deus; como nos sugere o Papa Francisco, acolhamos o tesouro sublime da Palavra revelada. Como também afirmava Santo Ambrósio, quando tomamos nas mãos, com fé, as Sagradas Escrituras e as lemos com a Igreja, a pessoa humana volta a passear com Deus no paraíso. Deus abençoe a todos e a todas.

 

Padre Tarcísio.

 

 

Queridos amigos e amigas da paróquia Nossa Senhora de Fátima, da Vila Fátima, graça e Paz a vocês neste mês tão especial em que celebramos e nos conscientizamos acerca das vocações no seio da Igreja. Lhes escrevo, nesta edição de nosso jornal Boa Notícia, para partilhar um pouco do processo vocacional de um Padre diocesano e também de minha caminhada dentro deste processo.

 

Meu nome é Fernando Benetti e eu sou um filho desta paróquia. Estou no seminário diocesano de Guarulhos há sete anos já, curso hoje o quarto ano de teologia, etapa da configuração. Quando criança, junto de minha mãe e da saudosa Maria Valiatti, minha querida avó de coração que era agente da pastoral saúde na comunidade São Francisco, participávamos do grupo de base da rua em que morávamos, coordenado pela também saudosa e querida dona Sofia. Foi lá o primeiro contato eclesial que realmente me cativou; não foi numa Igreja de pedras, cheia de beleza e esplendor, mas numa comunidade viva de fiéis, testemunhas do ressuscitado.

 

Antes de ingressarmos no seminário, fazemos um acompanhamento vocacional que naturalmente dura em torno de dois anos. A Formação dos presbíteros é dividida em quatro etapas: Ano propedêutico, que corresponde ao ano de iniciação; etapa do discipulado, que corresponde ao período dos estudos filosóficos; etapa da configuração, correspondente ao período dos estudos teológicos; ano pastoral, que pode ser entendido como um período de residência do formando em uma paróquia, diariamente, para um contato mais efetivo com a estrutura paroquial. Todo este período dura em torno de oito anos e meio.

 

Durante todo este período vivemos um processo formativo multidimensional e bastante rígido. Somos acompanhados nas dimensões humano afetivo, pastoral – missionário, espiritual e comunitária. Por isso que, além da formação acadêmica recebemos, também, a formação interna que complementa os fins de todo o processo. Nossa rotina inicia-se todos os dias pelas 4h30, onde nos preparamos para a primeira oração da manhã, às 05h10, tomamos café e partimos para a faculdade. Retornamos às 13h30 para o almoço e para as atividades formativas da tarde. Fazemos juntos a oração da Tarde, às 18h e sequencialmente jantamos. Completamos nosso dia às 21h30 com a oração da noite. A partir deste momento que vamos revisar os estudos da faculdade, elaborar trabalhos, organizar nossas atividades pastorais e manter os laços externos pelas redes sociais.

 

Ser um vocacionado, acima de tudo, é ser uma pessoa aberta e atenta às necessidades da comunidade eclesial- a Igreja, e a comunidade social- o meio em que se vive. Que Deus não permita que faltem operários para a sua messe e que Maria, Mãe e Senhora das Vocações acompanhe a todos os vocacionados, nesta caminhada batismal, rumo à realidade definitiva, onde todos serão UM em Deus.

 

Fernando Benetti

 

 

“Fala, Senhor, que o teu servo escuta” (1 Sam 3,9)

 

Mês vocacional!

 

Assumido em âmbito nacional, em 1981, por dioceses e regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o mês vocacional, celebrado em agosto, tem o intuito de ser um tempo especial de reflexão e oração pelas vocações e ministérios. Este ano, em específico a inspiração principal do mês vocacional está em sintonia com a Exortação Pós-Sinodal do Papa Francisco, a Christus Vivit, apresentada aos jovens e que traz orientações pastorais para toda a Igreja. O tema do mês vocacional deste ano é: “Amados e Chamados por Deus”, e o lema é: “És precioso aos meus olhos. Eu te amo” (Is 43,1-5).

Vocação: chamado de Deus, para servir, na realização de seu projeto de vida, de amor, e de salvação. A vocação é um chamado especial, único para cada um de nós. Vocação sempre indica um chamado e quem chama espera uma resposta da pessoa a quem chama. E quem nos chama? Deus. Este nos chama por primeiro à vida. Neste sentido, podemos falar de vocação humana, ou seja, quando passamos a existir e viver como gente, participar da obra do criador, ser imagem e semelhança de Deus; ter inteligência e liberdade, ter espírito e ser capaz de amar. Em seguida, nos chama a sermos cristãos autênticos, o que nos remete à vocação cristã: ser irmão (ã) e discípulo de Jesus, morada do Espírito Santo, filho (a) de Deus, membro da Igreja servidora da humanidade e, assim tornar-se santo (a). Por fim, nos chama para uma vocação específica. Qualquer que seja a nossa vocação, leiga, religiosa, ou sacerdotal, devemos nos sentir chamados por Deus e motivados a ir ao encontro do outro, independente de quem quer que seja.

Toda pessoa é chamada a ir além de si mesma, pois todo ser humano traz na sua essência a vocação de viver, conviver, servir, crescer integralmente e alcançar sua perfeição de criatura humana, amada e querida por Deus. Ou seja, você é alguém chamado (a) a dar uma resposta. Existem algumas características necessárias para acolher o chamado de Deus: Ver como Deus vê, ter o olhar de Deus! Perceber a realidade, a vida, os sofrimentos, as dificuldades, os clamores. Deus nos chama a partir dos fatos e dos acontecimentos da vida. Escutar o que Deus tem a dizer, hoje, através de tantas injustiças, violências,  banalização da vida humana, da cultura do descarte, da exclusão social, e dos clamores de tantos sofredores na sociedade. É necessário sentir como Deus sente, e ser sensível ao chamado abrindo-se à solidariedade.

 

A resposta de cada pessoa depende muito de sua capacidade de sentir os apelos de Deus, presentes nos passos e acontecimentos da vida, especialmente nas dificuldades e situações conflitantes das comunidades. Ou seja, é necessário caminhar ao encontro da realidade; assumir uma missão que contribua para a realização do projeto de Deus do seu Reino. Isso tudo significa que Deus tem um projeto de amor para nós seus filhos e filhas, pois Ele nos quer felizes, e nos criou por amor e para o amor. Por isso, quis precisar de nós para dar continuidade ao seu projeto de amor. Para tanto, você pode ser chamado (a) para participar da obra de Deus, como membro da Igreja, seguindo caminhos diferentes: como leigo, e leiga no matrimônio, como missionário, ou exercendo ministérios na comunidade, testemunhando o Evangelho de Jesus Cristo no mundo, como ministro ordenado, como religioso, e, religiosa na vida consagrada. É importante ressaltar que o Batismo, é a fonte de todas as vocações. Portanto, todo povo de Deus batizado é vocacionado a servir, a partir da sua vocação.

 

É necessário falar das vocações em nossas famílias, na catequese, nos grupos de base, em fim em nossas comunidades eclesiais.

 

Rezemos pelas vocações, pedindo ao Senhor da messe que envie muitos operários para a sua messe.

 

Deus os abençoe.

 

Padre Tarcísio. 

 

 

Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu (Lc 1,45)

 

Na devoção popular, o mês de maio é dedicado a Maria, mãe de Jesus e nossa, e é também o mês em que celebramos a festa da padroeira de nossa paróquia Nossa Senhora de Fátima, que acontece no dia 13 de maio. Mas neste ano de 2020, devido à pandemia causada pelo coronavírus, vamos celebrar dia 15 de agosto.

 

Você já pensou quantos nomes Maria recebeu? Mas Maria é uma só, são vários nomes, mas a honramos num só coração. As diferentes “Nossas Senhoras” são como fotografias retocadas da mesma Maria de Nazaré, que já está glorificada por Deus. Fotografias que têm, ao mesmo tempo, a sua marca, a marca de Deus e as nossas marcas humanas. Cada “Nossa Senhora” é uma maneira de Maria se inculturar, assumir o jeito de diferentes povos, culturas e momentos da história. E se a gente olha para a imagem dessas Marias, notará que a cor da roupa, a cor da pele e a feição do rosto são diferentes. Sabem porque? Maria, que está glorificada junto de Deus, ressuscitada como Jesus, não tem mais um corpo humano como o nosso. Como diz São Paulo, é um corpo que não se estraga, brilhante de glória, cheio de força, um corpo espiritual (cf 1 Cor 15,42-43). Por isso Maria assume o rosto e o jeito de ser de diferentes povos e culturas. É uma forma de ser a mãe próxima, que a gente reconhece. Nossa Senhora de Fátima, uma devoção que nasceu em Portugal, tem os traços da raça branca: rosto afinado, olhos claros, pele branca, manto branco. Nossa Senhora de Guadalupe, uma devoção que nasceu na América Latina, tem traços mestiços: rosto arredondado, pele morena, roupa de mulher grávida e manto azulesverdeado. Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil é negra.

 

Como católicos, descobrimos e cultivamos muitas maneiras diferentes de rezar para Maria. As devoções populares podem ser bons instrumentos de oração e de evangelização. Mas precisam ser selecionadas e purificadas. Toda devoção mariana deve nos levar ao seguimento de Jesus como discípulos missionários e à vida em comunidade. É Maria mesma que nos pede: “Façam o que ele mandar” cf Jo 2, 5. Portanto, Maria nos aponta para Jesus Cristo, aquele que nos oferece a verdadeira vida.

 

Maria toda de Deus e muito humana: eis o segredo das verdades de fé proclamadas pela Igreja, sobre Maria. Um segredo que nos ajuda a ser mais autênticos seguidores de Jesus, como ela.

 

Sejamos verdadeiros devotos de Maria, e mais do que rezar a ela, rezemos como ela.

 

Pela intercessão da Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora de Fátima, desça sobre nós a bênção de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

 

Padre Tarcísio.

 

SETEMBRO O MÊS DA BÍBLIA

A Igreja Católica no Brasil, em sua Ação Evangelizadora, dedica o mês de setembro à Bíblia, Palavra viva de Deus que permanece para sempre.

 

 

Um mês para a Bíblia significa uma maior conscientização da importância da Palavra de Deus para nós. Como afirma São Paulo: “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2 Tm 3,16-17).

 

Na Palavra de Deus encontramos o alimento da fé, da missão, a força para o testemunho e nossa identidade cristã.

 

O mês da Bíblia é para aumentar nossa confiança na Palavra de Deus e nosso compromisso de sermos ouvintes, crentes e praticantes da Palavra de Deus.

 

É necessário termos cada vez mais apreço e atenção à Palavra de Deus. “Em atenção à tua palavra vou lançar as redes” (Lc 5,5). A obediência à Palavra de Deus gera abundância de vida. Bento XVI, em sua exortação apostólica pós-sinodal sobre a Palavra de Deus diz: “Expresso o vivo desejo de que floresça na Igreja uma nova estação de maior amor pela Sagrada Escritura da parte de todos os membros do Povo de Deus, de modo que, a partir da sua leitura orante e fiel no tempo se aprofunde a ligação com a própria pessoa de Jesus” (Nº-72).

 

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil, 2019 – 2023 colocam mais uma vez a Igreja como lugar da animação bíblica da vida e da pastoral. Deve-se conferir um caráter bíblico a toda pastoral. O discípulo missionário é convidado a redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus como lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo. A animação bíblica é indispensável para que a vida da Igreja seja ainda mais uma escola de  interpretação ou conhecimento da Palavra, escola de comunhão e oração com a Palavra e escola de evangelização e proclamação da Palavra. Por isso, é necessário incentivar o uso da Bíblia na catequese e nas demais atividades pastorais das comunidades. Todo catequizando deve ter a Bíblia na mão e no coração. Nossa catequese deve ser centrada na Bíblia. Os grupos de base que se reúnem devem ser cada vez mais valorizados e incentivados, pois neles se escutam e procuram viver a Palavra de Deus. Nenhuma reunião ou encontro de Igreja deve começar sem a meditação da Palavra de Deus. O contato intensivo, vivencial e orante com a Palavra de Deus confere à reunião da comunidade um caráter de formação discipular. A leitura orante é uma forma de ler a Bíblia com proveito espiritual. É necessário ter atenção e assiduidade, para que, rezando a Palavra de Deus, compreendamos as coisas divinas e cheguemos a experimentar o que ouvimos e meditamos. “A Palavra está muito perto de ti: na tua boca e no teu coração, para que a ponhas em prática” (Dt 30,14). “Na boca, pela leitura; no coração, pela meditação e oração; na prática, pela contemplação e ação”. Para formar discípulos missionários, é urgente aproximar mais as pessoas e as comunidades da leitura orante da Palavra de Deus.

 

Que nossas comunidades eclesiais sejam cada vez mais a casa da Palavra viva de Deus.

Que Deus, rico em misericórdia, abençoe a todos e a todas.

Padre Tarcísio.

 

A Igreja vive em campanha, ou seja, em jornada ativa em vista de seus objetivos. E com a realidade vocacional não é diferente. O desejo de ter um mês voltado à campanha vocacional teve seu ápice em 1981, durante a 19ª Assembleia Geral da CNBB, no qual bispos do Brasil decidiram estabelecer o mês de agosto como mês voltado para as vocações. Esta preocupação acerca da animação vocacional fora motivada pela Conferência de Puebla (1979), no processo de instalação de um novo modo de ser Igreja na América Latina, processo este que se iniciou com a Conferência de Medellín (1968), buscando uma nova identidade eclesial em consonância com a vida, a luta, os sonhos e a necessidade de emancipação da vil tirania que assolava a todo o continente.

 

 

Mas muito se engana quem pensa que, ao tratar-se das vocações, há a preocupação apenas com a formação e a ordenação de sacerdotes. A Igreja não se resume a isto. O mês vocacional nasce para fomentar a vocação eclesial da comunidade de fé. A Conferência de Puebla (1979) aponta que a vocação humana possui três dimensões: a humana, a cristã e a específica. Deste modo, no mês de agosto, o grande enfoque pastoral assumido pela Igreja é o mergulho no mistério profundo da graça batismal. A vocação comum dos batizados é à santidade e, para o cumprimento desta tarefa, é conferida a cada batizado uma missão especifica. Todas as missões especificas tem um único objetivo, contagiar a vida de todos com a alegria e os dons da Boa Nova de Jesus. Para isto, uns se consagram no grau da ordem, são ordenados diáconos, sacerdotes e bispos, outros se consagram na vida religiosa, como freis e freiras, monges e monjas, leigos celibatários em institutos seculares e afins, e tantos outros consagram a vida no matrimônio, na vida familiar. Ser um vocacionado, acima de tudo, é ser uma pessoa aberta e atenta às necessidades da comunidade eclesial- a Igreja, e a comunidade social- o meio em que se vive.

 

Por isto, neste mês, a cada domingo, será meditada nas comunidades do Brasil uma vocação específica, apresentando suas particularidades e celebrando o dom de Deus derramado na vida de seu povo. Que Deus não permita que faltem operários para a sua messe e que Maria, Mãe e Senhora das Vocações acompanhe a todos os vocacionados, nesta caminhada batismal, rumo à realidade definitiva, onde todos serão UM em Deus.

 

Seminarista Fernando Benetti.

Setembro: mês da Bíblia

Desde 1971, a Igreja Católica presente no Brasil dedica o mês de setembro à Bíblia.

 

A Bíblia é um conjunto de 73 livros que contêm a Palavra de Deus, a revelação de seu amor eterno por nós, seu povo amado.

 

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019 destaca como urgência na evangelização a animação bíblica da vida e da pastoral.

 

 

Portanto, a pastoral, a ação evangelizadora da Igreja, não pode estar desvinculada da Palavra de Deus. O discípulo missionário é convidado a redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus, como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo. Por isso, temos investido em cursos bíblicos, na leitura orante da Bíblia nos grupos de base, nas reuniões e demais encontros pastorais. Quero destacar a importância da Escola da Palavra, que é formação bíblica de nossa Forania Aparecida, e que na última assembleia diocesana se tornou prioridade pastoral em toda a nossa diocese.

 

A Palavra de Deus é alimento que sacia. Eu abri a boca e ele me fez comer o rolo, dizendo: “Filho do homem, alimenta teu ventre e sacia as entranhas com este rolo que te dou”. Eu o comi, e era doce como mel em minha boca (Ez 3,2-3).

 

No contexto da vocação de Ezequiel, o profeta é convidado a engolir o rolo da Palavra de Deus, quer dizer, antes de proclamar, ele deve assimilar e saborear. Essa palavra é doce como o mel, na boca do profeta. O Salmo reza que as palavras do Senhor são “mais doces que o mel e que o licor de um favo” (Sl 19,11). O profeta Jeremias, ao recordar sua vocação, comenta: “Bastava descobrir tuas palavras e eu já as devorava, tuas palavras para mim são prazer e alegria do coração” (Jr 15,16).

 

A comparação entre a palavra e o alimento nos levaria ao deserto, onde Deus enviou o maná, “para mostrar que não só de pão vive o ser humano, mas de tudo o que procede da boca do Senhor” (Dt 8,3). A afirmação será retomada por Jesus, no contexto da tentação no deserto (Mt 4,4).

 

A palavra de Deus ilumina nossa caminhada de Igreja na construção do Reino de Deus. Como muito bem expressa o Salmo 119, 105: “Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz para o meu caminho”. A imagem da lâmpada  da luz destaca, positivamente, a função da palavra em iluminar os passos e o caminho dos discípulos missionários de Jesus Cristo. Permite imaginar o caminhante, em plena escuridão, com a lamparina a romper as trevas e vislumbrar o caminho a seguir. Ao alumiar  caminhada, a palavra orienta toda a conduta humana, passo a passo. O próprio Senhor é a lâmpada que ilumina a treva da vida humana (Sl 1 8 , 1 9 ) . O Novo Testamento compara “a palavra da profecia como uma lâmpada que brilha em lugar escuro, até clarear o dia e levantar-se a estrela da manhã em vossos corações” (2 Pd 1,19).

 

Aproveitemos mais uma vez do mês da Bíblia para uma maior valorização e apreço para com a Palavra de Deus. Pois “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2 Tm 3,16).

 

Que a Palavra de Deus, esteja em nossos lábios, em nossas mentes e em nossos corações, para que a coloquemos em prática.

 

Que Deus abençoe a todos e a todas.

Padre Tarcísio.