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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
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campanha da fraternidade

Mensagem do Papa Francisco por ocasião da Campanha da Fraternidade 2021

Realizada pela CNBB todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Campanha da Fraternidade de 2021 é promovida de forma ecumênica, ou seja, em parceria entre várias Igrejas Cristãs.

Vatican News

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) abriram na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, 17 de fevereiro, a quinta edição da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE). A abertura foi realizada de forma simbólica e virtual com a divulgação de um vídeo com pronunciamentos de representantes das Igrejas que compõem o Conic.

Neste ano, o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído da carta de São Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículo 14.

Realizada pela CNBB todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Campanha da Fraternidade de 2021 é promovida de forma ecumênica, ou seja, em parceria entre várias Igrejas Cristãs. A CFE 2021 quer convidar os cristãos e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual. Tudo isso através do diálogo amoroso e do testemunho da unidade na diversidade, inspirados e inspiradas no amor de Cristo.

A abertura virtual deve-se à escolha das entidades promotoras da Campanha como forma de prevenção da Covid-19. De acordo com o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a decisão foi tomada em comum acordo com a diretoria do CONIC, “para evitar aglomeração nesse momento em que a pandemia assume números que nos assustam”. Para dom Joel, “é necessário dar testemunho a respeito da importância das medidas sanitárias” e, para isso, os “recursos informáticos” disponíveis serão utilizados.

O Papa Francisco enviou uma mensagem escrita para o início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade 2021.

Eis o texto integral:

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Com o início da Quaresma, somos convidados a um tempo de intensa reflexão e revisão de nossas vidas. O Senhor Jesus, que nos convida a caminhar com Ele pelo deserto rumo à vitória pascal sobre o pecado e a morte, faz-se peregrino conosco também nestes tempos de pandemia. Ele nos convoca e convida a orar pelos que morreram, a bendizer pelo serviço abnegado de tantos profissionais da saúde e a estimular a solidariedade entre as pessoas de boa vontade. Convoca-nos a cuidarmos de nós mesmos, de nossa saúde, e a nos preocuparmos uns pelos outros, como nos ensina na parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37). Precisamos vencer a pandemia e nós o faremos à medida em que formos capazes de superar as divisões e nos unirmos em torno da vida. Como indiquei na recente Encíclica Fratelli tutti, «passada a crise sanitária, a pior reação seria cair ainda mais num consumismo febril e em novas formas de autoproteção egoísta» (n. 35). Para que isso não ocorra, a Quaresma nos é de grande auxílio, pois nos chama à conversão através da oração, do jejum e da esmola.

Como é tradição há várias décadas, a Igreja no Brasil promove a Campanha da Fraternidade, como um auxílio concreto para a vivência deste tempo de preparação para a Páscoa. Neste ano de 2021, com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, os fiéis são convidados a «sentar-se a escutar o outro» e, assim, superar os obstáculos de um mundo que é muitas vezes «um mundo surdo». De fato, quando nos dispomos ao diálogo, estabelecemos «um paradigma de atitude receptiva, de quem supera o narcisismo e acolhe o outro» (Ibidem, n. 48). E, na base desta renovada cultura do diálogo está Jesus que, como ensina o lema da Campanha deste ano, «é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade» (Ef 2,14).

Por outro lado, ao promover o diálogo como compromisso de amor, a Campanha da Fraternidade lembra que são os cristãos os primeiros a ter que dar exemplo, começando pela prática do diálogo ecumênico. Certos de que «devemos sempre lembrar-nos de que somos peregrinos, e peregrinamos juntos», no diálogo ecumênico podemos verdadeiramente «abrir o coração ao companheiro de estrada sem medos nem desconfianças, e olhar primariamente para o que procuramos: a paz no rosto do único Deus» (Exort. Apost. Evangelii gaudium, n. 244). É, pois, motivo de esperança, o fato de que este ano, pela quinta vez, a Campanha da Fraternidade seja realizada com as Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).

Desse modo, os cristãos brasileiros, na fidelidade ao único Senhor Jesus que nos deixou o mandamento de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou (cf. Jo 13,34) e partindo «do reconhecimento do valor de cada pessoa humana como criatura chamada a ser filho ou filha de Deus, oferecem uma preciosa contribuição para a construção da fraternidade e a defesa da justiça na sociedade» (Carta Enc. Fratelli tutti, n. 271). A fecundidade do nosso testemunho dependerá também de nossa capacidade de dialogar, encontrar pontos de união e os traduzir em ações em favor da vida, de modo especial, a vida dos mais vulneráveis. Desejando a graça de uma frutuosa Campanha da Fraternidade Ecumênica, envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 17 de fevereiro de 2021.

[Franciscus PP.]

 

Irmãos e irmãs em Cristo Jesus,

 

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

 

 

“Não apagueis o Espírito, não desprezais as profecias, mas examinai tudo e guardai o que for bom” (1 Ts 5,21)

 

  1. No exercício de nossa missão evangelizadora, deparamo-nos com inúmeros desafios, diante dos quais não podemos esmorecer, mas, ao contrário, buscar forças para responder com tranquilidade e esperança.
  2. Nosso país vive um tempo entristecedor, com tantas mortes causadas pela covid-19, um processo de vacinação que gostaríamos fosse mais rápido e uma população que se cansou de seguir as medidas de proteção sanitária. Nosso coração de pastores sofre diante de tantas sequelas que surgem a partir da pandemia, em especial o empobrecimento e a fome.

 

A Campanha da Fraternidade 2021 e suas características

 

  1. Em meio a tudo isso e atendendo à solicitação de irmãos bispos, desejamos abordar a Campanha da Fraternidade deste ano. Algumas afirmações têm ocasionado insegurança e mesmo perplexidade.
  2. Como sabemos, a Campanha da Fraternidade é uma riqueza da Igreja no Brasil, nascida e amadurecida não sem dificuldades e mesmo sofrimentos. A cada Campanha, o aprendizado se fortalece e se mostra continuamente necessário. Assim acontece com cada tema escolhido e assim acontece quando as Campanhas, desde o ano 2000, são feitas em modo ecumênico.
  3. Para este ano, o tema escolhido foi o diálogo, com o tema, portanto, fraternidade e diálogo: compromisso de amor. Trata-se, como explicado nas formações feitas pelo nosso Setor de Campanhas, do recolhimento dos temas anteriores, em especial desde 2018, que tratou da superação da violência, até 2020, quando apresentou-se a proposta cristã do cuidado.
  4. Para 2021, conforme aprovação em nossa Assembleia Geral de 2018, a Campanha foi construída ecumenicamente e, conforme costume desde o ano 2000, sob a responsabilidade do CONIC. Nas primeiras reuniões, discerniu-se pelo tema do diálogo, urgência num tempo de polarizações e fanatismos, cabendo então ao CONIC a construção do texto-base. Isso foi feito conforme está explicado na apresentação do mesmo, com detalhamento da equipe elaboradora, na pág. 9.
  5. Consequentemente, o texto seguiu a estrutura de pensamento e trabalho do CONIC. Foram realizadas várias reuniões, o texto passou por revisão da assessoria teológica do CONIC, uma assessoria com membros das diversas igrejas, chegando, então, ao que hoje temos. Não se trata, portanto, de um texto ao estilo do que ocorreria caso fosse preparado pela comissão da CNBB, pois são duas compreensões distintas, ainda que em torno do mesmo ideal de servir a Jesus Cristo. O texto-base desse ano, por conseguinte, deve ser assim compreendido, como o foi nas Campanhas da Fraternidade levadas a efeito de modo ecumênico.

 

Algumas questões específicas

 

  1. Nos últimos dias, reações têm surgido quanto ao texto. Apresentam argumentos que esquecem da origem do texto, desejando, por exemplo, de uma linguagem predominantemente católica. Trazem ainda preocupações com relação a aspectos específicos, a saber, as questões de gênero, conforme os números 67 e 68 do referido texto.
  2. A doutrina católica sobre as questões de gênero afirma que “gênero é a dimensão transcendente da sexualidade humana, compatível com todos os níveis da pessoa humana, entre os quais o corpo, a mente, o espírito, a alma. O gênero é, portanto, maleável sujeitos a influências internas e externas à pessoa humana, mas deve obedecer a ordem natural já predisposta pelo corpo” (Pontifício Conselho para a Família, Lexicon – Termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas., pág. 673).

 

Uma ajuda destacável

 

10. Já pronto o texto-base, fomos presenteados com a Fratelli Tutti, que recomendamos vivamente seja também utilizada como subsídio para a Campanha da Fraternidade deste ano. Ela estabelece forte conexão entre o tema de 2020 e o de 2021, cuidado e diálogo, e muito ajudará na reflexão sobre o diálogo e a fraternidade.

 

Coleta da Solidariedade

 

  1. Junto com essas preocupações de conteúdo, surgiu ainda a sugestão de que não se faça a oferta da solidariedade no Domingo de Ramos, uma vez que existiria o risco de aplicação dos recursos em causas que não estariam ligadas à doutrina católica.
  2. Lembramos que, em 2019, foi distribuída pelo Fundo Nacional de Solidariedade – FNS a quantia de R$3.814.139,81, fruto da generosidade de nossas comunidades, não se incluindo nessa quantia o que foi destinado aos fundos diocesanos. Em 2020, por causa da pandemia, não ocorreu arrecadação. Somente com a ajuda da instituição alemã Adveniat conseguimos atender a 15 projetos.
  3. Sobre isso, recordamos que o FNS segue rigorosa orientação, obedecendo não apenas a legislação civil vigente para o assunto, mas também preocupação quanto à identidade dos projetos atendidos. Desde o início da construção da Campanha da Fraternidade de 2021, temos informado ao CONIC a respeito da dificuldade e até mesmo da impossibilidade de mantermos a estrutura do Fundo de Solidariedade como ocorrido nas Campanhas ecumênicas anteriores. Sobre este ponto, tendo como base a última dessas Campanhas, a de 2016, esta Presidência já manifestou ao CONIC as dificuldades e, por espírito de comunhão e corresponsabilidade, vai conversar sobre o assunto na próxima reunião do CONSEP. A conclusão será informada em seguida.

 

Desse modo:

 

  1. Em consequência, respeitando a autonomia de cada irmão bispo junto aos seus diocesanos e como não poucos irmãos nos têm solicitado indicações para informar ao povo sobre a CF 2021, consideramos importante que sejam destacados os seguintes aspectos:
    1. 1)  A Campanha da Fraternidade é um valor que não podemos descartar.
    2. 2)  Alguns temas, conforme seu modo de ser apresentado, tornam-se mais difíceis que outros.
    3. 3)  A Igreja tem sua doutrina estabelecida a respeito das questões de gênero e se mantém fiel a ela.
    4. 4)  Os recursos do Fundo Nacional de Solidariedade serão aplicados em situações que não agridam os princípios defendidos pela Igreja Católica.
    5. 5)  A causa ecumênica se mantém importante. “Uma comunidade cristã que crê em Cristo e deseja com o ardor do Evangelho a salvação da humanidade não pode de forma alguma fechar-se ao apelo do Espírito que orienta todos os cristãos para a unidade plena e visível… O ecumenismo não é apenas uma questão interna das comunidades cristãs, mas diz respeito ao amor que Deus, em Cristo Jesus, destina ao conjunto da humanidade; e criar obstáculos a este amor é uma ofensa a Ele e ao Seu desígnio de reunir todos em Cristo” (S. João Paulo II, Encíclica Ut Unum Sint, 99)
  2. Concluímos lembrando a importância da Campanha da Fraternidade na história da evangelização do Brasil. É nossa marca. Cabe-nos cuidar dela, melhorá-la sempre mais por meio do diálogo, assim como nos cabe cuidar da causa ecumênica, um ideal que se nos impõe. Se nem sempre é fácil cuidar de ambos e de muitos outros aspectos de nossa ação evangelizadora, nem por isso devemos desanimar e romper a comunhão, uma de nossas maiores marcas, um tesouro que o Senhor Jesus nos deixou e do qual não podemos abrir mão. Não desanimemos. Não desistamos. Unamo-nos.

 

Brasília, 09 de fevereiro de 2021

D. Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte, MG Presidente

D. Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre, RS 1o Vice-Presidente

D. Mário Antônio da Silva

Bispo de Roraima, RR 2o Vice-Presidente

D. Joel Portella Amado

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ Secretário-Geral

 

    Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso
    ‘‘Viu, sentiu compaixão e cuidou dele’’ (Lc 10,33-34)

    Na busca de transformação e santificação, a Igreja no Brasil, oferece às Comunidades, no tempo da Quaresma, uma realidade para ser refletida, meditada, rezada. É a Campanha da Fraternidade, que, neste ano tem como tema: Fraternidade e vida: dom e compromisso; e, como lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

     

     

    Fraternidade e vida! Pelo Verbo de Deus tudo foi criado, e no faça-se! (Gn 1,3), quando tudo passou a existir, a vida divina foi irresistivelmente comunicada como um transbordamento do amor trinitário. Todos os seres animados e inanimados, como efusão do amor de Deus, foram criados por amor. Nada escapa ou está fora desse amor. Assim, Deus vem ao nosso encontro, pois quer “[…] comunicar a sua própria vida divina aos homens, criados livremente por ele, para fazer deles, no seu Filho único, filhos adotivos” (CIgC, n. 52). Essa comunicação de Deus nos permite conhecê-Lo e amá-Lo e, assim, participarmos da glória amorosa da Trindade Santa.

    Dom e Compromisso! A vida é um Dom que recebemos de Deus e que somos chamados a partilhar em busca da plenitude: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Deus tudo disse no seu Verbo encarnado: “Cristo, o Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai” (CIgC, n.65). Eis o nosso Compromisso para com essa vida, Dom de Deus: levá-la à plenitude de Cristo. Criados à sua imagem e semelhança, somos filhos no Filho, e os seus gestos de fraternidade nos ensinam este caminho: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

     

    Vida é Dom de Deus! “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Jesus Cristo não apenas anunciou, mas Ele mesmo é a plenitude, a consumação de toda a vida. O seu viver, sua pregação, sua morte e ressureição despertam para o sentido da vida e, assim, Ele mesmo se revela para nós como o Caminho, a Verdade e a Vida! (Jo 14,6). Ele anuncia o ano da graça do Senhor, pois, na unção, proclama a liberdade aos presos no corpo e na alma, oferece visão aos cegos sem horizontes, liberta e alivia os oprimidos pela ganância e pelo egoísmo; é a boa-nova da solidariedade e da gratuidade para os pobres e desamparados (Lc 4,16-19).

    Vida é Compromisso fraterno! A vida como Dom nos conduz a um Compromisso. Despertamos para a responsabilidade de nossa existência e de todas as criaturas. Compromisso como promessa de permanecer junto de, comprometer-se com. É o que lemos e vemos na parábola do bom samaritano. Ele permanece junto ao assaltado e garante-lhe acolhimento e cuidado: ver, sentir compaixão e cuidar serão os verbos de ação que nos conduzirão no tempo quaresmal. Que possamos nos dispor a uma profunda conversão da cultura da morte para a cultura da vida.

    Tema, lema e objetivos

    O Objetivo Geral é “conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como
    dom e compromisso, que se traduz em relação de mútuo cuidado entre as pessoas, na
    família, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum”.

    A CF 2020 apresenta dez objetivos específicos:

    a) Apresentar o sentido de vida proposto por Jesus nos Evangelhos;
    b) Propor a compaixão, a ternura e o cuidado como exigências fundamentais da vida para relações sociais mais humanas;
    c) Fortalecer a cultura do encontro, da fraternidade e a revolução do cuidado como caminhos de superação da indiferença e da violência;
    d) Promover e defender a vida, desde a fecundação até o seu fim natural, rumo à plenitude;
    e) Despertar as famílias para a beleza do amor que gera continuamente vida nova;
    f) Preparar os cristãos e as comunidades para anunciar, com o testemunho e as ações de mútuo cuidado, a vida plena do Reino de Deus;
    g) Criar espaços nas comunidades para que, pelo Batismo, pela Crisma e pela Eucaristia, todos percebam, na fraternidade, a vida como dom e compromisso;
    h) Despertar os jovens para o dom e a beleza da vida, motivando-lhes o engajamento em ações de cuidado mútuo, especialmente de outros jovens em situação de sofrimento e desesperança;
    i) valorizar, divulgar e fortalecer as inúmeras iniciativas já existentes em favor da vida;
    j) Cuidar do planeta, nossa Casa Comum, comprometendo-se com a ecologia integral.

    Dom Guilherme Werlang, bispo de Lajes (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da CNBB assina Nota emitida para agradecer a todos que participaram da Coleta durante a Quaresma e para esclarecer alguns pontos importantes.

     

     

    Leia a Nota:

     

    Nota de agradecimento e esclarecimento

    Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS)

    Agradecimento

     

    Caros irmãos e irmãs da Igreja no Brasil! Vimos por meio desta Nota expressar nosso agradecimento por sua participação na Coleta da Solidariedade de 2018.

     

    O gesto de colaborar com a Coleta no Domingo de Ramos foi uma expressão de sua espiritualidade quaresmal. Assim, sua vivência dos valores do Evangelho se materializou em recursos para o financiamento de projetos sociais em nosso país.

     

    Segundo o Papa Francisco, “ o modo melhor e mais concreto para não fazer do dinheiro um ídolo é compartilhá-lo, dividi-lo com os outros, principalmente com os pobres, ou para levar os jovens a estudar e a trabalhar, vencendo a tentação idolátrica mediante a comunhão. Quando compartilhais e doais o vosso lucro, realizais um gesto de elevada espiritualidade, dizendo concretamente ao dinheiro: tu não és Deus, tu não és senhor, tu não és patrão!”

     

    Queremos, pois, em nome de todos os que serão beneficiados por essa coleta, expressar-lhes nossa gratidão, ao mesmo tempo em que nos dispomos a lhes prestar alguns esclarecimentos.

     

    O Fundo Nacional de Solidariedade (FNS)

     

    O Fundo Nacional de Solidariedade é fruto da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que, desde 1964, convida os católicos, no período quaresmal, a refletir e agir sobre a situação dos mais pobres e vulneráveis, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja.

     

    O Fundo Nacional de Solidariedade presta um serviço a caridade e busca a emancipação cidadã, fomentando o desenvolvimento comunitário, valorizando práticas e culturas locais, priorizando financiamentos a empreendimentos autogestionários e ambientalmente sustentáveis.

     

    O Fundo Nacional de Solidariedade é formado a partir dos 40 % das coletas nas missas do Domingo de Ramos, realizada em todas as dioceses do Brasil. Ele tem sido gerido por um Conselho Gestor, formado por quatro membros natos (o bispo Secretário Geral da CNBB, o bispo Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social e Transformadora, o Ecônomo da CNBB e o Secretário Executivo da Campanha da Fraternidade e alguns membros nomeados o Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social e Transformadora, o representante dos secretários executivos dos Regionais da CNBB,  uma assistente social da CNBB, um colaborador da CNBB que acompanha os projetos do FNS e um representante da Caritas Nacional).

     

    O Conselho Gestor se encontra ao menos três vezes por ano para o estudo e a aprovação dos projetos recebidos.

     

    Projetos apoiados pelo FNS

     

    Anualmente, é publicado um edital, com as exigências que devem ser observadas por aqueles que apresentam projetos. O edital dos anos anteriores está disponível no site. (fns.cnbb.org.br)

     

    Os projetos para o FNS podem ser apresentados por Regionais da CNBB, por Dioceses, Paróquias, Grupos organizados, Associações, Pastorais, Entidades Sociais sem fins lucrativos etc.

     

    Os projetos são classificados em 3 eixos: (1º) Formação e capacitação; (2º) Mobilização para conquista e efetivação de Direitos; (3º) Superação de vulnerabilidade econômica e geração de renda (projetos produtivos).

     

    Ao ser apresentado, um pedido de recursos deve ter a carta de um Bispo. Além disso, é preciso levar em conta que: (1) a entidade proponente e executora do projeto deverão ser a mesma; (2) a instituição deverá indicar sua conta corrente (pessoa jurídica, seu CNPJ) e comprovar a regularidade de sua situação; (3) antecipar qual será a sua contrapartida, monetária ou em bens e serviços; (4) demonstrar como será a continuidade do projeto; (5) levar em conta que o projeto deve responder a problemas ou necessidades de grupos sociais ou segmentos de excluídos.

     

    O Conselho Gestor do FNS prioriza projetos de caráter inovador e com potencial multiplicador, e não apoia projetos para manutenção institucional.

     

    Excepcionalmente, neste ano a Presidência da CNBB apresentará a 56ª Assembleia Geral da CNBB a proposta de destinar a Diocese de Roraima 40% dos recursos do FNS, para os trabalhos que envolvem a acolhida dos migrantes venezuelanos.

     

    Uma vez aprovados os projetos, é publicada uma lista deles no site da CNBB- Fundo Nacional de Solidariedade (fns.cnbb.org.br). Esperamos ampliar a prestação de contas com dados ainda mais completos.

     

    Projeto aprovado para a ABONG

     

    Dentre os 237 projetos aprovados com os recursos da Campanha da Fraternidade de 2017, um deles foi apresentado pela Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG. Essa entidade reúne organizações da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, para o fortalecimento da base associativa. Em nome de cerca de cem organizações – dentre as quais, várias ligadas à Igreja -, a ABONG pediu recursos para a realização do V Encontro dessas entidades, em São Paulo. Esse Encontro tinha como finalidade única e exclusiva discutir o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, que é uma agenda política ampla, que tem o objetivo de aperfeiçoar o ambiente jurídico e institucional relacionado às Organizações da Sociedade Civil e suas relações de parceria com o Estado. Assim, a ajuda dada não se destinou a apoiar projetos movidos por ideais divergentes dos valores da fé cristã católica, como por exemplo o aborto. Temos no arquivo do FNS a prestação de contas do evento em questão, bem como todas as notas fiscais, fotografias e a lista de presença do evento.

     

    Comprometemo-nos a analisar mais atentamente os projetos que forem apresentados, bem como a prestar maior atenção aos objetivos das entidades proponentes. O Regulamento do FNS está sendo revisto e aprimorado para ser apresentado ao Conselho Permanente da CNBB.

     

    Reafirmamos nosso compromisso com Jesus Cristo e sua Igreja. Daí nossa disposição de continuar trabalhando de acordo com a Moral Católica e a Doutrina Social da Igreja, para que “todos os povos tenham vida” (Jo 10,10).

     

    Renovamos nossos agradecimentos a todos os que colaboraram com a CF-2018. Cresça, cada vez mais, nosso compromisso com os mais necessitados, segundo o critério apontado por Jesus.

     

    A Virgem Maria, Mãe da Caridade, nos ensine a seguir os passos de Jesus no serviço ao próximo.

    Brasília, 08 de abril de 2018.

             

    Dom Guilherme Antônio Werlang
    Bispo de Lajes- SC
    Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade – FNS

     

     

    Fonte: CNBB

     

     

    A quaresma e a Campanha da Fraternidade

    – A Quaresma é o tempo que nos encaminha para a Páscoa. ‘‘A Liturgia quaresmal prepara para a celebração do mistério pascal tanto dos catecúmenos, fazendo-os passar por diversos degraus da iniciação cristã, como os fiéis que recordam o próprio Batismo e fazem penitência.” É um tempo em que fazemos caminho para a Páscoa, motivados pela Palavra e unidos aos sentimentos de Jesus Cristo, cultivando a oração, o amor a Deus e a solidariedade fraterna.

    campanha-da-fraternidade-2017

    – ”Convertei-vos e crede no evangelho”! A Quaresma é um tempo forte de penitência e de mudança de vida (metanóia), que nos insere no mistério de Cristo, que se traduz na retomada do rumo de Deus, segundo a imagem da parábola do filho pródigo. Conversão que possibilita o retorno da dispersão para a nascente inesgotável da vida, que é a Pascoa de Jesus. Neste horizonte a Igreja reza: ”Daínos , no tempo aceitável, um coração penitente, que se converta e acolha o vosso amor paciente”.

    – O insistente apelo à penitência e conversão não apresenta na dinâmica da ”tristeza”, mas de uma ”sóbria alegria”, alimentada pela esperança. ”Vós concedeis, Senhor, aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a festa da Páscoa”. Quaresma é tempo de conversão, por isso tempo de intensa alegria. Alegria, porque iniciamos nossa caminhada rumo a Páscoa do nosso Salvador Jesus. Se, por um lado, a recordação do sofrimento de Jesus com sua morte na cruz produz em nós uma dor, a Ressurreição nos traz a certeza da vitória e a Quaresma passa a ser um tempo de alegria, pois nos aproxima de Deus e dos nossos irmãos.

    – A Quaresma, isto é, quarenta dias, é um tempo de graça e de bênção, marcado pela escuta da Palavra de Deus; de reconciliação com Deus e com os irmãos. Tempo de oração, de jejum como disponibilidade, entrega e docilidade à vontade do Pai; de partilha de bens e de gestos solidários, de atenção misericordiosa com os pobres necessitados.

    – A Campanha da Fraternidade quer ajudar a construir uma cultura de fraternidade, apontando os princípios de justiça, denunciando ameaças e violações da dignidade e dos direitos, abrindo caminhos de solidariedade. A vida fraterna é a síntese do Evangelho quanto às relações humanas e testemunha a nossa dignidade como verdadeiros filhos e filhas de Deus.

    – A Campanha acontece no tempo forte da Quaresma. Neste tempo litúrgico a prática da esmola, da oração, do jejum, a conversão e a Campanha da Fraternidade tornam-se oportunidades de experimentar a espiritualidade pascal capaz de gerar, ao mesmo tempo, a conversão pessoal, comunitária e social. A Campanha da Fraternidade de 2017 se apresenta como um instrumento à disposição das comunidades cristãs e de todas as pessoas de boa vontade para enfrentar, com consciência critica, o lema: ”Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15), com o tema: ”Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. Uma pessoa de fé que faz sua caminhada quaresmal rumo à Páscoa, ao tomar consciência da realidade do como são tratados os biomas brasileiros, não poderá ficar indiferente.

    – A Campanha da Fraternidade é uma verdadeira iniciação à fé e à sua prática. A conversão quaresmal é, ao mesmo tempo, um voltar-se para Deus, para o próximo e para a vida da criação que nos cerca. O enfoque da Iniciação a Vida Cristã da Quaresma próprio do ciclo do Ano A, ressalta que a conversão e a adesão à vida de fé em Jesus Cristo implicam uma nova postura diante da realidade em que se encontra a vida nos diversos biomas brasileiros. Como é que alguém poderá celebrar a Páscoa ou os sacramentos que o inserem no mistério de Cristo alheio à vida da criação na qual está mergulhado e que o sustenta?

    Saiba mais sobre a Campanha da Fraternidade 2017 lendo nosso boletim informativo.

    1. As igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) assumem como missão expressar em gestos e ações o mandato evangélico da unidade, que diz: “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti; que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste“ (Jo 17,12).

    2. O testemunho ecumênico coloca–se na contramão de todo tipo de competição e de proselitismo, tão frequentes no contexto religioso. É uma clara manifestação de que o diálogo e o testemunho conjunto são possíveis. É um apelo dirigido a todas as pessoas religiosas e de boa vontade para que contribuam com as suas capacidades para a promoção da convivência, da justiça, da paz e do cuidado com a criação. É, também, uma comprovação de que Igrejas irmãs são capazes de repetir dons e recursos na sua missão.

    3. A caminhada ecumênica realizada pelo CONIC tem mais de três décadas. É uma trajetória marcada por fraternidade, confiança, parceria e protagonismo. Dessa trajetória, podem ser destacados como expressões concretas de comunhão fraterna as três Campanhas da Fraternidade Ecumênicas, realizadas nos anos 2000, 2005 e 2010. Todas elas marcaram profundamente a vida das Igrejas que nelas se envolveram.

    4. A motivação para essas Campanhas fundamentou-se na compreensão de que, no centro da vivência ecumênica, está a fé em Jesus Cristo. Isso se deu, porque no centro o movimento ecumênico está marcado pela ação e pelo desafio de construir uma casa comum (oikoumene) justa, sustentável e habitável para todos os seres vivos. Essa luta é profética, pois questionas estruturas que causam e legitimam vários tipos de exclusão: econômica, ambiental, social, racial e étnica. São discriminações que fragilizam a dignidade de mulheres e homens.

    5. É exatamente isso que acontece quando, neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) coloca outra vez à disposição do CONIC a Campanha da Fraternidade, seu mais conhecido projeto de evangelização.

    6. Com esse espírito, no ano 2000, na virada do milênio e no contexto do grande jubileu, foi realizada a primeira  Campanha da Fraternidade Ecumênica com o tema “Dignidade humana e paz“ e com o lema “Novo milênio sem exclusões”. No ano de 2005, foi realizada a segunda Campanha da Fraternidade Ecumênica. O tema foi “Solidariedade e paz” e o lema “Felizes os que promovem a paz”. A campanha ecumênica de 2010 provocou o debate sobre o papel da economia na sociedade. O tema foi “Economia e vida“, aprofundado com o lema bíblico “Vocês não podem servir ao Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24c).

    7. A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 apresenta o tema “Casa Comum, nossa responsabilidade” e tem como lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,240). O objetivo principal é assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas publicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.

    8. Nesse tema e nesse lema, duas dimensões básicas para a subsistência da vida são abarcadas a um só tempo: o cuidado com a criação e a luta pela justiça, sobretudo dos países pobres vulneráveis. Nessa Campanha da Fraternidade Ecumênica, queremos instaurar processos de diálogo que contribuam para a reflexão critica dos modelos de desenvolvimento que têm orientado a política e a economia. Faremos essa reflexão a partir de um problema especifico que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país.

    9. Perguntamos: como estão estruturadas as nossas cidades? Quem realmente tem acesso ao saneamento básico? No ano de 2014, o sudeste do Brasil viveu uma das maiores crises hídricas já registradas na historias do país. Quem foi responsabilizados por isso? Por que os serviços de saneamento básico, considerados como direito humano básico pela organização das Nações Unidas, estão em disputas?

    10. Com essa CFE colocamo-nos em sintonia com o conselho Mundial de Igrejas e também com o Papa Francisco. Ambos têm chamado a atenção para o fato de que o atual modelo de desenvolvimento está amealhando a vida e o sustendo de muitas pessoas, em especial as mais pobres. É um modelo que destrói a biodiversidade. A perspectiva ecumênica aponta para a necessidade de união das igrejas diante dessa questão. Nossa Casa Comum está sendo ameaçada. Não podemos, portanto, ficar calados. Deus nos convoca para cuidar da sua criação. Promover a justiça climáticas, assumir nossas responsabilidades pelo cuidado com a Casa Comum e denunciar os pecados que ameaçam a vida no planeta é a missão confiada por Deus a cada um de nós.

    11. É uma alegria compartilhar que nessa CFE, além das cinco igrejas que integram o CONIC, somaram forças também: a aliança de Batistas do Brasil, o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP) e a visão mundial. Outra novidade é que a IV Campanha da Fraternidade Ecumênica será internacional, porque a Misereor, organização dos bispos católicos alemães para a cooperação e o desenvolvimento, integrou-se nesse mutirão. Nossa oração e desejo é que, mais igrejas e religiões entrem nessa caminhada.

     

    E por que discutir sobre saneamento básico no Brasil?

     

    campanha-da-fraternidade-2016

     

    1. Como já dissemos, o abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle de meios de transmissores de doenças e a drenagem de águas pluviais são medidas necessárias para que todas as pessoas possam ter saúde e vida dignas.

    2. A combinação do acesso á água potável e ao esgoto sanitário é condição para se obter resultados satisfatórios também na luta para a erradicação da pobreza e da fome, para a redução da mortalidade infantil e pela sustentabilidade ambiental. Há que se ter em mente que “justiça ambiental“ é parte da “justiça social”.

    3. Segundo o relatório “Progresso no Saneamento e Água Potável –Atualização e Avaliação dos ODMs 2015” da UNICEF e da Organização Mundial de Saúde (OMS), 2,4 bilhões de pessoas ficaram sem acesso ao saneamento melhorado no ano de 2015.

    4. O Índice de Desenvolvimento do Saneamento no Brasil foi de 0,581. Essa posição é inferior aos países desenvolvidos, mesmo frente a vários países da América do Sul.

    5. Muito embora tenhamos uma lei que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, este tema permanece um dos grandes desafios para a qualidade de vida de todas as pessoas.

    6. A responsabilidade pela Casa Comum E todos, dos governantes e da população. As comunidades cristãs são convocadas por esta Campanha da Fraternidade Ecumênica a mobilizar em todos os municípios grupos de pessoas para reclamar a elaboração de planos de Saneamento Básico e exercer o controle social sobre as ações de sua execução.

    7. Essa ação será orientada pelo tema da CFE “Casa Comum, nossa responsabilidade” e inspirada e iluminada pelo lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). Para tanto, assumimos os seguintes objetivos:

     

    Objetivo geral:

     

    Assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.

     

    Objetivo específicos:

     

    1. Unir igrejas, diferentes expressões religiosas e pessoas de boa vontade na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico;

    2. Estimular o conhecimento da realidade local em relação aos serviços de saneamento básico;

    3. Incentivar o consumo responsável dos dons da natureza, principalmente da água;

    4. Apoiar e incentivar os municípios para que elaborem e executem o seu plano de Saneamento Básico;

    5. Acompanhar a elaboração e a execução dos planos Municipais de Saneamento Básico;

    6. Desenvolver a consciência de que políticas públicas na área de saneamento básico apenas tornar-se-ão realidade pelo trabalho e esforço em conjunto;

    7. Denunciar a privatização dos serviços de saneamento básico, pois eles devem ser política pública como obrigação do Estado;

    8. Desenvolver a compreensão da relação entre ecumenismo, fidelidade à proposta cristã e envolvimento com as necessidades humanas básicas.