A Palavra do nosso Pároco – Dezembro 2017 a Janeiro 2018

Neste mês de dezembro quero refletir com vocês sobre os meios que a Igreja usa para atingir as pessoas com a sua ação evangelizadora, que são as pastorais. Pastoral vem da palavra pastor, que significa pastorear, apascentar. A missão da Igreja é apascentar o povo de Deus, sendo imagem de Cristo o Bom Pastor que dá vida e esperança a todas as pessoas. Portanto, as pastorais devem santificar o povo de Deus, salvar vidas, serem sinais de esperança, e ser um oásis de misericórdia para quem as procura. Através das pastorais a Igreja evangeliza atingindo as pessoas nas várias realidades, e etapas da vida. As comunidades se organizam a partir das pastorais, e elas surgem e acontecem a partir das necessidades das pessoas. É claro que existem três atividades permanentes que a Igreja deve sempre oferecer ao povo de Deus, e que não podem faltar no trabalho das pastorais. São elas: A Palavra de Deus, a Eucaristia, e os demais Sacramentos, e a Caridade Fraterna. Um dos grandes desafios para as nossas pastorais é a falta de pessoas, que queiram se comprometer com elas. Vivemos em uma sociedade marcada pelo individualismo, e pela indiferença. Essas realidades impedem o crescimento de nossas pastorais.

 

 

O Documento de Aparecida aponta que os melhores esforços das paróquias neste início do terceiro milênio devem estar na convocação e na formação de leigos missionários. Só através da multiplicação deles poderemos chegar a responder às exigências missionárias do momento atual. Todos os membros da comunidade paroquial são responsáveis pela evangelização dos homens e mulheres em cada ambiente.

 

Não podemos fazer um trabalho de manutenção apenas, mas de conquista. Por isso o Documento de Aparecida indica a conversão pastoral e renovação missionária de nossas comunidades, pastorais, e de todas as organizações eclesiais. A conversão pastoral requer que as comunidades eclesiais sejam comunidades de discípulos missionários ao redor de Jesus Cristo, Mestre e Pastor. Daí nasce a atitude de abertura, diálogo e disponibilidade para promover a co-responsabilidade e participação efetiva de todos os fiéis na vida das comunidades cristãs. Portanto precisamos sair de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária, e ninguém deve isentar-se deste compromisso.

 

Todo o trabalho de nossas pastorais devem se inspirar no mandamento novo do amor (cf Jo 13,35). A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração. Como Cristo atrai todos pela força do amor, a Igreja atrai pela comunhão, e pela vivencia do amor entre seus membros. Hoje o relacional é mais importante. Se a comunidade me atrai, se ela me dá mais vida, mais amor, então, a comunidade é importante para mim. Como diz o beato Papa Paulo VI no seu documento a evangelização no mundo contemporâneo: É preciso evangelizar não de maneira decorativa, como que aplicando um verniz superficial, mas de maneira vital, em profundidade e isto até as raízes.

 

Valorizemos nossas pastorais tornando-as sempre mais missionárias, e atraentes. Que os agentes das pastorais possam assumi-las com ardor missionário, com uma paixão, e um encantamento. Que sejam agentes evangelizadores que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo. Jesus quer evangelizadores que anunciem o Evangelho não só com palavras, mas, sobretudo com o testemunho, pois evangelizar é antes de tudo dar testemunho.

 

Motivados pelo Ano Nacional do Laicato, sejamos Igreja em saída, leigos, e leigas em saída, pastorais em saída.

Que Deus abençoe e fortaleça a todos e a todas.

 

Padre Tarcísio.

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