A Palavra do nosso Pároco – Fevereiro 2017

Quantos votos de feliz ano novo foram dados e desejados. Quantas pessoas disseram ano novo, vida nova. O ano feliz depende menos de simpatias, calendários e cronologias, minutos, horas, dias, semanas e meses. Depende menos de ciclos da natureza, dia, noite, sol, chuva, lua e calor. Depende menos até de Deus. Mas depende, sobretudo de nós seres humanos, de nossas ações e atitudes, posturas e composturas, e de nossos hábitos sociais, políticos, econômicos e culturais. Os desejos são muitos, desde a superação dos problemas políticos, sociais e econômicos do país, até a inclusão na vida digna de tantas pessoas que vivem na não cidadania! Mais, quantas pessoas ainda vivem na não cidadania, espiritual e de amor familiar, fraterno e de autoestima. Para superarmos tantos problemas precisamos nos unir no diálogo, na mutua colaboração e no altruísmo, para tratarmos de como melhorar nosso convívio social, familiar, comunitário e social. É necessário derrubarmos os muros que nos dividem e construirmos pontes que nos unem e nos aproximam.

Precisamos desenvolver também a cultura do encontro e da proximidade para criarmos mais fraternidade e solidariedade. A superação do egoísmo leva a nos interessarmos mais pelo bem comum, disponibilizando-nos para assumirmos trabalhos conjuntos pelo bem dos que sofrem sem terem apoio da sociedade. Nessa direção, é necessário acompanharmos os políticos e exigirmos que façam políticas públicas de superação das injustiças em relação aos mais necessitados.

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Para isso, podemos usar as redes sociais, realizar encontros com eles, audiências públicas, fóruns e tantas outras iniciativas possíveis. Como cristãos e membros de comunidades eclesiais temos muito a caminhar na direção de fazer a fé ser transformadora, superando o intimismo e o individualismo religioso. Não podemos esquecer que a fé carrega em si mesma a dimensão social, a promoção humana. O Papa Francisco insiste que devemos ser uma Igreja em saída, fomentando o espírito missionário, superando uma pastoral de manutenção ou eminentemente sacramentalista. O Documento de Aparecida fala de uma pastoral decididamente missionária. Para isso, é necessária uma conversão pessoal e uma mudança de mentalidade.

Não podemos ficar tranquilos em nossos templos em espera passiva. Quem experimentou verdadeiramente o amor de Deus que salva e que liberta deve sair em missão. O Papa Francisco no documento A Alegria do Evangelho, número 27, afirma: “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação”. Queremos é claro, as bênçãos divinas para todos neste novo ano, como diz a Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz”. Mas que a contrapartida também aconteça com todos através do compromisso de usar os dons de Deus para o serviço do bem comum, com pessoas envolvidas na promoção do bem comum.

Assim nos unimos para superar os males familiares, eclesiais e sociais. Não podemos só querer que os outros façam muito para o bem social. Precisamos ser os primeiros a fazer o possível de nossa parte para não deixarmos o mal invadir e vencer. Vençamos o mal com a força do bem. Por isso, o mãos à obra de nossa parte nos fará unir-nos em coisas comuns para mudar o Brasil, mudando a nós mesmos. Saiamos da inércia, do comodismo, da preguiça e da anestesia espiritual, para darmos vida e esperança para quem delas precisam.

 

 

Coragem! Fé em Deus, Bíblia na mão e no coração, e pé na missão.

Padre Tarcísio.

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