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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
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pais

 

Diante da mudança profunda sofrida no “modelo” de família do século XXl, considerando que um dos fatores são a condição dos pais em busca da sobrevivência, com jornadas extensas de trabalho; terceirizando assim, a educação do (s) filho (s). Nesse sentido, ao depararmos com o versículo bíblico …“Quem ama bastante o filho, usa o chicote, para no fim se alegrar. Quem corrige o próprio filho, depois terá satisfação, e ficará orgulhoso dele na frente dos conhecidos. ” (Eclesiástico 30, 1-2). O primeiro impacto seria uma reação de estranhamento, sobretudo, pelo fato destes terem empreendido um novo sentido a palavra amor. Assim sendo, a falta de tempo cronológico é compensada com presentes, objetos estes que funcionam como um pedido inconsciente de desculpas destes pais que não mais compartilham com os filhos, nem as refeições, quanto menos um olhar atento ao seu desenvolvimento. Talvez a palavra chicote provoque diversas reações, como: “que horror, sou amigo dos meus filhos”“ Não uso de violência para educar”… “ Escolhi uma boa escola, pois espero que recebam dela excelente educação”… “ A rotina diária das crianças será todo preenchida com diversas atividades  (terceirização da educação) ”. Com certeza muitos outros argumentos virão para justificar a falta de diálogo e conivência entre pais e filhos. Voltando ao versículo 1, é importante desmistificar a palavra “chicote”, figura de linguagem que significa conduzir, orientar, partilhar, colocar regras, limite.

 

 

O processo educacional das crianças fica prejudicado pelo fato de muitos pais modernos não entendem que o termo “Educação” compreende a obrigatoriedade da família, do Estado e consequentemente da Escola. A Educação de uma criança implica no direito à vida, à saúde, à escolarização, à proteção familiar, à cultura, ao esporte, lazer, entre outros. Compete ao Estado elaborar Políticas Públicas eficientes, e, aos cidadãos reivindicá-las e fiscalizá-las. Nesse sentido, o processo de Educação difere do Processo de Escolarização. Assim sendo, a escolarização é uma parte do Processo de Educação, onde o professor ajuda a família e não o contrário. Digo isso, por observar que se tornou hábito os pais e o Estado delegarem a escola este papel. Fato recente ilustra bem esta situação, o ato de violência causado por dois adolescentes, vitimando dez pessoas numa escola em Suzano. Conflitos familiares provocados por drogas lícitas e ilícitas; o abandono de menores em mídias sociais (sem fiscalização de responsáveis); a falta de um olhar atento e investigativo por parte dos pais ou responsáveis nas atitudes e reações da criança; o hábito errado ao perguntar o que o filho (a) quer, abrindo mão do ato formativo da identidade da criança que dependem da postura dos pais delegarem (dar ordens, nortear com respeito), ou seja, agir com autoridade. Desta forma, todos os envolvidos neste caso (“assassinos” e assassinados) são vítimas e não carrascos que agiram apenas por vontade própria. Fato este comprovado pelos programas de computador apreendidos dos jovens agressores, que muitas vezes são os formadores de crianças de bem pelo fato dos pais estarem ocupados navegando nas redes sociais.

 

Enfim, os pais precisam reaprender a dialogar mais com seus filhos, considerando que o diálogo supõe, um olhar atento e respeitoso as necessidades da criança, fator este cada vez mais inexistente nas famílias, pois as redes sociais estão ocupando o tempo dos pais, como também, servindo de “cuidadora” para os filhos. Considerando que o adulto da relação deverá exercer a autoridade, palavra esta que supõe, entre outras coisas, ter clareza que o ser humano desejo formar. Assim sendo, é responsabilidade dos pais e/ou responsáveis ensinar a criança/adolescente a ser ético, competente, letrado, solidário, ter religião, ser feliz, entre outros.

Roseli da Silva Martins – Pedagoga

Os membros da Pascom de nossa comunidade, em uma de suas reuniões, ao debaterem o que seria importante para a nossa comunidade, resolveram trazer para o Jornal Boa Notícia, artigos que contemplassem a ligação entre os pais e a educação escolar de seus filhos.

 

 

Já é hora, portanto, de avançarmos na reflexão da delicada relação escola-família. Pois bem, muitos pais se acham no direito de cobrar da instituição escolar atitudes educativas que ela considera dever da família, outros se manifestam totalmente contrários às posições da escola e que não entende como eles podem manter o filho na mesma.

 

Há um grande número de pais, notadamente entre os que matriculam os filhos em instituição particular, que acreditam poder exigir uma escola sob medida para seus filhos. Isso leva a pedidos ou exigências dos mais absurdos, como a troca de turma para o filho estar com amigos, troca de professor de sala ou de disciplina, maior ou menor quantidade de lição a ser feita em casa etc. Isso sem falar da relação pouco respeitosa que os pais mantêm com as regras de funcionamento da escola, tais como horário de chegada e de saída, datas e prazos, uso de uniforme, uso de telefone celular etc.

 

Por que tais solicitações são absurdas?

 

Porque a escola é o lugar de transição entre família e mundo em que os alunos aprendem, entre outras coisas, a viver sem escolher. Essa é uma das características da vida pública: não escolhemos os colegas com quem iremos trabalhar, as pessoas que estarão ao nosso lado no trânsito, as datas para pagar contas e tributos e as leis que temos de respeitar.

 

Precisamos nos lembrar sempre de que a escola tem o dever de preparar os mais novos para a cidadania. Por isso, demandas dos pais que privilegiam o âmbito privado não fazem sentido algum quando consideramos esse exercício que os filhos devem fazer ao frequentar a escola.

 

Esse aprendizado também tem sido dificultado pelo constatado declínio do trabalho educativo das famílias. Os alunos chegam à escola muitas vezes sem o processo básico de educação em curso. Mas, ao contrário do que muitos professores pensam, isso se deve pouco ao descaso ou à ausência dos pais e mais à nossa cultura que “juveniliza” os adultos. É que os jovens -não me refiro à idade cronológica- têm dificuldades de estabelecer relações educativas com os filhos.

Tal fato tem gerado muitas reclamações por parte da escola, porque os mestres, tanto quanto os pais, também estão submetidos a essa cultura. Uma coisa é certa: pais e professores têm objetivos comuns e precisam constantemente recordar que é a educação dos mais novos o foco de sua tarefa educativa. A maioria dos conflitos entre eles não considera esse ponto, e sim anseios próprios de cada um deles.

 

Enquanto tivermos pais aflitos com o que consideram sofrimento dos filhos na escola e em busca de soluções fáceis e escolas mais comprometidas com novas metodologias e com a busca de determinados perfis de alunos em vez de com o uso do rigor e da exigência para alcançar um ensino de qualidade, a relação entre ambos será, necessariamente, conflituosa e desastrosa. Quem perde são os mais novos, que deveriam nortear todo nosso trabalho.

 

Texto da Psicóloga Rosely Sayão adaptado por Eduardo Ferreira Abreu (Pascom)

Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor. Efésios 6:4