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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
Horários de missas
Domingo: às 7:30h, 11:00h e 19:00h
Quarta-feira: às 19:30h - Sexta-feira: às 7:30h

Comunidade São Francisco - Rua Síria, 384 - Jd. São Francisco
Horários de missas
Sábado às 19:00h

Comunidade São Lucas - Rua Ana Coelho da Silveira, 266 - Jd. Ipanema
Horários das missas
Domingo às 9:15hs (Exc. Aos 2° Domingos) e às 17:30h 2° terça-feira às 19:30h

Comunidade São Paulo Apóstolo - Rua fonte boa, 173- Vl. Barros
Horários das missas
Domingo às 9:15h - 2° quinta-feira do mês às 19h30 na Igreja da comunidade - 4º quinta-feira do mês às 19h30 nos setores da comunidade



Mês vocacional

 

Queridos amigos e amigas da paróquia Nossa Senhora de Fátima, da Vila Fátima, graça e Paz a vocês neste mês tão especial em que celebramos e nos conscientizamos acerca das vocações no seio da Igreja. Lhes escrevo, nesta edição de nosso jornal Boa Notícia, para partilhar um pouco do processo vocacional de um Padre diocesano e também de minha caminhada dentro deste processo.

 

Meu nome é Fernando Benetti e eu sou um filho desta paróquia. Estou no seminário diocesano de Guarulhos há sete anos já, curso hoje o quarto ano de teologia, etapa da configuração. Quando criança, junto de minha mãe e da saudosa Maria Valiatti, minha querida avó de coração que era agente da pastoral saúde na comunidade São Francisco, participávamos do grupo de base da rua em que morávamos, coordenado pela também saudosa e querida dona Sofia. Foi lá o primeiro contato eclesial que realmente me cativou; não foi numa Igreja de pedras, cheia de beleza e esplendor, mas numa comunidade viva de fiéis, testemunhas do ressuscitado.

 

Antes de ingressarmos no seminário, fazemos um acompanhamento vocacional que naturalmente dura em torno de dois anos. A Formação dos presbíteros é dividida em quatro etapas: Ano propedêutico, que corresponde ao ano de iniciação; etapa do discipulado, que corresponde ao período dos estudos filosóficos; etapa da configuração, correspondente ao período dos estudos teológicos; ano pastoral, que pode ser entendido como um período de residência do formando em uma paróquia, diariamente, para um contato mais efetivo com a estrutura paroquial. Todo este período dura em torno de oito anos e meio.

 

Durante todo este período vivemos um processo formativo multidimensional e bastante rígido. Somos acompanhados nas dimensões humano afetivo, pastoral – missionário, espiritual e comunitária. Por isso que, além da formação acadêmica recebemos, também, a formação interna que complementa os fins de todo o processo. Nossa rotina inicia-se todos os dias pelas 4h30, onde nos preparamos para a primeira oração da manhã, às 05h10, tomamos café e partimos para a faculdade. Retornamos às 13h30 para o almoço e para as atividades formativas da tarde. Fazemos juntos a oração da Tarde, às 18h e sequencialmente jantamos. Completamos nosso dia às 21h30 com a oração da noite. A partir deste momento que vamos revisar os estudos da faculdade, elaborar trabalhos, organizar nossas atividades pastorais e manter os laços externos pelas redes sociais.

 

Ser um vocacionado, acima de tudo, é ser uma pessoa aberta e atenta às necessidades da comunidade eclesial- a Igreja, e a comunidade social- o meio em que se vive. Que Deus não permita que faltem operários para a sua messe e que Maria, Mãe e Senhora das Vocações acompanhe a todos os vocacionados, nesta caminhada batismal, rumo à realidade definitiva, onde todos serão UM em Deus.

 

Fernando Benetti

 

 

“Fala, Senhor, que o teu servo escuta” (1 Sam 3,9)

 

Mês vocacional!

 

Assumido em âmbito nacional, em 1981, por dioceses e regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o mês vocacional, celebrado em agosto, tem o intuito de ser um tempo especial de reflexão e oração pelas vocações e ministérios. Este ano, em específico a inspiração principal do mês vocacional está em sintonia com a Exortação Pós-Sinodal do Papa Francisco, a Christus Vivit, apresentada aos jovens e que traz orientações pastorais para toda a Igreja. O tema do mês vocacional deste ano é: “Amados e Chamados por Deus”, e o lema é: “És precioso aos meus olhos. Eu te amo” (Is 43,1-5).

Vocação: chamado de Deus, para servir, na realização de seu projeto de vida, de amor, e de salvação. A vocação é um chamado especial, único para cada um de nós. Vocação sempre indica um chamado e quem chama espera uma resposta da pessoa a quem chama. E quem nos chama? Deus. Este nos chama por primeiro à vida. Neste sentido, podemos falar de vocação humana, ou seja, quando passamos a existir e viver como gente, participar da obra do criador, ser imagem e semelhança de Deus; ter inteligência e liberdade, ter espírito e ser capaz de amar. Em seguida, nos chama a sermos cristãos autênticos, o que nos remete à vocação cristã: ser irmão (ã) e discípulo de Jesus, morada do Espírito Santo, filho (a) de Deus, membro da Igreja servidora da humanidade e, assim tornar-se santo (a). Por fim, nos chama para uma vocação específica. Qualquer que seja a nossa vocação, leiga, religiosa, ou sacerdotal, devemos nos sentir chamados por Deus e motivados a ir ao encontro do outro, independente de quem quer que seja.

Toda pessoa é chamada a ir além de si mesma, pois todo ser humano traz na sua essência a vocação de viver, conviver, servir, crescer integralmente e alcançar sua perfeição de criatura humana, amada e querida por Deus. Ou seja, você é alguém chamado (a) a dar uma resposta. Existem algumas características necessárias para acolher o chamado de Deus: Ver como Deus vê, ter o olhar de Deus! Perceber a realidade, a vida, os sofrimentos, as dificuldades, os clamores. Deus nos chama a partir dos fatos e dos acontecimentos da vida. Escutar o que Deus tem a dizer, hoje, através de tantas injustiças, violências,  banalização da vida humana, da cultura do descarte, da exclusão social, e dos clamores de tantos sofredores na sociedade. É necessário sentir como Deus sente, e ser sensível ao chamado abrindo-se à solidariedade.

 

A resposta de cada pessoa depende muito de sua capacidade de sentir os apelos de Deus, presentes nos passos e acontecimentos da vida, especialmente nas dificuldades e situações conflitantes das comunidades. Ou seja, é necessário caminhar ao encontro da realidade; assumir uma missão que contribua para a realização do projeto de Deus do seu Reino. Isso tudo significa que Deus tem um projeto de amor para nós seus filhos e filhas, pois Ele nos quer felizes, e nos criou por amor e para o amor. Por isso, quis precisar de nós para dar continuidade ao seu projeto de amor. Para tanto, você pode ser chamado (a) para participar da obra de Deus, como membro da Igreja, seguindo caminhos diferentes: como leigo, e leiga no matrimônio, como missionário, ou exercendo ministérios na comunidade, testemunhando o Evangelho de Jesus Cristo no mundo, como ministro ordenado, como religioso, e, religiosa na vida consagrada. É importante ressaltar que o Batismo, é a fonte de todas as vocações. Portanto, todo povo de Deus batizado é vocacionado a servir, a partir da sua vocação.

 

É necessário falar das vocações em nossas famílias, na catequese, nos grupos de base, em fim em nossas comunidades eclesiais.

 

Rezemos pelas vocações, pedindo ao Senhor da messe que envie muitos operários para a sua messe.

 

Deus os abençoe.

 

Padre Tarcísio.