A Palavra do nosso Pároco – Junho 2018

Chamados à Comunhão

São João Paulo II apontou, como um dos grandes desafios da Igreja neste terceiro milênio, o fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão.

 

O Documento de Aparecida coloca que a vocação ao discipulado missionário e convocação à comunhão em sua Igreja. A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão (nº 156). Isolamento e fechamento não são boas escolhas para a caminhada dos discípulos missionários de Jesus Cristo.

 

 

Igual às primeiras comunidades de cristãos, hoje nos reunimos assiduamente para “escutar o ensinamento dos apóstolos, viver unidos e tomar parte no partir do pão e nas orações” (At 2,42). A comunhão da Igreja se nutre com o Pão da Palavra de Deus e com o Pão do Corpo de Cristo (D. Ap. 158). O perseverar no ensinamento dos Apóstolos como uma das quatro características das comunidades cristãs da primeira hora, e de todos os tempos, é um convite a dar sentido à comunhão que se manifesta na participação e acolhimento das decisões de assembleias de pastoral, conselhos, reuniões, formações, leitura de documentos dos bispos e dos papas. É muito importante e necessário que os documentos da Igreja cheguem às bases, sejam estudados e colocados em prática para que a missão aconteça, para que as comunidades, as pastorais e os movimentos eclesiais cresçam e possam ter atitudes e gestos missionários na ação evangelizadora da Igreja. Para enfrentar tantos desafios na evangelização necessitamos caminhar unidos.

 

A Igreja que celebra a Eucaristia deve ser casa e escola de comunhão, onde compartilhamos a mesma fé, esperança e caridade a serviço da evangelização, em vista da realização do projeto do Reino de Jesus de Nazaré. É na Eucaristia que todos os membros da Igreja encontram força e motivação para defender e promover a comunhão eclesial.

 

É necessário que ter consciência que sem comunhão não existe missão, e sem missão não existe comunhão. Comunhão e missão são como que duas faces de uma mesma moeda.

 

A Igreja como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus que é comunhão, e assim atrair as pessoas e povos para Cristo.

 

A Igreja “atrai” quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4- 13; Jo 13,34) – D. Ap. 159.

 

Que belo testemunho os discípulos de Jesus, membros de nossas comunidades, podem dar a este mundo dilacerado por discórdias, rivalidades, intolerâncias, preconceitos, discriminações e exclusões, através da vivência da comunhão a serviço da vida em todas as suas fases, e sendo um sinal de esperança para todos.

 

Para que cresça o sentido da comunhão é necessário também participar dos momentos celebrativos, encontros, reuniões, conselhos, formações, festas e assumir os projetos e planos pastorais. É necessário criar a cultura da participação. O individualismo e o comodismo têm invadido a vida de muitas lideranças pastorais. Por isso, é urgente retomar com força o binômio comunhão e participação, que a III Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, realizada em Puebla no México, nos propôs.

 

Que Deus, uno e trino, modelo perfeito de comunhão nos faça crescer na comunhão.

 

Coragem! Sejamos homens e mulheres de comunhão e sigamos em frente.

Padre Tarcísio.

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