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Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Av. Otávio Braga de Mesquita, 871 - Vila Fátima
Horários de missas
Domingo: às 7:30h, 11:00h e 19:00h
Quarta-feira: às 19:30h - Sexta-feira: às 7:30h

Comunidade São Francisco - Rua Síria, 384 - Jd. São Francisco
Horários de missas
Sábado às 19:00h

Comunidade São Lucas - Rua Ana Coelho da Silveira, 266 - Jd. Ipanema
Horários das missas
Domingo às 9:15hs (Exc. Aos 2° Domingos) e às 17:30h 2° terça-feira às 19:30h

Comunidade São Paulo Apóstolo - Rua fonte boa, 173- Vl. Barros
Horários das missas
Domingo às 9:15h - 2° quinta-feira do mês às 19h30 na Igreja da comunidade - 4º quinta-feira do mês às 19h30 nos setores da comunidade



cristo

A PASTORAL SOCIAL E O SERVIÇO À VIDA.

 

A Igreja a serviço da vida plena para todos, é um dos quatro pilares de sustentação da comunidade eclesial, na ação evangelizadora da Igreja no Brasil. E como é urgente este serviço que deve ser assumido por todos os membros das comunidades, mas particularmente pelas pastorais sociais.

O Brasil, ainda é um país violento e marcado por diferenças raciais, de gênero, geracionais e regionais que marcam quem são as vítimas da violência letal.

As características das mortes, se repetem: São ligadas ao tráfico de drogas, e tendo como vítimas jovens negros, e pobres da periferia. O número de assassinatos no Brasil aumenta indicando uma crise na segurança pública. E o problema da violência não se resolve apenas com mais polícia nas ruas, é necessário investir em políticas públicas para os jovens como qualificação profissional, educação de qualidade, e emprego. Urge também mais presença do poder público nas periferias, com políticas públicas de infraestrutura, como saúde, saneamento básico, áreas de lazer, educação, e projetos de inclusão social.

Outra situação preocupante é a violência contra a mulher causada pela cultura do machismo. No Brasil, uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas. São Paulo e Rio de Janeiro tem os números mais preocupantes, concentrando quase 60% do total de casos.

Essa realidade de violência clama por uma mobilização de toda a sociedade, para que enfrente as causas da violência, e possa combater seus efeitos. É através da promoção da cultura da vida, e da paz, que os cristãos testemunham verdadeiramente a sua fé no Deus da vida, que é o Senhor da vida.  Eis ai uma frente missionária para as pastorais sociais: A colaboração na busca de políticas públicas no combate a todo tipo de violência.

É missão da comunidade cristã a promoção da cultura da vida através do enfrentamento dos desafios que a ela se impõe: a questão da violência e suas diversas faces; a falta de moradia digna, as condições que levam e mantêm populações em situação de rua e encarcerada; o problema da mobilidade urbana particularmente em nossa cidade.

A dignidade da vida humana está no centro das palavras, e das ações de Jesus. “Eu vim para todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).  Não é sub vida, é vida com qualidade, é vida digna.

A Igreja está a serviço da vida, em todas as suas fases, e expressões. Através da pastoral social organizada, e articulada a Igreja tem a missão de proclamar e testemunhar o Evangelho da vida, se colocando de maneira solidária, e fraterna a serviço dos indefesos, dos descartados, dos que são considerados supérfluos, dos que tem seus direitos negados, ou diminuídos, dos mais pobres, e marginalizados, por um modelo econômico do descarte, que privilegia o lucro, e o ter a todo custo.

As pastorais sociais não podem fazer apenas um trabalho assistencial, mas deve fazer principalmente um trabalho promocional e libertador. Elas devem colaborar para a transformação da sociedade segundo o Evangelho, e o projeto do Reino de Jesus de Nazaré. É importante ressaltar que a promoção humana é integral, ela deve promover todas as pessoas, e a pessoa toda.

“Os rostos sofredores dos pobres são rostos sofredores de Cristo. Eles desafiam o núcleo do trabalho da Igreja, da pastoral e de nossas atitudes cristãs. Tudo o que tenha relação com Cristo tem relação com os pobres, e tudo o que está relacionado com os pobres clama por Jesus Cristo: “Tudo quanto vocês fizeram a destes meus irmãos menores, o fizeram a mim”  (Mt 25,40), (Doc. de Aparecida 393).

O serviço de caridade da Igreja entre os pobres “é um campo de atividade que caracteriza de maneira decisiva a vida cristã, o estilo eclesial e a programação pastoral” (Dap 394).

Embora, as pastorais sociais tenham seus agentes, suas lideranças, seu campo de ação, todos os membros da comunidade, em nome da fé, e iluminados pela luz da Palavra de Deus, e pela doutrina social da Igreja, devem ter um compromisso social, e solidário com a dignidade humana das pessoas.

Não pode haver culto verdadeiro a Deus sem compromisso com a vida, a justiça, a paz, sem solidariedade com os injustiçados.

O serviço à vida requer respeito, e cuidado com a dignidade da pessoa humana, em todas as etapas da existência, desde a fecundação até a morte natural, não descartar nenhuma pessoa, não tratar ninguém como objeto de uso, e de prazer, tratar todo ser humano sem preconceito nem discriminação, acolhendo, perdoando, e sendo solidário com as suas necessidades materiais, e espirituais. Esse é também o apelo da Campanha da Fraternidade deste ano, sobre a fraternidade, e a amizade social.

Não podemos nos esquecer que no serviço a vida, devemos ter um compromisso ecológico, e ambiental. Devemos cuidar da nossa casa comum, como nos pede o Papa Francisco.

Que as pastorais sociais existentes nas paróquias, sejam cada vez mais atuantes, e comprometidas com a vida, com os mais pobres, e mais necessitados. Que surjam mais pessoas para serem agentes nestas pastorais.

Que Deus, Senhor da vida, da história, e de toda a criação, abençoe, e ilumine a todos, e a todas, no compromisso com a vida.

Padre Tarcísio.

Aconteceu, nos dias 31/07, 01 e 02/08/2015, o 3º Encontro de Casais com Cristo da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. O evento aconteceu na escola Glauber Rocha. Fui convidado para trabalhar, no primeiro momento recusei, mas depois acabei aceitando o convite e foi a melhor coisa que fiz.

Fazer o Encontro é muito bom, mas trabalhar para os casais que estavam participando é melhor ainda, aliás, quem trabalha também tem um encontro com Cristo, é como se fosse uma renovação ou continuação do Encontro. É muito bom ver todas aquelas pessoas se doando e trabalhando felizes em prol dos casais participantes para que eles tenham um verdadeiro encontro com Cristo.

 

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Ali todos são importantes, independentemente da tarefa que executam, todos têm o mesmo valor e são tratados igualmente, tanto quem faz a comida, café ou lava um banheiro, quanto quem coordena as atividades; quem dera as empresas fossem todas assim e não descriminassem os seus colaboradores pelo cargo ou serviço realizado e dessem valor a todos igualmente.

Todos nós ali trabalhamos e nos doamos por amor ao próximo, que nem conhecemos, quem dera também fôssemos sempre assim em nossa vida, ajudássemos ao próximo por amor, assim como Jesus nos ensinou.

Fico feliz em poder ter contribuído um pouquinho para a realização deste evento tão importante, a gente se sente realizado em poder proporcionar momentos de alegria e comunhão.

Espero poder continuar contribuindo para a realização dos próximos encontros, e recomendo a todos os casais que participem, é uma experiência única que proporciona a todos um verdadeiro encontro com Cristo em um fim de semana abençoado por Deus, que com certeza será inesquecível e mudará sua vida; quem já participou sabe como é bom.

Parabéns à Paróquia Nossa Senhora de Fátima pela iniciativa, ao Padre Tarcísio, ao casal Coordenador do Encontro, que com muito trabalho, dedicação e humildade souberam conduzir com sucesso o evento, e a todos que de alguma maneira ajudaram a realizar o 3º Encontro de Casais com Cristo da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

César Augusto Barbosa Alves

 

Devido à solenidade da celebração do Corpo e Sangue de Cristo, que acontece neste mês de junho, quero refletir com vocês sobre a Eucaristia, celebração do mistério pascal de Cristo, memória permanente de sua presença em nosso meio.

 

A Igreja vive da Eucaristia: 

 

A Igreja vive de Jesus Eucarístico, por ele é nutrida, por ele é iluminada. A Eucaristia é fonte e centro da vida da Igreja e de cada cristão. E é também a fonte e o centro da sua missão.

 

A Eucaristia, presença Salvadora de Jesus na Comunidade Eclesial e seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história.

 

Nenhum cristão pode ficar sem este alimento, por isso urge cada vez mais ter a consciência da participação na celebração dominical. Sobre a importância da santificação do domingo pela participação na celebração, já nos manifestamos várias vezes em homilias, e reflexões em nosso boletim informativo. Um domingo sem a Palavra de Deus, e sem a Eucaristia não é um domingo completo.

 

No início do século IV, quando o culto cristão era ainda proibido pelas autoridades do Império Romano, alguns cristãos do Norte da África, que se sentiam obrigados a celebrar o dia do Senhor, desafiaram tal proibição. Foram martirizados enquanto declaravam que não lhes era possível viver sem a Eucaristia, alimento do Senhor. Sem o domingo não podemos viver. Também nós não podemos viver sem o Sacramento da nossa Salvação e devemos traduzir na vida o que celebramos no dia do Senhor.

 

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu” (Jo 6,51). Jesus é o nosso alimento porque nos transmite tudo o que o Pai lhe comunicou.

 

O Senhor Jesus, pão da vida eterna, incita a tornarmo-nos atentos às situações de indigência em que vive grande parte da humanidade, violência contra a vida humana, contra a natureza, o meio ambiente, situações indignas em que vivem muitos homens e mulheres nas quais se morre à míngua de alimentos por causa da injustiça e da exploração. O pão que é mastigado na Eucaristia é a carne de Jesus, sua vida humana dada por nós na morte por amor, até o fim.

 

A vida de Jesus permanece em quem participa de verdade na Eucaristia, e este por sua vez permanece em Jesus. É uma comunhão de vida. Participar de verdade na Eucaristia é participar com verdadeira fé e em comunhão de caridade, em atos de verdade. Sem a fé e a caridade a Eucaristia não é verdadeira e não ajuda quem dela participa, antes pelo contrário!

 

Nenhuma comunidade cristã se edifica sem ter a sua raiz e o seu centro na celebração eucarística. É necessário manter viva na comunidade cristã uma verdadeira fome da Eucaristia, que leve a não perder qualquer ocasião de ter a celebração da Missa. É da Eucaristia que o discípulo missionário tira a força espiritual que precisa para levar em frente a missão de anunciar e de testemunhar Jesus Cristo, seu Reino, e seu Evangelho.

 

São João Crisóstomo comenta: com efeito, o que é o Pão? É o corpo de Cristo. E em que se transformam aqueles que o recebem? No corpo de Cristo, não muitos corpos, mas um só corpo.

 

Eucaristia fonte e manifestação de comunhão: 

 

A Eucaristia é fonte e manifestação de comunhão. “Permanecei em mim, e eu em vós”, disse Jesus, cf. São João 15,4.

 

Receber a Eucaristia é entrar em comunhão profunda com Jesus. Tal relação de íntima e recíproca permanência nos permite antecipar, de algum modo, o céu na terra.

 

A comunhão eucarística nos é dada para saciar-nos de Deus nesta terra na espera da satisfação plena no céu. São Paulo afirma: “Já que há um único pão, nós embora muitos, somos um só corpo, visto que participamos desse único pão” (cf. 1ª- Cor 10,17). No mistério Eucarístico Jesus edifica a Igreja como comunhão, segundo o supremo modelo evocado por Ele: “ Como tu Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” cf. Jo 17,11. Se a Eucaristia é fonte da unidade eclesial, ela é também sua máxima manifestação.

 

Para que cresça o sentido da comunhão é necessária a participação de todos nos momentos celebrativos, bem como nos encontros de formação, e assumir também os projetos ou planos de pastoral, a níveis de diocese e paróquia. A Eucaristia cria comunhão, e educa para a comunhão.

 

A defesa e promoção da comunhão eclesial é tarefa de todo fiel, que encontra na Eucaristia como sacramento da unidade da Igreja um campo de especial solicitude.

 

Os gestos e as palavras de Jesus não são apenas afirmação de sua presença sacramental no pão e no vinho. Manifestam também o sentido profundo de sua vida e morte, isto é, Jesus viveu e morreu como dom gratuito, como entrega de si mesmo aos outros, opondo-se a uma sociedade em que as pessoas vivem para si mesmas, e para seus próprios interesses.

 

A exemplo de Jesus, o discípulo missionário deve fazer o mesmo: viver para os outros.

 

Para que nossas comunidades, sejam comunidades eucarísticas, elas não podem fechar-se em si mesmas como se fossem auto suficientes, mas devem permanecer em sintonia com todas as outras comunidades católicas.

 

Eucaristia e Envio Missionário: 

 

Uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja missionária.

 

Da Eucaristia brota o apelo e o envio missionário. Não há nada de mais belo do que encontrar e comunicar Cristo a todos. Aliás, a própria instituição da Eucaristia antecipa aquilo que constitui o cerne da missão de Jesus: Ele é o enviado do Pai para a redenção do mundo.

 

“Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (Documento de Aparecida nº- 29).

 

É preciso sair ao encontro dos afastados, interessar-se por sua situação, a fim de tornar a encantá-los com a Igreja e convidá-los a retornarem para ela. Eis o compromisso missionário de toda a comunidade. E é urgente. Temos de apressar os passos.

 

Não podemos nos iludir: pelo amor mútuo e, em particular, pela solicitude por quem está necessitado seremos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo. É com base neste critério que será comprovada a autenticidade de nossas celebrações eucarísticas (Papa João Paulo II).

 

Nossas comunidades devem se colocar a serviço dos últimos, dos esquecidos, e dos marginalizados.

 

Na Eucaristia, nosso Deus manifestou a forma extrema do amor, derrubando todos os critérios de domínio que regem frequentemente as relações humanas e afirmando de modo radical o critério do serviço: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35). Não por acaso, no Evangelho de João não encontramos a narrativa da instituição da eucarística, mas a do “lava-pés” (cf. Jo 13,1-20): inclinando-se para lavar os pés de seus discípulos, Jesus explica de modo inequívoco o sentido da Eucaristia.

 

Ao final de cada missa somos enviados a viver, e a testemunhar o que celebramos. Somos enviados a anunciar o amor de Cristo que redimiu toda a humanidade. Esse é o sentido da despedida feita pelo sacerdote: “Ide em paz”.

 

Precisamos fortalecer a ação evangelizadora e missionária em nossos bairros, fazendo com que todos sintam a presença da Igreja. Uma presença que deve ser solidária, acolhedora, e fraterna.

 

Por isso, reafirmamos o apelo para que nossas comunidades sejam cada vez mais missionárias. Que o espírito missionário esteja presente em todas as pastorais, e em todos os grupos de base. Que todas as atividades das comunidades e das pastorais, sejam feitas com o objetivo de fazer discípulos missionários.

 

Queremos destacar as nossas quatro preocupações pastorais que brotam das cinco urgências na ação evangelizadora:

– As visitas missionárias (com o apoio de todos os agentes de pastorais, sob a orientação do conselho missionário paroquial, e das equipes missionárias das comunidades);
– Os grupos de base (fortalecendo os que já existem, e onde for necessário formar outros);
– As equipes missionárias (novos agentes);
– As pastorais sociais, com um constante, e maior interesse dos agentes que são membros, bem como de todas as comunidades, sua articulação e seu trabalho nas comunidades.

 

Essas preocupações pastorais devem ser assumidas por todos com gestos, e atitudes bem concretas, que visem encontrar soluções.

 

Portanto, mãos à obra! Bíblia na mão e no coração, e pé na missão.

Deus abençoe a todos, e a todas.

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Padre Tarcísio.